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segunda-feira, 22 de julho de 2013

Apresentação de Memorial ao Pescador na Foz do Sabor

Momento da apresentação das maquetas do monumento ao Pescador da Foz 
Ainda no passado Sábado (20/07), pelas 16:00h, decorreu na delegação da Foz da Junta de Freguesia, uma cerimónia de apresentação de 2 maquetes para um monumento ao pescador, elaboradas pelo escultor Helder Rodrigues, natural de Carrazeda de Ansiães, mas já com obras no concelho de Torre de Moncorvo (na "rotunda do Pastor" e avenida dos Bombeiros). 
Ambas as maquetes apresentam um barco estilizado, associado à figura de um pescador, elaborado em ferro e aço. Estes materiais, tal como nos monumentos anteriormente referidos, são uma alusão à "terra do ferro", ao mesmo tempo que o pescador alude àquela que foi (e é) uma das actividades marcantes da Foz do Sabor: a pesca fluvial nos rios Douro e Sabor, que culminam nos famosos peixinhos fritos, que se podem saborear nos tascos da zona.
Supomos que a data desta apresentação se terá feito coincidir com a do 2º Festival das Migas e Peixe do Rio, realizado este fim de semana, com aderentes da Foz do Sabor e Torre de Moncorvo - ver aqui: http://www.jornalnordeste.com/noticia.asp?idEdicao=481&id=19012&idSeccao=4291&Action=noticia#.UfAd-75dYiE
 
Praia fluvial da Foz com o Douro em pano de fundo.

E num fim de semana "turístico" e virado para a Vilariça e Foz do Sabor, teve ainda lugar o lançamento da 1ª pedra de um empreendimento turístico privado, o "Aquafixe", na zona das Cabanas de Baixo, o qual está orçado em 15 milhões de Euros. 
Desejamos aos promotores o maior sucesso, a bem do aproveitamento turístico da nossa terra.
Momento da passagem do barco-hotel Fernão de Magalhães, no troço do Douro entre a Foz do Sabor e o Monte Meão.

Ingredientes essenciais existentes: Tranquilidade, água, rio, peixes de rio, montanha, vale, paisagem; mais adiante, na célebre quinta da D. Antónia, a Fereirinha, os vinhedos que produzem os afamados néctares: outrora aí o Barca Velha, agora o Vale Meão e o Meandro. Isto só no cenário que cabe na foto, para não referir outros (que não lhes ficam nada atrás), tanto a montante como a jusante, do Pocinho ao vale da Vilariça...
Novas infra-estruturas de divulgação e de exploração turística, além de empresas de animação e de passeios fluviais e terrenos já existentes...

...Que falta ainda aqui para pegar pelos cornos o touro da "crise"?

quinta-feira, 18 de julho de 2013

2º Festival de migas e peixes do rio da Foz do Sabor

(clicar sobre o cartaz para AMPLIAR)
O Festival das Migas e do Peixe do Rio realiza-se nos próximos dias 19, 20 e 21 de Julho, em Torre de Moncorvo. Nesta edição os visitantes podem provar as tradicionais migas e os peixes do rio nos restaurantes típicos da Foz do Sabor mas também nos restaurantes da vila. Aderiam ao festival 6 restaurantes, entre eles o Café Lameirinho, Café Primavera, Churrasqueira o Cordeiro, Restaurante as Piscinas, Restaurante o Pingo e Taberna do Carró.
A animação do Festival decorre na Praia Fluvial da Foz do Sabor, no dia 19 de Julho, pelas 22h00, realiza-se uma noite de Fados e no dia 20 de Julho a animação fica a cargo do artista Ruizinho de Penacova. No dia 21 de Julho, pelas 15h00, tem lugar o Encontro de Bandas Filarmónicas do Douro Superior, que conta com participação da Banda Filarmónica de Felgar, da Banda Filarmónica de Freixo de Espada à Cinta e da Banda Filarmónica de Carviçais.
A iniciativa é da Associação de Comerciantes e Industriais do Concelho de Moncorvo (ACIM) em parceria com o Município de Torre de Moncorvo.
Uma oportunidade para visitar a região e aproveitar para saborear os tradicionais pratos confecionados com o peixe do rio.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Este fim de semana: 2º Festival das Migas e Peixe do Rio, na Foz do Sabor

Organizado pela ACIM (Associação de Comerciantes e Industriais de Torre de Moncorvo) e pelo município de Torre de Moncorvo, começou já o 2ª Festival de Migas e Peixes do Rio, na praia fluvial da Foz do Sabor, prolongando-se até Domingo (dia 22 de Julho).
Aqui fica a proposta para este fim-de-semana!
Consultar o Cartaz, ou, para saber mais:
http://www.torredemoncorvo.pt/2-festival-das-migas-e-do-peixe-do-rio

domingo, 11 de julho de 2010

Proposta de férias-II (Foz do Sabor)

No seguimento da nossa proposta de férias, aqui ficam algumas delícias da Foz do Sabor:
Parque de merendas da Foz do Sabor, manhã cedo - várias mesas desertas, esperando pelo seu piquenique, com o Douro em plano de fundo...

Nas águas calmas do Sabor, perto da sua confluência com o Douro, um barco típico em momento de descanso...

O parque da Foz em dia de descanso, começa a animar... A esta hora está seguramente cheio de gente.

Pois é com estas embarcações que se pescam os famosos peixinhos da Foz. A bateira (lado esquerdo) serve para ajudar a esticar as redes...

