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sexta-feira, 13 de julho de 2012

Adeganha - actividades várias e visita guiada à igreja matriz neste fim de semana

Realizam-se no próximo sábado, dia 14 de Julho, um conjunto de actividades culturais em Adeganha, promovidas pela Junta de Freguesia e pelo grupo Amigos da Adeganha. O programa principia às 9;30h, com recepção e boas vindas, a que se seguem, após a Eucaristia celebrada pelo pároco local, uma série de actividades simultâneas em vários espaços da aldeia: exposições, projecção de documentários, bailes tradicionais, passeios de burro, oficinas artesanais (apicultura, lã, sabão), com destaque para a recriação de uma segada e malhada do cereal.
Ainda em Adeganha, nos dias 14 e 15, pelas 16:00h será feita uma apresentação sobre a igreja de Adeganha, seguida de visita guiada ao interior e exterior da mesma, no âmbito do progama de Visitas Guiadas ao Património Monumental do Leste Trasmontano, promovido pela Direcção Regional de Cultura do Norte - ver aqui:  http://culturanorte.pt/destaques,0,565.aspx
Como se sabe, a igreja de Adeganha é um templo tardo-românico classificado como Monumento Nacional desde 1944, sobre o qual pouco se sabe, por falta de registos escritos para a fase mais recuada (século XIII? ou já XIV?). No entanto, o seu enquadramento no contexto da povoação, de fácies granítico, rodeada de cedros e oliveiras, velando pelos ancestrais que dormem no seu campo santo (antigo e recente), abrigo dos que resistem e nostalgia dos que partiram, fazem desta igreja mais do que um monumento pétreo. Ela é a pedra de toque de um povoado que já conheceu melhores dias, e que cumpre a triste sina de um interior rural em extinção.
Por todos os motivos e mais este, e porque Adeganha merece, fica esta sugestão de visita para este fim de semana.

domingo, 3 de julho de 2011

Apresentação do livro "A igreja de Santiago de Adeganha" de Eugénio Cavalheiro

Teve lugar no passado dia 2 de Julho, no auditório da Biblioteca Municipal de Torre de Moncorvo, a apresentação da monografia sobre a "Igreja de Santiago de Adeganha", de autoria do comandante Eugénio Cavalheiro.
O Presidente da Câmara de Torre de Moncorvo, engº. Aires Ferreira, começou por apresentar o autor, salientando outros trabalhos publicados por Eugénio Cavalheiro, nomeadamente sobre o concelho de Torre de Moncorvo. Quanto ao editor, Roger Teixeira Lopes, responsável pela João Azevedo edit., informou que este é já o 4º livro editado sobre o nosso concelho. O Dr. Roger Lopes fez, de seguida, uma abordagem da obra editada, procurando situar a importância da igreja de Adeganha no contexto da arte românica portuguesa e trasmontana em particular. O nosso românico é eminentemente rural - disse - havendo uma clara diferenciação entre o Norte e o Sul de Portugal a nível da expressão arquitectónica, não só do ponto de vista estilístico como até dos materiais de construção. Sobre a Adeganha salientou os diversos pormenores escultóricos (modilhões, pórticos e outros elementos decorativos), os frescos que existem no interior e também a talha dourada do altar-mor e colaterais, actualmente deslocados para melhor se percepcionarem as pinturas que ladeiam o chamado arco triunfal). No final foi passada a palavra ao autor, que agradeceu às diversas pessoas que o tinham ajudado neste trabalho, com destaque para o autor das fotografias, Arnaldo Silva, suporte documental indispensável para a compreensão do texto. Começou por se referir à origem do topónimo "Adeganha" (terra de lavradio, no período medieval), e à possível origem da Adeganha, associada aos caminhos de Santiago. Afirmando tratar-se de uma obra do românico tardio, como se vê já do arco apontado do pórtico principal, esta igreja possui ainda todos os elementos característicos do românico, como seja a rica iconografia patente nos modilhões historiados. Referiu-se depois à pinturas a fresco e suas diversas fases, às tábuas quinhentistas reaproveitadas nos altares de talha barroca (altar-mor e num dos altares que se encontra no corpo da igreja), os quais foram estudados pela Professora Lúcia Cardoso Rosas, e também sobre a qualidade do chamado "barroco nacional" patente no altar-mor. Estes elementos artísticos foram recuperados há poucos anos, no seguimento de uma intervenção da DGEMN (Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais), elogiada pelo autor.



No final houve um beberete nos jardins da Biblioteca, oferecido pela autarquia.

Txt. e fotos de N.Campos