segunda-feira, 25 de outubro de 2010

VII Partidela Tradicional da Amêndoa

VII Partidela da Amêndoa

(clique na imagem para aceder à reportagem fotográfica)

Como oportunamente aqui anunciámos, realizou-se no passado sábado a VII Partidela Tradicional da Amêndoa no Auditório do Museu do Ferro & da Região de Moncorvo, onde se registou a participação de mais de 80 pessoas, maioritariamente do concelho de Torre de Moncorvo. Como é habitual, a Tuna Popular Lousense abrilhantou esta actividade com uma notável actuação. No final, foi servida uma merenda de produtos regionais, oferecidos pelo comércio local e alguns particulares.

Para aceder às fotos do evento, clique na imagem em cima, e assim poderá recordar os principais momentos ou, para quem não esteve presente, ver o que perdeu!

Um dos momentos da actuação da Tuna Popular Lousense

Fotos e Vídeo: Arquivo MF&RM

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A Partidela Tradicional da Amêndoa e a Jeropiga Reguenga

Hoje recebi o convite do Museu de Moncorvo para participar na partidela da amêndoa no próximo dia 23 de Outubro. É com muita pena que digo que não posso estar presente. Mas a mensagem recebida fez-me pensar no Ti Reguengo e na quantidade de pessoas que se juntava no seu lar para, a seguir à ceia, dar cabo de algumas sacas de amêndoa. Era uma actividade colectiva e de entre-ajuda. Deixo-vos um pequeno extracto do conto “Regalo”, incluído em Outros Contos da Montanha, onde a “Partidela da Amêndoa” se fazia acompanhar do regalo oferecido pela faina da vindima e do trabalho subsequente do Ti Reguengo – a aguardente e a jeropiga.
Espero que adiram a esta actividade! Certamente, a única oportunidade para reviver esta quadra.

“- Ainda não te chega?! Anda comigo, deixa lá o alambique!
Numa voz um quanto rouca do sol e do álcool e de bochechas rosadas, afagou prontamente as mãos da companheira e canelha acima parecia um Baco rejuvenescido. No dia seguinte estaria ali à mesma hora! Com o seu labor, mas sobretudo com a sua experiente paciência e sabedoria, continuaria a empreitada de tratar da essência que aqueceria os gélidos e longos serões de Inverno daqueles que, mas eternas horas da partição da amêndoa, precisavam de reanimar a imobilidade de quase todo o corpo, ritmando assim os movimentos do martelo com a fluidez do sangue aquecido pela aguardente ou jeropiga. Aliás, esta última, que todos conheciam pelo nome de Jeropiga Reguenga, era muito famosa e, afinal, um verdadeiro chamariz para os melhores partidores. Parece que o segredo residia não apenas na qualidade da aguardente que se misturava ao vinho e ao açúcar, mas também nas respectivas proporções. Pela animação dos serões e, principalmente, quando chegava a hora de cada qual ir para o aconchego dos cobertores, depressa se percebia que a misteriosa mistura tinha na sua composição avantajada percentagem de branquinha.”

Isabel Mateus

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

VII Partidela Tradicional da Amêndoa, recriada no Museu do Ferro & da Região de Moncorvo

(clicar sobre o cartaz para ampliar)


Conforme anunciado no cartaz, realiza-se no próximo sábado, dia 23, pelas 15;30h, a VIIª Partidela Tradicional da Amêndoa.
Esta actividade realizava-se por esta altura do ano e decorria até ao Natal (e às vezes mais, no caso de maiores produtores), sendo realizada ao serão, normalmente em sistema de entre-ajuda (só os grandes proprietários pagavam jeiras às partideiras). Era um momento de convívio entre jovens pessoas de todas as idades e uma oportunidade para os rapazes se aproximarem das raparigas que "tinham debaixo de olho", já que as ocasiões de namoro, especialmente à noite, não eram muitas. Outros tempos!
Com o decréscimo da produção da amêndoa e a maquinização desta actividade, desde há cerca de 30 anos que esta tradição, característica da chamada "Terra Quente Trasmontana" (zona mais próxima do Douro Superior) entrou em decadência, para a qual também concorreu a televisão com as suas telenovelas. Os serões deixaram de ser momentos de amena cavaqueira, ao pé do lume, a escachar amêndoa, e passaram a orientar-se para o caixote das imagens, com menos conversa e menos actividade produtiva...
Se quiser saber como era, participe! É no próximo Sábado no auditório do Museu, estando prevista uma actuação da Tuna Popular Lousense e uma merenda no final, como era da praxe.

