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terça-feira, 28 de julho de 2020

A ÚLTIMA VIAGEM


Era sempre uma festa para os meus olhos quando o via já estacionado, pela rua do Jardim ou no largo Balbino Rego, o velho "machimbombo" do Rogério Rodrigues, um mercedes tipo "banheira" de cor entre o prateado e o dourado, matrícula LQ-14-63. 
Se não me antecipasse a ligar-lhe, pouco depois vinha a chamada: "Já cá estou... quer aparecer para tomar um copo?"

E era num rápido que nos encontrávamos, ou na esplanada mais próxima, se era verão, ou no tasco mais aconchegado, se já estivéssemos no frio. Quase sempre trazia um presente: ou um livro que tivesse acabado de sair, ou uns recortes que sabia serem do meu interesse, uma caneta, ou qualquer ferramenta do nosso múnus, um lápis, uma aguça, um bloco de notas, ou uns saquinhos de rebuçados do Dr. Bayard que lhe fornecia o seu amigo proprietário da respectiva fábrica, na Amadora, mas com origens em Almeida ... E da terra, levava depois, para os amigos de Lisboa, o dito machimbombo carregado de iguarias (a véspera do dia do regresso era para ir às compras: caixas de vinho, queijos, chouriças, alheiras, etc.. Sim, o RR tinha o culto dos Amigos, gostava de dar, o prazer de oferecer sem esperar nada em troca... Também por isto, por esta afectividade manifestada a seu modo de partilha, nos continua (e continuará) a doer a sua ausência... Um vazio que não se preenche, uma dor que não passa... 
Que saudades das boas e longas conversas, por vezes discordâncias (também faziam parte), e, não raro, algumas "cusquices", afora as novidades do burgo que todo se comprazia em dar, se eu ainda não soubesse, dizendo triunfante: "caramba, cheguei à meia-hora e já sei isto, e você aqui e não sabe!" - eu desculpava-me dizendo que o jornalista era ele, e como tal, traziam-lhe logo as novidades... "lá isso é verdade" - dizia sorrindo - "uma vez jornalista, nunca se deixa de o ser... é como os anões, não há ex-anões" - E ríamos.

Aconteceu ontem, ter voltado, mas já não veio com o velho machimbombo, pelo seu pé. Veio com a família, num vaso cinerário, numa última viagem, para a derradeira morada, onde fica com seus pais, o tio "Carró", sua querida Mãe e irmãos, em jazigo raso, no cemitério de Torre de Moncorvo.
Na ocasião apenas intervieram a esposa, Drª. Arlete Rodrigues, ladeada por seus filhos, noras e netas, tendo lido uma mensagem muito emotiva, e o Dr. Paulo Salgado, que leu um poema evocativo das suas vivências e lutas de outrora.  Cerimónia discreta e íntima, circunscrita aos familiares e a alguns amigos. Foi uma oportunidade para o rememorarmos - sempre - e o termos mais próximo, completando a via dolorosa do luto. Falta abrir o ciclo da celebração, com a merecida pública homenagem, logo que as circunstâncias o permitam.


É verão, e volta e meia continuo a ver por cá um machimbombo parecido, estacionado pelo largo Balbino Rego, ou pela rua do Jardim. Às vezes no parque dos Bombeiros. Instintivamente, olho para a matrícula e, para meu pesar, já não é o LQ-14-63... É quando mais sinto o vazio, a saudade imensa, a tremenda ausência de quem nunca devia ter partido. 
Como alguém escreveu na ocasião em que nos deixou, que falta nos faz o Rogério....

N.Campos

terça-feira, 22 de outubro de 2019

Rogério Rodrigues - Exposição Vida e Obra na Biblioteca Municipal


Logo após o falecimento de Rogério Rodrigues a Biblioteca Municipal de Torre de Moncorvo montou, em tempo "record", uma bem documentada exposição, composta por um diaporama fotobiográfico, painéis com depoimentos de quem o conheceu (com destaque para o artigo de Luís Osório) e, em vitrinas, vários livros seus e em parceria, além de abundantes recortes de imprensa. 
Alguns painéis da exposição "Torre de Moncorvo, 1974-2009", com textos de Rogério Rodrigues e Assis Pacheco, a par de artigos do seu colega, amigo e conterrâneo Afonso Praça, completam a exposição.
O romance "A outra face da morte" (1985), o "Livro de Visitas" (1972), "(Re)cantos d'Amar Morto" (2011), "Torre de Moncorvo, Março de 1974 a 2009" (2009), entre outros escritos nomeadamente crónicas de imprensa, marcam aqui presença.
A actualidade moncorvense foi sendo sempre revisitada pela pena de RR, mesmo já depois da aposentação da sua actividade profissional.
Sendo de louvar esta iniciativa, tal não dispensa uma futura homenagem com mais relevo, se possível com uma marca na toponímia local (ainda que ele fosse avesso a isso).

