quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Amendoeira


A árvore, a pensar nos frutos, esquece-se de si.
E, nós, que flores? que frutos? Só o que se esquece de si frutifica.

António Manuel Caldeira Azevedo,
in Ode ao Douro, Lello Editores, 2007

4 comentários:

Anónimo disse...

Hola amigos, este domingo EL ALMENDRO,nos veremos.Un abrazo.(Esperemos que no llueva).Angel

Júlia Ribeiro disse...

Viva, Angel ! Bem aparecido. Há séculos que não o via por aqui.
Eu só poderei estar em Moncorvo no dia 19 de Março.

Mas deixo-lhe aqui um abraço, vale?

Júlia

Anónimo disse...

Mais outra das belíssimas imagens a que o João já nos habituou, sobretudo quando as flores (da amendoeira)começam a desabrochar.
Diria eu:
Flores com fruto
são as do "amendruco".

Quem não se lembra de, na infância, ter comido o fruto agridoce? Isto, só porque as pétalas se esqueceram de si para deixarem germinar o cornicho verde e aveludado...

É com muito agrado que espreito a janela do blogue para me deparar com o (re)nascimento da Natureza, na Terra Quente. São mimos brancos, róseos que nos enchem a alma e aquecem o dia de cor e perfume!...

Obrigada.

Isabel

MendoCorvo disse...

«É com muito agrado que espreito a janela do blogue para me deparar com o (re)nascimento da Natureza, na Terra Quente.» - é bom sentirmos a utilidade deste espaço.
Tentaremos continuar a enviar para o espaço este pulsar na terra e da Natureza cá do rincão sagrado, para todos os que em longes terras nos acompanham...
E realmente a flor evoca o que se lhe segue: o "amendruco" (vocábulo exclusivo das terras de Moncorvo e do lado Norte do Douro, pois ao passar o rio, já em Foz Côa, ao mesmo chamam-lhe "terrincas"), depois virão as amêndoas, o ritual da partidela (quase esquecido), e, algumas delas acabarão no tacho das cobrideiras, de onde migrarão para algumas boquinhas gulosas....
É o ciclo da amêndoa em terras de Moncorvo.
Entretanto as pétalas já vão caindo.... e tarda nada teremos amendrucos.