Esta actividade é organizada pelo município de Torre de Moncorvo e pelo PARM, contando com diversos patrocinadores, institucionais e comércio local, além dos Lares e Centros de dia do concelho.

Ver mais: http://www.torredemoncorvo.pt/vii-partidela-tradicional-de-am-ndoa e http://parm-moncorvo.blogspot.com/2010/10/vii-partidela-tradicional-da-amendoa.html

terça-feira, 19 de outubro de 2010

República comemorada com livros, revista e uma exposição de jornais da época

No passado fim-de-semana e no âmbito das comemorações da implantação da República em Torre de Moncorvo promovidas pelo município, decorreu no auditório da biblioteca municipal o lançamento de dois livros e de uma revista, além de uma exposição de primeiras páginas de diversos periódicos que se publicaram na região entre 1910 e 1926.
Aqui fica a reportagem:

Dia 16.10.2010, 15;00h - O Presidente da Câmara, Engº. Aires Ferreira, abrindo a sessão de apresentação do livro "História política de Torre de Moncorvo, 1890-1926", de autoria de António Júlio Andrade (2º. a contar da direita), o qual seria apresentado pelo jornalista Rogério Rodrigues (segundo a contar da esquerda). O livro versa sobre os últimos anos da monarquia e todo o período da chamada Primeira República, no nosso concelho.

Momento de apresentação do novo número da revista da Associação dos Antigos Alunos e Amigos do ex-colégio Campos Monteiro, por Rogério Rodrigues, que foi o coordenador editorial da mesma. Esta revista é presentemente dirigida pela Drª. Júlia de Barros G. Ribeiro (1ª. a contar da direita), sendo o actual presidente da direcção da associação o Engº. Ramiro Salgado (2º. a contar da direita). A revista possui artigos de diversos autores, focando diversas realidades e personagens do concelho e da região, embora com um tema de fundo: "Ensino e República".
A revista, tal como o livro anteriormente referido, tiveram a chancela da editora Âncora, representada pelo Dr. António Baptista Lopes (1º. à esquerda).
Dia 17.10.2010 (domingo), 15;00h - O Sr. Presidente da Câmara abrindo a sessão de apresentação do livro de Adília Fernandes "História da Primeira República em Torre de Moncorvo, 1910-1926". A apresentação do livro coube ao Prof. Doutor Norberto Cunha (na foto acima, 2º. a contar da direita) que, numa extensa prelecção, fez uma caracterização da sociedade portuguesa na transição do séc. XIX para XX, bem como dos movimentos sociais e ideológicos, além de graves crises económicas, que vão estar em correlação com os acontecimentos que decorreram entre a queda da monarquia e o advento do Estado Novo, com o golpe do 28 de Maio. No que toca a este livro, a autora (na foto, a 2ª. a contar da esquerda), partindo das chamadas "fontes primárias" (livros de actas), procurou enquadrar os factos locais na História nacional do período considerado. O livro foi editado pela Palimage, com apoio do município, que também apoiou as publicações anteriormente mencionadas.