A exposição pode ser visitada durante o horário de expediente (até às 18 horas), até ao final deste mês.

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Rogério Rodrigues - exposição Vida e Obra, na Biblioteca Municipal de Torre de Moncorvo


Lembramos que está patente até ao final do mês de Outubro, na Biblioteca Municipal de Torre de Moncorvo, uma exposição sobre a Vida e Obra de Rogério Rodrigues.
Aqui fica uma breve reportagem que nos foi enviada pelo Sr. António do Espírito Santo Mourão ("Açoreira TV"):

Clicar sobre o link:
https://www.youtube.com/watch?v=ZQ_lTCuu714&feature=share&fbclid=IwAR1-xjuMLQS58JPOoKvzzWiJEENi-NcHs1ZwvUgG0TLACaN1ArGaa2hGSeY


Uma retrospectiva a não perder para quem pretenda conhecer o percurso deste ilustre moncorvense que recentemente nos deixou.

terça-feira, 15 de outubro de 2019

Rogério Rodrigues, Antologia - "Ouvindo Fausto num bar do interior" (2004)

O nosso amigo António Cristino, do Felgar, que foi aluno de Rogério Rodrigues na Escola Secundária de Moncorvo e seu leitor e admirador convicto, guardou este belíssimo texto publicado em 27.12.2004 em A Capital, onde então era sub-director.
A cena é digna de um filme de Truffaut. Nestes solilóquios temos a escrita poderosa de Rogério Rodrigues no seu melhor, repassada de uma nota de tristeza, de melancolia, de uma solitude pesarosa face ao abandonado burgo onde já nem cães nem gatos se vêm e onde encontra uma única personagem (presente) e outra, um músico distante, só presente pela melodia e pelo vínculo pessoal que o une ao ouvinte anónimo que afinal é um amigo solitário que aterrou noutra galáxia.

Apelamos a outros leitores que possuam artigos dispersos do Rogério que nos enviem para este blogue. E porque não criarmos um Círculo de Amigos do RR, de forma a mantermos viva a sua presença através da sua obra? - Fica lançado o repto.

Obrigado, António Cristino, pela partilha.
(clicar para AMPLIAR)

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Sobre o livro "(Re)cantos d'amar morto"

Alguns ecos de imprensa e blogosfera sobre o livro "(Re)cantos d'amar morto":

- Mensageiro de Bragança, 20.03.2011:
(clicar sobre o recorte para AMPLIAR)






Rogério /Pedro Castelhano, Antologia - "(Re)Cantos d'Amar Morto"


