A Associação dos Antigos Alunos e Amigos do ex-Colégio Campos Monteiro realizou no passado fim-de-semana o seu encontro anual, o qual foi assinalado, no sábado de manhã, com a apresentação do livro "Angola - conflito na frente Leste. Ficheiros da guerra colonial", de autoria do Engº. Benjamim Almeida, antigo aluno do ex-Colégio Campos Monteiro e antigo oficial do exército português, natural do Felgar.
Momento da apresentação do livro de Benjamin Almeida, Angola - conflito na frente Leste.Além dos habituais convívios gastronómicos, houve ainda lugar, no domingo, um passeio à antiga vila de Mós, visita que foi guiada pelo Presidente da Junta desta freguesia e por um elemento do PARM e também associado da AAACCM, seguindo roteiro sugerido pelo Dr. Carlos Sambade, outro antigo aluno do Colégio, natural de Mós.
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Já em Mós, os visitantes puderam apreciar diversos aspectos do património secular desta antiga vila, como por exemplo o pelourinho (reconstituído), antiga casa da câmara e cadeia, capelas, fonte românica, igreja matriz e restos do castelo, além de poderem apreciar a construção tradicional multissecular, basicamente de xisto. - Na foto de cima, entrada na capela de Santa Cruz, belo exemplar de arquitectura religiosa do século XVIII.
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Chaves em ferro (decerto trabalho de ferreiro local) da capela de Santa Cruz, de que é fiel depositária a mordoma, vizinha da capela.
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O encanto de uma canelha de sabor medievo, de onde se espreita o bairro do "Lado de lá" (Carrascal e Eitão).
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Um curioso anúncio de venda de propriedade, que pelo "design" das letras e até pelo conteúdo, lembra as inscrições do século XVI-XVII. Por aqui o tempo parou, tal como no relógio de sol da rua do Carrascal....
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No final, um beberete oferecido aos visitantes pela Junta de Freguesia de Mós, na antiga "domus municipalis" - enquanto petiscava, não pudemos deixar de nos lembrar do apontamento de um outro beberete que o concelho de Mós pagou, no acto de tomada de posse da vereação de 1440-1441, o qual ficou registado no respectivo livro das contas das receitas e despesas do dito concelho, pelo escrupuloso tesoureiro João Gonçalves Carrasco. Somou então a despesa em 100 reais brancos, sendo a merenda apenas de pão, queijo e vinho. 571 anos depois a mesa esteve mais composta, sendo de destacar a hospitalidade mozeira.
Txt. e fotos de N.Campos, excepto a 1ª., do arquivo da Biblioteca Municipal de Torre de Moncorvo.
1 comentário:
Mós é, sem dúvida, uma terra de encantos e de muita história. Um grande abraço para os meus amigos mozeiros e os seus habitantes.
Isabel
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