Paralelamente à apresentação de livros e revista referidos, esteve patente uma mostra de primeiras páginas de jornais da época.
É de destacar o numeroso público que esteve presente nestes eventos.
Fotos: cedidas por Biblioteca Municipal, a quem agradecemos.
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sábado, 16 de outubro de 2010

Isabel Mateus cria "web page"

A nossa ilustre colaboradora, conterrânea e Amiga Isabel Mateus acaba de criar uma "web page" com opção de leitura em português e inglês. Num "site" de consulta muito fácil, a escritora e professora da Universidade de Liverpool (Reino Unido), disponibiliza alguma informação sobre si e a sua obra. Aqui fica o respectivo link: http://www.isabelmateus.com/

Isabel Maria Fidalgo Mateus nasceu nas Quintas do Corisco, um pequeno povoado de atrás-da-serra (do Roboredo), na freguesia de Felgueiras, concelho de Torre de Moncorvo. Estudou na Escola Secundária de Torre de Moncorvo e veio a licenciar-se m Português-Francês na Universidade de Évora. Mais tarde enfunou as velas e partiu, não para as índias distantes, mas para uma Europa não menos distante. Matriculou-se na Universidade de Birmingham (Reino Unido) onde fez o doutoramento (grau de PhD) e aí leccionou lingua e literatura portuguesa. Mais tarde passou para a Universidade de Liverpool, onde permanece como Professora de Língua e Literatura Portuguesa.
É especialista na obra de Miguel Torga, sobre quem fez a tese de doutoramento, de que resltou a obra "A viagem de Miguel Torga". De acusado registo torguiano é também a sua colectânea de contos precisamente intitulada "Outros contos da Montanha". Mais recentemente publicou outro livro de contos, como aqui noticiámos, sob o título "O Trigo dos Pardais", tendo como fundo paisagístico e humano as suas terras de origens, as terras de Moncorvo.
Nos seus períodos de férias responde sempre ao chamamento das raízes e aqui passa os seus dias felizes com a família, participando em actividades locais. Além disso é uma colaboradora assídua deste nosso blogue, o que muito nos honra.
Felicidades, Isabel!

N.Campos

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

"Alma de Ferro" actua amanhã nos Estevais da Vilariça

Amanhã, dia 16 de Outubro, pelas 16;00h, nos Estevais da Vilariça, o grupo de teatro de Torre de Moncorvo "Alma de Ferro", vai levar à cena a peça "Falar verdade a mentir", a qual já foi representada por este grupo em vários locais, sempre com muito sucesso.
A última apresentação ocorreu no Louriçal (concelho de Pombal), onde foram largamente ovacionados.
A peça "Falar verdade a mentir" é de autoria de Almeida Garrett (um clássico da literatura portuguesa) e foi escrita em 1845, sendo publicada em 1846 juntamente com "Filipa de Vilhena" e "Tio Simplício". A acção passa-se na Lisboa do séc. XIX e procura fazer uma crítica jocosa e cómica à sociedade da época. Uma comédia a não perder!

Esta iniciativa insere-se no programa das comemorações da Semana Europeia da Democracia Local, de iniciativa da Junta de Freguesia de Adeganha - o qual foi iniciado no passado fim de semana com uma palestra e pequena mostra sobre o património desta freguesia, em que os Estevais se inserem.
Ainda no âmbito destas comemorações, realizam-se no dia 17 de Outubro (domingo), na povoação de Nozelos, pelas 10;00h um jogo de futebol de 5, entre Nozelos e Junqueira, culminando às 15;00h num torneio de Fito e Raiola (jogos tradicionais).

Relembramos que a freguesia de Adeganha possui 5 povoações: Nozelos (a aldeia mais a Norte do concelho de Torre de Moncorvo), Junqueira, Adeganha (sede da freguesia), Estevais e Póvoa.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Quadros da transmontaneidade (23)