Em Março de 2011 é editado pela Âncora, o pequeno grande livro de poesia, "(Re)cantos d'amar morto", com o pseudónimo de Pedro Castelhano. A obra inaugura a colecção Universos, dirigida por Rogério Rodrigues, a convite do seu amigo, o editor António Baptista Lopes. Aqui se reúnem alguns poemas publicados no blogue "TorredeMoncorvo in blog" e ainda um postado neste blogue: "Quando o Natal chegar" (http://torre-moncorvo.blogspot.com/2010/12/poema-de-natal-por-pedro-castelhano.html ).
O livro foi apresentado em Torre de Moncorvo, na Biblioteca Municipal, no dia 19 de Março (dia de S. José, feriado municipal), pelo seu grande amigo Amadeu Ferreira (falecido em 2015), tal como aqui noticiámos - ver aqui: http://torre-moncorvo.blogspot.com/2011/03/poesia-de-pedrocastelhano-rogerio.html
Como então disse, nessa tarde memorável, o Doutor Amadeu Ferreira, jogando com as "duplas personalidades" Rogério Rodrigues/Pedro Castelhano: " (,,,) Pedro fala da morte, soterrado em problemas da vida. E Rogério, como eu e seus amigos mais chegados sabem, não tem nem nunca teve problemas pessoais, nem existenciais. Pelo menos, era o que ele costumava dizer".  - O que mais disse, bem como a intervenção do Rogério, pode ler-se aqui:
Da nossa parte, como então dissemos no post acima indicado, poder-se-ia ainda "acrescentar à análise do título feita por Amadeu Ferreira, um outro conceito que nos parece aí contido: o de 'Mar Morto', por alusão aos célebres manuscritos achados em Qûmran, que estiveram perdidos durante mais de 2000 anos, e onde se encontra o essencial do pensamento da seita mística (e eremítica) dos Essénios, algures nos desertos da Palestina. Também alguns destes escritos (manuscritos ou não) do Rogério, estiveram como que "perdidos" durante anos, se não dentro de vasos, pelo menos dentro de gavetas [e, mais recentemente, de blogues]. A sua reconstituição permite-nos seguramente conhecer algo do seu pensamento e muito do seu sentir, tal como hoje sabemos dos essénios." - Havia, a nosso ver, algo de ascético e contemplativo na personalidade de Rogério Rodrigues/Pedro Castelhano, quando se refugiava em casa ou em cafés menos frequentados, para poder ler, pensar e escrever. Recordo o seu interesse pelos gnósticos e pelo esoterismo pré-cristão conhecido por esses manuscritos do Mar Morto. Daí que esta ideia possa estar, também ela, encriptada no rebuscado título desta obra.
Fechando a quadratura de um círculo iniciado com o (pouco) juvenil "Livro de Visitas" (1972), ainda que se registe em "(Re)cantos d'amar morto" uma maior simplificação da forma poética, agora mais "entendível", a música de fundo continua "merencória" e trágica, talvez mais agravada pela entrada no outono da vida e com a morte dos sonhos de juventude que - apesar de tudo - fervilhavam naquele período pré-revolucionário. Como pano de fundo, os clássicos sempre. O primeiro poema, "Carpe diem", expressão latina atribuída ao poeta Horácio Flaco, o das Odes (séc. I a.C), dá o mote. Depois, a belíssima "Carta à neta", recomendações que têm como referência o Tempo e as mutações do mundo (nem sempre para melhor), em que se subentende o célebre "O tempora, o mores", de Cícero. Está ainda a forma clássica bem cinzelada e polida - magnífica versão escrita da marmórea Pietá de Miguel Ângelo - no assombroso poema "Stabat Mater". E que dizer ainda dessa descida ao Hades, qual Ulisses, que são os "Nove Poemas de Novembro"? E tudo o mais até ao angustiante "Quando eu morrer por favor apaga a Luz..." - Fica-se com coração e alma esganados, sobretudo depois de tudo isto lido após o fatídico dia 8 de Outubro de 2019...

N.Campos

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Livro do General Tomé Pinto, em Torre de Moncorvo, dia 26/11

(clicar para aumentar)

Será apresentado no próximo sábado, dia 26 de Novembro, a biografia do general Alípio Tomé Pinto, de autoria do próprio e de Sarah Adamapoulos, um dos mais ilustres moncorvenses, nascido em Maçores em 1936. Estará presente na cerimónia, como apresentador da obra e do homenageado, o ex-Presidente da República general Ramalho Eanes. O evento, organizado pelo Município de Torre de Moncorvo, terá lugar na Biblioteca Municipal, rua Infante D. Henrique. A não perder!

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

in memoriam Beto Areosa

(foto da profª. Eduarda Castro, em dia de Recepção aos novos Profs., 14.11.2007)

Costumava ser por esta altura... A recepção aos novos professores, com um giro pelo concelho, culminando às vezes num magusto, ou numa jantarada de integração na Escola, com o célebre "baptismo" dos "profs. caloiros". Apesar de os meus tempos de prof. terem passado havia muitas luas, na minha condição de cicerone, tinha a honra de ser convidado. O bom Amigo Beto não se esquecia.... 

"Compagnons de route" desde os tempos propedêuticos, estudantes que éramos. Depois colegas na docência, nos bons velhos tempos, ainda antes de seres o homem do leme no Directivo.
Depois, as famosas noites "impero-bibliotecárias", para citar a expressão jocosa de um outro amigo(Gil T.) que também já nos deixou há uns anos... Depois as iniciativas escolares ou visitas museológicas, em que nos íamos encontrando... Ou a "realeza" por um dia nas recriações mediévicas que a Escola, sob a tua égide, realmente iniciou e sempre acompanhou de forma empenhada.

