terça-feira, 5 de outubro de 2010

Quadros da transmontaneidade (22)

As Duas Faces da Moeda

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Outras vezes surgia-lhe como num sonho o muredo de pedra solta das casas da aldeia, riscadas de ocre pelo barro das junturas, da sua rua apertada e inclinada. Vinham-lhe à lembrança os balcões graníticos com escadas de lajes concavadas e buídas pelo tempo, adornadas de vasos de craveiros e nardos. Vinha-lhe à memória a cavaqueira no adro da Igreja depois da missa dominical, encostados ao gradil de ferro forjado, paralelinérveo, sobranceiro ao tanque que, orgulhosamente, ostentava a esfera armilar manuelina como brasão

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2 comentários:

Júlia Ribeiro disse...

Olá, Sá Gué:
Por este texto, tão belo como ferro forjado, e pela data de hoje, aqui lhe deixo um grande abraço.

Júlia

Anónimo disse...

Boa António!
Trecho igualmente oportuno, das "Duas Faces" - foi bom lembrar que ao olho arguto do literato carviçaleiro não podia escapar tão marcante símbolo e esmerada obra.
abração (extensivo à Júlia, também pela data),
n.