O monte da cigadonha

Na cigadonha só existem pinhos e penedos. Quando se atravessa a ribeira eleva-se o olhar e, aos nossos olhos, apenas surgem pedregulhos plantados de propósito pela encosta acima. Entra-se no caminho estreito, emparedado, pisam-se as primeiras pedras, já gastas, e os calhaus parecem ganhar vida. À medida que se vai subindo, não sei se por artes do demónio, o raio das pedras parecem evocar outras eras, as eras dos mouros e dos romanos, que por ali pelejaram. Continuamos a subir, surgem os últimos vestígios daquilo que terá sido uma parede do castelo. O coração acelera.
O lugar está encantado. Algum feitiço os mouros por lá deixaram, de certeza. Aquela gente conhecia as profundezas da alma. Se assim não fosse, se o local não estivesse encantado, não interferiria com a psique de ninguém. Não acham? Subia-se e descia-se normalmente e se o coração acelerasse era apenas pelo esforço despendido, nunca por outras “artes” desconhecidas da razão: aquilo não passa de um monte áspero, repleto de “mecras” gigantes.
O caminho continua a subir, contorna a encosta e entra no cume do monte pelo lado oposto ao da ribeira. O raio das pedras continuam a impressionar e a alterar-nos o juízo. Ah… Já sei! O bezerro de oiro ainda por lá anda, de certeza, ninguém o descobriu. Qual gruta! Qual Calipso! A mitologia grega não chega para explicar tamanha aceleração do coração. Aquele é o monte da Cigadonha, o monte onde a moura encantada aparece com os primeiros raios da aurora, e que, no seu encantamento, envolta em perfumes de primavera, abre uma fenda na rocha, e para aqueles que acreditam, só para esses, os conduz à presença do bezerro de ouro maciço.

ANTÓNIO SÁ GUÉ

sábado, 9 de outubro de 2010

Centenário da República comemorado na Escola Secundária de Moncorvo

Rogério Rodrigues (3º a contar da direita) proferindo a sua palestra

O agrupamento de Escolas de Torre de Moncorvo assinalou o centenário da República com um conjunto de actividades, de que destacamos a palestra, realizada ontem à tarde, pelo jornalista e escritor moncorvense Rogério Rodrigues.
A palestra, intitulada "A implantação da República em Portugal", teve lugar no polivalente da escola-sede do Agrupamento de Escolas, perante uma numerosa plateia de professores, alunos, funcionários e outros cidadãos que quiseram assistir. A apresentação do ilustre conferencista coube ao Director da Escola, Dr. Alberto Areosa, que explanou os objectivos destas comemorações e agradeceu ao grupo de História, na pessoa da professora Lucília e do professor Pimenta de Castro a oportunidade desta organização.
A seguir, Rogério Rodrigues dissertou sobre as causas que estiveram na génese da República, as intensas movimentações políticas do período que antecedeu a queda do antigo regime, precedido pelo regicídio (morte do rei D. Carlos) e toda a série de acontecimentos quer da Revolução (acções dos militares, com destaque para Machado dos Santos, das organizações secretas como a Carbonária e a Maçonaria, a que se juntaram depois as massas populares), quer do período político que se lhe seguiu até ao golpe de 28 de Maio de 1926, que levaria ao chamado período do Estado Novo. Passou em revista episódios como o "golpe das Espadas" que levou à ditadura do general Pimenta de Castro (parente do Dr. António Pimenta de Castro, professor na Escola Secundária de Moncorvo) e o da célebre "camioneta fantasma" que numa noite tratou de matar a maioria dos principais vultos do 5 de Outubro de 1910. Neste episódio lamentável, num tempo em que as divergências políticas se resolviam a tiro, participou um moncorvense da Cardanha, um certo Olímpio, conhecido como o "Dente de Ouro".