Foste um Grande da nossa geração, seguramente o maior, e quando parecia que os Áugures te vaticinavam outros voos, as Parcas começaram lentamente a urdir um outro fadário, mas cujo desenlace seria inimaginável que assim fosse e tão breve. Lutaste bravamente até ao fim, sempre com espírito positivo, bonomia, uma serenidade e convicção na vitória, o que nos fazia crer que outro seria o desfecho. Não foi por falta de Fé e perseverança, e, também, o apoio incondicional dos Amigos, que os tinhas, e muitos. Apoio moral, que mais não podíamos fazer, pois o resto era com os Esculápios e os Hipócrates. Confiámos. O Caminho era estreito, mas os Milagres costumam acontecer. "A tua Fé te salvou", disse o Nazareno ao paralítico. E não foi por falta dela.... Porque não ouviu o Senhor as nossas preces? Porque escolhe sempre Ele primeiro os melhores? Porque, por outro lado, parecem ser eternos os antípodas? - 

Insondáveis são os desígnios do Todo-Poderoso, dessa força cósmica que parece gerir tudo isto como uma roleta russa, ao menos, para nós, pobres leigos mortais.... Ele saberá que és preciso no Além, talvez na direcção de uma nova Escola do Paraíso, para usar o título de uma obra de Rodrigues Miguéis...

Que os Anjos te elevem em cânticos, na sublime Viagem pela Luz em direcção ao Oriente Eterno e alcances a Felicidade superna dos Sempre Vivos e a aura da Serenidade reservada aos Justos... 

Que nós, e por enquanto, neste mundo chão, velaremos pela tua Memória, e pela Obra que deixaste, como excelente profissional e como Cidadão exemplar.

- Um grande Abraço, Amigo, até Sempre!....

por: N.Campos

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Nota: o Dr. António Alberto Barbosa Areosa, nasceu em Moçambique em 21.03.1961, estudou no Porto e em Torre de Moncorvo, tendo-se licenciado em Ciências e Tecnologia (Geologia) pela Univ. de Coimbra (1986), e posteriormente concluíu o curso de ciências de educação na Univ. Católica do Porto. Era uma figura pública notável e benquista da nossa terra, e foi uma referência para várias gerações de alunos e professores, não só como pedagogo e gestor escolar, mas como cidadão empenhado e assertivo, pelo que o blogue "TORRE.moncorvo" aproveita este depoimento pessoal para lhe prestar também a devida homenagem e expressando sentidos pêsames a toda a família enlutada.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Jovem de Torre de Moncorvo vence prémio “Melhor Jovem Agricultor de Portugal 2016”


Jovem de Torre de Moncorvo vence prémio “Melhor Jovem Agricultor de Portugal 2016”
O prémio “Melhor Jovem Agricultor de Portugal 2016” foi atribuído pela CAP a uma jovem de Torre de Moncorvo. Catarina Martins tem 24 anos e começou em 2013 a desenvolver um projecto de produção de hortícolas no vale da Vilariça.
A jovem estudante de engenharia agronómica mostrou-se surpreendida com a distinção, que lhe dá mais motivação para o trabalho, e acredita que pode incentivar outros jovens a dedicarem-se à agricultura. “Não estava nada à espera, fiquei completamente surpreendida. Acho que pode ser que assim os jovens de hoje em dia pensem melhor na sua vida profissional e naquilo que é realmente importante. Outras profissões são importantes mas a nossa alimentação é a base de tudo, porque acho que nós sem alimentação não podemos ensinar, não podemos cantar, não podemos fazer nenhuma actividade se não nos alimentar-mos”, salienta a jovem.
A dimensão da exploração de 10 hectares e a construção de um armazém, bem como o investimento, contribuíram para que o projecto de Catarina Martins fosse distinguido. “Dei início à actividade  em 2013, começando por produzir dez hectares de hortícolas. Tive de construir um armazém de mil metros quadrados, ou seja a construção de condições de trabalho, logística, algo inovador . A atribuição do prémio é fundamental e é bom, claro”, acresnetou.  
A jovem agricultora vai agora levar o seu projecto a Bruxelas, para representar o país num concurso europeu, o que considera uma grande responsabilidade. “Agora vou pensar no que vou levar para Bruxelas, visto que vamos concorrer a nível europeu. Espero levar o projecto mais consolidado e com algo inovador a apresentar, para que possamos representar Portugal da melhor forma”, referiu Catarina Martins.     
O “Prémio Jovem Agricultor” foi entregue a Catarina Martins pelo eurodeputado Nuno Melo na Feira Nacional de Agricultura, em Santarém.