Ah, e já cá estão eles na mesa... tudo a postos, - "pessoal, vamos para a mesa que a "peixada" vai começar!"

Coisas que fazem as delícias do nuestro amigo Ángel, como se pode ver dos ecos que chegam ao outro lado de lá: http://labodegadelasolana.blogspot.com/2010/07/trasosmontestierra-de-libertady-vino.html

Venham daí!

Txt. e Fotos de N.Campos

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Ainda o Vale Maravilhoso

A propósito do repto do post anterior, realmente faltam pinturas que expressem na tela, os sentimentos vividos ao ver/estar neste vale. Mas existem algumas gravuras. E esta digamos que capta um belo momento, no período mais avançado das vindimas, no Rego da Barca, vislumbrando-se o Rio Douro e a Foz do Sabor.

Esta gravura data do último quartel do séc. XIX, e foi publicada na obra maior do Visconde de Vila Maior, "O Douro Illusttrado. Album do Rio Douro e Paiz Vinhateiro", publicado no Porto em 1876.

"Promised Land"

Vales do Douro e Vilariça, vendo-se as Quintas do Rego da Barca (à direita), a Foz do Sabor (à esquerda) e o troço do IP-2. Um novo troço, paralelo ao existente, esteve projectado até há bem pouco tempo, o que, a fazer-se, seria uma gritante agressão à serenidade desta bucólica paisagem, pelas feridas irreversíveis nas encostas dos cabeços que bordejam estes vales.

Uma "terra prometida" foi como já foi designado este ubérrimo vale, com as suas "courelas" verdejantes e pequenas povoações e quintas, como se fossem pequenas ovelhinhas pastando nos seus viços. O Sabor tranquilo, em primeiro plano, quase a chegar ao Douro. Ao fundo, a encosta sombria do planalto da Lousa/Cabeça Boa, como uma onda que vem desenrolar-se nesta praia de castanho e verde.
Como notou Campos Monteiro, onde está um pintor que venha captar esta beleza?
(Fotos de N.Campos e R.Leonardo)

quinta-feira, 4 de março de 2010

A "rebofa" voltou à Vilariça:

"- Então? - perguntou por fim - Lá em baixo, como vai isso?
António Sugão ergueu a fronte, que apoiara nas mãos.
- Lá por baixo - respondeu - vai o inferno! Calamidade assim, há muitos anos que se não viu. Nem os velhos se lembram de coisa igual!
- A rebofa? [1]
- De monte a monte, e cada vez maior. Isto em Maio, quando já toda a Ribeira [2] estava semeada, e as novidades cresciam que era um gosto vê-las!
- E a nossa courela? [3]
-Perdida sem remédio! Tem bons três metros de água em riba dela, e, quando a rebofa descer, nem sombras de meloal, nem de feijão, nem de milho, nem de coisa nenhuma! Lôdo e pedregulho é o que havemos de colher."

[1] Rebofa: termo regional por que é conhecida a cheia da Vilariça.
[2] Ribeira: designação genérica de todo o vale.
[3] Courela: trato de terreno de aluvião na parte mais funda da planície. Chamam-se barrais as terras das margens só excepcionalmente inundadas; e cabeceiras as de mais alta cota, aonde a cheia não chega".

CAMPOS MONTEIRO, A Rebofa, in: "Ares da minha serra", reed. da CMTM, 1995 [1ª. ed. 1933]

Se as "rebofas" (cheias periódicas do vale da Vilariça, que se verificavam anualmente) podiam ser maléficas para a agricultura, por outro lado também tinham as suas vantagens, pois os nateiros constituíam um excelente fertilizante natural. No entanto, no passado, estas "rebofas" originavam constantes demandas entre os proprietários, como anota N.Campos: "acontecia que a ribeira (incluindo o rio Sabor), mudava de leito, com repercussões na propriedade da terra, sendo fonte de graves litígios entre os proprietários. Como primeiro passo para se remediar a situação, Filipe III mandou fazer um Tombo das parcelas, em 1629" mas "só mais tarde, em 1655, com D. João IV, foi expedida ordem para se 'encanar' o leito da ribeira, seguramente através do plantio de árvores ao longo das margens, o que deveria efectuar-se à custa dos interessados (provisão de 1656)". - cf. Nelson Campos, "A evolução da paisagem agrária no Douro Superior" in Viver e saber Fazer. Tecnologias tradicionais na região do Douro. Estudos preliminares (coord. de Prof. Doutora Teresa Soeiro), edição do Museu do Douro, Peso da Régua, 2003 [1ª. ed.].
Com a construção das barragens, este fenómeno da "rebofa" deixou de se verificar tão amiúde, e só em anos muito chuvosos (como foi o caso desta invernada), quando se esgota a capacidade de retenção das barragens, tal volta a acontecer. Assim aconteceu no passado fim de semana, com a abertura das comportas do Pocinho, tendo igualmente voltado as cheias na zona ribeirinha da Régua e da Ribeira, na cidade do Porto.
Aqui se vê, na foto acima, um barco a flutuar sobre o pontão da Foz do Sabor, povoação que ficou isolada da sede do concelho.
Os sinais de trânsito ainda emersos, ficaram, desta feita, a orientar o tráfego fluvial...

Trânsito cortado para a Foz do Sabor, na zona da "ponte seca".

Fotos de Higino Tavares e de Camané Ricardo (a última da sequência) - em 28.02.2010