terça-feira, 21 de setembro de 2010

Vindima

Ao longe, na encosta do Roboredo, a Ermida da Senhora da Teixeira abençoa mais uma colheita.

Depois de cortadas para os sacos plásticos, mais leves que os antigos cestos vindimos, as uvas esperam que alguém as carregue para a carroça que as levará até ao "enorme cesto de ferro".

E o peso não é brincadeira, porque todo o suminho fica retido no saco!

Enquanto a carroça fica com a tara certa, o macho vai antecipando a poda.


E não precisa de tesoura!

O tradicional espera que se encha a barriga ao moderno.
Fotos: João Costa
Local: Sequeiros, T. Moncorvo
Data: 19-09-2010

2 comentários:

Anónimo disse...

Excelente reportagem! pena é que a tradição já não seja bem como era, com grandes ranchos de pessoal e ainda com os cestos vindimos, mas é a evolução dos tempos. Como é pena que só se vejam idosos resistentes a manter viva a chama... Onde vai a festa da vindima?

Anónimo disse...

A vindima de outros tempos já não existe, infelizmente! Por isso o N tem toda a razão quando diz "Honra e glória aos poucos tios Malapeiras que ainda remam contra a maré". Ou como diria António Júlio Andrade: "E tal como um iceberg que se vai derretendo, também o mundo rural está desaparecendo. Acaso o homem rural será a espécie mais ameaçada de extinção em Trás-os-montes. E neste movimento de extinção, desaparecem os usos e costumes, as lendas e mitos, os saberes antigos, as artes tradicionais...".

Ainda bem que o blogue existe e se captam estes instantes para posterior reflexão.

Isabel