Jornalista: 

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Exposição "Aves do Feital" no Museu do Ferro, dia 5/06

(clicar no cartaz para AMPLIAR)

Terá lugar no próximo dia 5 de Junho (Dia Mundial do Ambiente), a inauguração de uma exposição fotográfica intitulada "Aves do Feital", de autoria do prof. António Joaquim Fernandes, conterrâneo que há anos se dedica também às artes fotográficas, com reconhecido mérito, a par da sua actividade lectiva (de que já se aposentou). Feital é uma propriedade sua, nos arredores de Maçores, onde captou mais de 90% das imagens de aves que compõem a exposição. No entanto, nesta mostra, além das fotografias, há outros materiais que poderão ser observados e consultados (alguns guias de aves). - Os visitantes poderão ainda observar as aves que saltitam pelos jardins do Museu, podendo dispôr de binóculos para o efeito.
A não perder!!

Organização: Município de Torre de Moncorvo e Museu do Ferro & da Região de Moncorvo (parceria CMTM/PARM)

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Torre de Meem Corvo - em tempo de "feira medieval"

Entre os dias 8 e 10 de Abril, realizou-se mais uma edição da feira "medieval" de Torre de Mem Corvo (esta devia ser a grafia correcta da designação desta vila, pelo menos para esta ocasião).
Aqui fica uma breve reportagem fotográfica (mais uma):

Antigo Largo do Outeiro, onde pousaram os burros, junto à "catedral" (atenção, esta ainda não existia nos tempos medievos...).

Uma boa ocasião para se "ressuscitar" a Dança das Fitas, outra tradição ancestral desta villa, que decerto já se praticaria na Idade Média.

Pobres mendigos!... - e excelentes actores, a quem felicitamos pelo "papelão". 

Belas e nobres donzelas (cristãs e uma otomana??) esperando os festejos promovidos pela realeza, no adro da catedral...

O arraial do Rossio, esperando a enchente de povo que acorreria ao mercado, como noutros tempos...
Compenetrada, a Rainha D. Isabel e D. Dinis, observam o espectáculo dos seus súbditos...

A corte a caminho da catedral... Em tempos de el rei D. Dinis talvez já existisse a igreja de Santa Maria... substituída pela actual uns séculos depois...

 Um ferreiro medieval na terra do ferro... - Seria de Felgueiras?

... e uma dupla de "Pantomineiros" assumidos, num treato portátil de marionetas (ou Ribertos).

Apesar das ameaças de chuva e mau tempo, a villa animou-se por três dias, num espectáculo de cor e alegria. 
            - Para o ano há mais! 


sábado, 28 de junho de 2014

Apresentação de livro de Paula Reis, no auditório do Museu do Ferro, dia 29/06


Com a chancela da editora Vieira da Silva (Lisboa), será apresentado no dia 29 de Junho, no auditório do Museu do Ferro & da Região de Moncorvo, o livro de Paula Reis, intitulado "O Sonho de uma Vida".
A autora nasceu em Angola em 1972, embora com raízes na Horta da Vilariça, concelho de Torre de Moncorvo.. Tendo passado a infância em Portugal, aos 17 anos emigrou para França, onde aprendeu a língua e absorveu a cultura francesa. Tendo regressado às terras das origens, para além da sua actividade profissional, escreve nas horas vagas, sendo esta a sua primeira obra literária.

O livro trata da história de um menino que se encontrou sozinho, mas que com a ajuda de um "anjo" acabou por vencer na vida, realizando os seus sonhos e ajudando outros a realizarem os seus.

Fica o convite para o evento, e para uma boa leitura de verão. Apareça!