Aspecto da sessão, com numerosa assistência de professores e alunos

No final da palestra, o professor Pimenta de Castro prestou vários esclarecimentos sobre a simbologia das bandeiras, quer da Monarquia (a azul e branca), quer da Republicana, que se mantém hoje como a bandeira nacional. É de salientar que nem todos os republicanos estavam de acordo com as actuais cores da bandeira, como era o caso do poeta Guerra Junqueiro, natural do vizinho concelho de Freixo de Espada à Cinta, que defendia a manutenção das cores azul e branca, retirando apenas a coroa real e se colocasse no seu lugar a esfera armilar, com 5 estrelinhas verdes e vermelhas, a evocar o 5 de Outubro. A esfera armilar viria a ficar em fundo, como se sabe, mas as cores acabaram por ficar a verde e vermelha, como símbolos da Esperança e do Sangue dos heróis, se bem que essas eram as cores de uma das lojas da Carbonária, associada inclusive ao Iberismo.

No final da sessão, todos cantaram o hino nacional, uma marcha composta por Alfredo Keil, em 1890, em reacção ao Ultimato inglês sobre as nossas colónias africanas, e que, à semelhança da Marselhesa (hino francês) se intitulava "A Portuguesa", sendo logo adoptado pelos republicanos como o seu hino militante.

Txt. e fotos de N.Campos

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Quadros da transmontaneidade (22)

As Duas Faces da Moeda

(...)

Outras vezes surgia-lhe como num sonho o muredo de pedra solta das casas da aldeia, riscadas de ocre pelo barro das junturas, da sua rua apertada e inclinada. Vinham-lhe à lembrança os balcões graníticos com escadas de lajes concavadas e buídas pelo tempo, adornadas de vasos de craveiros e nardos. Vinha-lhe à memória a cavaqueira no adro da Igreja depois da missa dominical, encostados ao gradil de ferro forjado, paralelinérveo, sobranceiro ao tanque que, orgulhosamente, ostentava a esfera armilar manuelina como brasão

(...)

Uma obra da Primeira República em Carviçais (1912)

E ainda a propósito de República e de inaugurações, aqui fica uma obra, notável para a época, na aldeia de Carviçais: o chafariz das traseiras da igreja, encimado por um belo gradeamento em ferro forjado. É possível que a guarita que faz de urinol (mesmo no limite do lado esquerdo da fotografia) corresponda também à mesma empreitada, o que revela uma preocupação sanitária e de incentivo ao civismo, pois o que era normal, nesses tempos, era urinar à esquina da canelha.
Também nos tempos em que não havia água canalizada, o chafariz na praça era um grande feito de natureza social.
É de supor que a obra fosse já uma decisão da junta saída do novo regime, sendo concluída em 1912, como atesta a inscrição da "Junta de Paroqia [sic] de Carviçaes", empenhada em marcar a diferença. O belo escudo da "Republica Portugueza", em ferro fundido deve ter sido encomendado às fundições que havia na cidade do Porto ou arredores, mas é de crer que o trabalho de ferro fundido seja obra de ferreiros locais.
Txt. e fotos: Nelson Campos

5 de Outubro - inauguração do Largo da República

Alguns momentos da inauguração do novo Largo da República, entre o cemitério municipal, Rua de Santiago e o Bairro do Santo Cristo:

Discurso do Sr. Presidente da Câmara, ladeado pelos vereadores António Moreira, Alexandra Sá e José Aires.

Vista geral do novo espaço, em fase de conclusão - falta a arborização e ajardinamento (estando prevista uma capela no extremo do lado Nascente)



Uma placa toponímica ficou a assinalar a nova designação.

Fotos: 1ª e 2ª foram gentilmente cedidas pela divisão de Cultura e Turismo do Município, a quem agradecemos; as restantes são do Arquivo de Reportagens deste Blogue.

Toponímia assinala centenário da República em Torre de Moncorvo

(clicar sobre a imagem para a ampliar)

O novo "Largo da República" fica do lado Norte do cemitério municipal, onde estava o desaparecido bairro social (casas pré-fabricadas).
Recordemos que noutros tempos também a actual praça Francisco Meireles (no centro da vila), se chamou Praça da República. Houve ainda uma Rua da República, que mais não era do que a ruela que liga a actual avenida Duarte Pacheco ao largo Dr. Balbino Rego, topónimo este que rapidamente cairia no olvido. Também se tentou renomear a Rua das Flores em Rua 5 de Outubro, mas mais uma vez não pegou, já que o topónimo antigo acabou por prevalecer na memória popular, acabando restaurado por uma comissão de toponímia municipal.
E assim foi que a toponímia republicana de Moncorvo se evaporou de todo, até ao presente Largo da República, que hoje assim se "baptiza".