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Concerto na igreja matriz de Torre de Moncorvo, próximo 31 de Maio


Felicitando a DRCN por esta iniciativa, que terá lugar na igreja matriz de Torre de Moncorvo no próximo dia 31 de Maio, às 21:30h, destacamos que este foi um dos três espaços escolhidos para esta digressão da Orquestra de Câmara da Maia em toda a região Norte.
Este ciclo começa hoje, no mosteiro de Leça, passará por Moncorvo e culmina em Caminha.
Aqui fica:

CONVITE
O ciclo Música em Tempo Pascal é uma iniciativa da Direção Regional de Cultura do Norte, inscrevendo-se no eixo de programação Jovens Músicos no Património a Norte. A Orquestra de Câmara de Maia, à qual se associa o Coro de Câmara Invictus Ensemble, interpretam a Missa Sancti Nicolai, Joseph HAYDN( 1732-1809) e o Gloria, RV 589, Antonio VIVALDI (1678-1741) nos seguintes monumentos nacionais, classificados em 1910 e afetos à DRCN:

Igreja do Mosteiro de Leça do Balio | Matosinhos-Porto | 23 de maio pelas 21:45;
Igreja Matriz de Torre de Moncorvo | Torre de Moncorvo – Bragança | 31 de maio pelas 21:30;
Igreja Matriz de Caminha | Caminha – Viana do Castelo | 6 de junho pelas 21:45.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Natal com Alma de Ferro

Domingo, dia 9/12, o grupo de teatro Alma de Ferro, de Moncorvo, levou à cena, no espaço do Celeiro, a peça infantil "Um presente para o Pai Natal".
Apesar do frio, o público acorreu à chamada, com destaque para a pequenada.
Aqui fica um registo em pose, pela objectiva do fotógrafo (e também actor) Camané Ricardo, a quem agradecemos o envio: 

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

"Passeio micológico" procura potenciar a serra do Roboredo

Realizou-se no passado dia 30/11 mais uma edição do Passeio Micológico à serra do Roboredo, iniciativa organizada pela associação do PARM em articulação com o Museu do Ferro & da Região de Moncorvo (CMTM/PARM), sendo coordenada pelo Engº. Afonso Calheiros.
Apesar do frio matinal, foram vários os participantes que acorreram à chamada, entre moncorvenses e visitantes, tendo-se optado pelo caminho da Casa Florestal até à mata do Calhoal.
Aqui ficam algumas imagens:
Explorando o velho caminho de origem medieval e alertando para as potencialidades da serra do Roboredo como recurso a desenvolver (floresta, micologia, pedestrianismo, BTT, etc.)

Entre as espécies introduzidas, encontram-se outras endémicas, como o sobreiro que se vê na imagem.

Recolhendo cogumelos.

Palestra sobre cogumelos, a que se seguiu a identificação dos mesmos.

Um "Roque", "roco" ou "frade", já identificado com  o seu nome científico: "Macrolepiota procera"...

O facto de ter chovido pouco neste Outono fez com que se vissem poucos cogumelos, e, dos poucos, já bastante ressequidos pelas fortes geadas que se têm feito sentir. Assim concluíu-se que para o próximo ano haverá que organizar esta iniciativa um pouco mais cedo, procurando dar-lhe uma maior projecção e divulgação.

(Txt. & fotos: N.Campos)

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Passeio Micológico e workshop sobre cogumelos, é já no próximo Sábado, dia 30/11:

(clicar sobre o cartaz para AMPLIAR)

A associação do PARM em articulação com o Museu do Ferro & da Região de Moncorvo (parceria Município de Torre de Moncorvo/PARM), leva a efeito, no próximo Sábado, dia 30/11, mais um Passeio Micológico (parte da manhã) , seguido de workshop (parte da tarde), sob orientação do Engº. Afonso Calheiros e Menezes (do PARM e técnico superior do PNDI).
Venha conhecer o fantástico mundo dos cogumelos, pelos Caminhos do Roboredo!
Para mais informações, ver aqui: 

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

X Partidela Tradicional da Amêndoa no Museu do Ferro

Como anunciado, realizou-se no passado sábado, dia 23, a 10ª. edição da Partidela Tradicional da Amêndoa do Museu do Ferro & da Região de Moncorvo. Como habitualmente, o evento foi co-organizado pela parceria Município de Torre de Moncorvo e associação do PARM, que rege o museu.
Aqui fica um breve registo:

No aprazível espaço dos jardins do Museu, recentemente arranjados, fica o Auditório, onde o evento mais uma vez se realizou...

Em nome do município de Torre de Moncorvo, a Vereadora Engª. Piedade Menezes abriu a sessão, salientando a sua importância como evento evocativo das tradições moncorvenses, como ponto de encontro inter-generacional e ainda por promover um produto agrícola que é um verdadeiro ex-libris de Moncorvo, associado à famosa confeitaria da "amêndoa coberta". 

 Depois do responsável do museu e do representante da recém-criada Confraria da Amêndoa, Prof. Joaquim Morais, o Prof. Américo Monteiro, encenador do grupo de teatro Alma de Ferro, fez uma introdução ao "sketch" em que se procurou recriar uma Partidela "à maneira antiga".

Momento da recriação da Partidela, pelo grupo Alma de Ferro.

À "boca de cena", numa "cozinha tradicional"...

Os actores do Alma de Ferro, em interacção com o numeroso público presente...

Os mais velhos recordando velhos tempos; os mais novos (e visitantes) aprendendo como era...

 E, como não podia faltar o momento musical, como sempre abrilhantado pela última tuna popular que resiste no Douro interior: a Tuna da Lousa. Num tempo em que tanto se fala em património imaterial, é bom que se diga que estes grandes Senhores são um valioso património vivo da nossa região.

Com a "mulher gorda" nem a tia Esperança resistiu a um pezinho de dança...

E os músicos sempre exímios no seu repertório, carregado das nostálgicas melodias que nos sopram de um outro tempo, e das bandas do Douro...

No final, como nas aventuras de Astérix, o banquete ritual, celebrado com produtos regionais generosamente oferecidos por diversas casas comerciais da vila e do concelho, mencionados no cartaz e no início da actividade. A pedido da organização, aqui lhes reiteramos o agradecimento e reconhecimento, assim como aos funcionários e utentes do Centro de Dia da Misericórdia que estiveram presentes.

Fotos: Zé Sá e N.Campos

Sobre este tema, ver também: 



sexta-feira, 22 de novembro de 2013

X PARTIDELA TRADICIONAL DA AMÊNDOA no Museu do Ferro - é já amanhã!

(clicar sobre o cartaz para AMPLIAR)

Vai realizar-se no próximo sábado (amanhã), dia 23 de Novembro, pelas 14:30h, a X Partidela Tradicional da Amêndoa do Museu do Ferro & da Região de Moncorvo, nesta vila.
Trata-se de uma recriação das antigas partidelas da amêndoa, que noutros tempos se faziam ao serão e num sistema de entreajuda, oferecendo-se uma merenda aos partidores, no fim de cada jornada. Os grandes proprietários chegavam a pagar jeiras às partidoras (normalmente trabalho feminino), podendo a actividade realizar-se de dia e/ou de noite. Numa das suas novelas, o escritor moncorvense Campos Monteiro descreve um desses momentos (in Ares da Minha Serra), supostamente ocorrido na rua do Quebra-Costas.
No entanto, por todo o chamado Douro Superior, o verdadeiro "solar" da amêndoa no Norte de Portugal, se realizava esta actividade, até aos anos 70 e 80 do séc. XX. 
Progressivamente, o decréscimo da produção de amêndoa na região, assim como as alterações dos hábitos da população e ainda o próprio decréscimo e envelhecimento da população rural, quase fez desaparecer as "partidelas" tradicionais. Por isso, o Museu do Ferro, entidade gerida pelo PARM com base num protocolo com o Município de Torre de Moncorvo, resolveu reactivar esta tradição. 
O novo executivo camarário, reconhecendo o interesse da iniciativa, não deixou de se associar à organização da mesma,  tendo em vista a valorização dos produtos regionais. Do mesmo modo, o evento contou com o apoio da recém-criada Confraria da Amêndoa, Cooperativa de produtores e vários patrocinadores locais que ofereceram os produtos da região para a merenda tradicionais (mencionados em cartaz).
Julgamos que o próximo passo será a promoção mais alargada deste evento junto das entidades ligadas ao Turismo, de forma a captar visitantes de outras paragens, numa época do ano em que a restauração e hotelaria se ressentem por menor afluxo.

Então não se esqueçam: amanhã, pela 14:30h - a entrada é livre!

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

(clicar para ampliar)

Na proxima sexta-feira,13 de Setembro, às 21;30h  todos os caminhos vão ter ao "Celeiro", em Torre de Moncorvo!
Aí terá lugar o grande espectáculo do grupo Alma de Ferro comemorativo do seu 5º aniversário.

Venha apoiar o grupo de teatro da nossa terra!!