Acrescentamos que se ainda existisse a antiga casa de Miguel Mesquita, na Corredoura, aí se deveria também fixar uma placa alusiva a este convicto republicano dos de antes de 5 de Outubro.

Ver mais em: http://www.torredemoncorvo.pt/comemorac-o-do-5-de-outubro-em-torre-de-moncorvo

domingo, 3 de outubro de 2010

V mostra de Vinhos, Amêndoa e Stocks encerra hoje

Conforme aqui anunciámos, decorreu este fim de semana no gimno-desportivo da Corredoura a Vª. Feira de Vinhos, Amêndoa e Stocks, a qual foi visitada por numeroso público. Aqui ficam algumas imagens do acontecimento:
Vista geral do sector das modas e confecções

Momento de animação, com actuação do grupo de cavaquinhos da Escola Sabor-Artes, de Torre de Moncorvo.
Fotos N.Campos

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Programa de regeneração urbana da vila de Moncorvo

Capa do folheto de divulgação deste programa, apresentado ao público em 2009
Foram assinados ontem, dia 30 de Setembro, no salão nobre dos paços do concelho de Torre de Moncorvo, os contratos de financiamento das operações do programa de regeneração urbana "Viver Moncorvo", no âmbito do programa Operacional do Norte, ON2. Este programa incide sobretudo na área do centro histórico e áreas conexas da vila de Torre de Moncorvo, encontrando-se algumas das obras já em em fase de conclusão, além de outras que agora serão iniciadas.

Momento inicial da cerimónia, encontrando-se na tribuna o representante do ON2, Presidente da Câmara e Presidente da direcção da ACIM (foto N.Campos)

As principais obras envolvidas neste programa são, na área do bairro do Castelo, a substituição de um Posto de Transformação existente na proximidade do actual posto de turismo; a colocação de abrigos para os utentes do sistema de transportes urbanos; construção de uma variante da avenida das Amendoeiras para garantir o acesso à zona de desporto e lazer; instalação de um gabinete técnico na sede da ACIM (Associação de Comerciantes e Industriais de Moncorvo); instalação do Museu de Arte Sacra na igreja da Misericórdia; reabilitação do actual recinto das feiras convertendo-o em espaço multifuncional; implementação do Museu do Castelo; recuperação de uma das antigas portas do castelo e capela adjacente; acções de animação de rua no Centro Histórico; intervenção nas fachadas da Praça Central, etc..

O Sr. Presidente da Câmara no uso da palavra (foto N.Campos)

Nas palavras do Sr. Presidente do Município, Engº. Aires Ferreira, "isto é o corolário de uma política que vem desde 1995, quando se iniciou a intervenção na envolvente da igreja matriz, nomeadamente Praça General Claudino e Rua das Flores". Na sua intervenção, enunciou os diversos exemplos de recuperação empreendidos pelo município nos últimos 20 anos para instalação de serviços públicos, uma vez que no seu entender o património se deve preservar pelo uso.
O representante da Comissão Executiva do ON2/Novo Norte, Dr. Carlos Duarte, por seu lado, reconheceu o trabalho que tem vindo a ser realizado pelo município de Torre de Moncorvo, enaltecendo este ambicioso plano de recuperação agora apoiado.


O Sr. Vogal executivo da Comissão Directiva do p. ON2, no uso da palavra (foto N.Campos)

O montante global aprovado e que será objecto de investimento até 2012 é de 2.100.000 Euros.

Ver mais em:

http://www.torredemoncorvo.pt/assinatura-de-contratos-do-programa-de-regenerac-o-urbana