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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Festa de Senhora do Amparo do Felgar - 2011

Decorreu o passado fim de semana a grandiosa festa do Felgar, em honra de Nossa Senhora do Amparo (para os interessados informamos que hoje à noite ainda há o "fim de festa" no recinto do santuário do Vale).
Aqui deixamos uma breve reportagem de alguns momentos, desde o sábado passado, tendo-nos faltado, deste feita, o registo do fogo de artifício e da forte chuvada/trovoada de ontem (domingo), que acabou por estragar a noite de ontem.
Em jeito de balanço: eventos culturais, muita música, animação, além da componente religiosa e, a terminar, uma impressionante trovoada na noite de ontem, eis a festa do Felgar 2011.
(clicar sobre as fotos para as AMPLIAR):
Terra de "Pucareiros", os felgarenses teimam em manter vivas as memórias do trabalho do barro. Graças ao empenhamento e dedicação de Tozé Carneiro ("Pisco" para os amigos) e à falta de um verdadeiro núcleo museológico dedicado ao tema, este ano foi montada uma "Casa do Barro", onde se realizou uma pequena mostra e se procedeu à apresentação do livro "O último oleiro", de António Rómulo Duque.
Capa do livro "O último Oleiro", de Rómulo Duque, onde o autor conta diversas estórias do barro e relata a sua experiência junto de António Rebouta (o ti-Roberto), aquele que é normalmente considerado o último oleiro do Felgar (a viver desta arte como profissional). A obra pode ser pedida à editora Sítio do Livro, Ldª (http://www.sitiodolivro.pt/)

Mas afinal ainda há quem não tenha perdido o jeito: o Sr. Sebastião Rebouta, filho de António Rebouta, tem assegurado o título de "último oleiro", depois da morte de seu pai (em 1987). Embora não resida no Felgar e tenha o seu "atelier" a caminho da Açoreira, é neste momento o único praticante da arte por estas terras... Esperemos que algum felgarense mais entusiasta venha a segurar este pendão, ao menos como "hobby"... - tem a palavra o Toninho Duque, entre outros!

Cai a noite e o santuário engalanado prepara-se para o arraial...

Este ano, a figura de proa do cartaz da festa foi o Padre Víctor, verdadeiro caso de sucesso musical pelas nossas terras!...

Momento do concerto do jovem Padre Víctor, já conhecido pelo "padre Pop".

Padre Víctor e sua banda, desbundando altos sons na sua guitarra acústica!...

Domingo à tarde: é o momento da monumental procissão, estreando a avenida nova...

Banda filarmónica de Paço de Sousa (na foto), seguida pela do Felgar, seguem a Senhora do Amparo, a caminho do Santuário...

O povo junta-se para ouvir o Sermão que será proferido do alto do púlpito do Santuário.

Tem a palavra o Sr. diácono Ilídio Mesquita - enaltecendo a Senhora que é Amparo dos felgarenses e de todos os que a Ela recorrem, mas, uma vez mais verberando os familiares que põem as crianças a cumprir promessas descalças, assim como a ostentação das notas nas fitas. Faz-se silêncio...

A virtuosa imagem ainda no andor, mas já no seu espaço, é exposta à devoção dos fiéis que aí vão depositar o seu óbulo e rezar as suas orações...

Um quadro de Rembrandt: cá fora, num recanto do adro, arde o fogo sagrado. Uma virginal Vestal luso-francesa observa pensativa as velas que ardem... Em que pensará ela? Será que procura no fogo ardente a essência do divino? ou será apenas o renovado reencontro com as suas origens, procurando manter viva a chama que a liga aos seus ancestrais? Só ela sabe...
Txt. N.Campos; fotos: N.Campos e Rómulo Duque

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Paisagens de inverno, por terras de Moncorvo

A vaga de frio dos últimos dias, com gelo e neve, propiciam belas paisagens e motivos inverniços. Aqui fica uma breve reportagem fotográfica, captada pela objectiva do nosso colaborador Engº. Afonso Calheiros:

Estalactites e estalagmites de gelo, sobre um bloco de rocha granítica, entre as Quintas da Estrada e Macieirinha (E.N. 220, para Freixo de Espada à Cinta) - dia 27.01.2011

O mesmo local, hoje de manhã (28.01.2011), pelas 9;20 horas, depois da nevada da última noite.

Outra instantâneo da neve, hoje de manhã - jovem souto localizado nas proximidades do cruzamento das Quintas da Nogueirinha.

Estrada Nacional 220, entre o desvio para as minas do Cabeço da Mua e o entroncamento das Quintas da Nogueirinha.

Estradão para as antigas minas da Carvalhosa (ao fundo, vê-se o morro da escombreira da Ferrominas).

"Carvalhal city", junto ao desvio para o Felgar, vendo-se as minas de ferro ao fundo - esta é das zonas mais frias do concelho de Torre de Moncorvo. - Acresce dizer que na vila a neve não pegou...

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Conferência de Rogério Rodrigues, encheu o auditório do Museu

Momento de abertura da sessão, pela representante do Município, Drª. Helena Pontes, Chefe de Divisão de Cultura e Turismo

A conferência de Rogério Rodrigues intitulada “Subsídios para a história da Maçonaria e dos ideais republicanos em Trás-os-Montes e Alto Douro”, realizada no passado sábado, dia 13 de Novembro, encheu por completo o auditório do Museu do Ferro.

Mais de meia centena de pessoas, algumas vindas de outros concelhos nordestinos, quiseram estar presentes, algumas mais esclarecidas, outras mais curiosas por saber algo mais sobre um tema ainda rodeado de uma certa aura de hermetismo.

Rogério Rodrigues começou por dizer que não se pode compreender a implantação da República sem se conhecer a acção da Maçonaria e da Carbonária. Para os mais interessados sobre o tema indicou alguma bibliografia, em que também se baseou para elaboração desta dissertação, além de uma lista (inédita) de nomes de maçons trasmontanos iniciados em finais do século XIX e inícios do séc. XX, entre os quais alguns moncorvenses, dados que lhe foram fornecidos por um historiador seu amigo.

O conferencista Rogério Rodrigues.
Referiu Rogério Rodrigues que, desde cedo, a Maçonaria foi diabolizada pelos poderes instituídos (nos tempos da Monarquia Absoluta e do chamado “Estado Novo”), sobretudo pela Igreja. Não obstante, mesmo esta instituição religiosa teve muitos sacerdotes e até alguns dignatários de mais relevo ligados à Maçonaria, de que deu vários exemplos, como o bispo Alves Feijó (bispo de Macau, Cabo Verde, Angra e Bragança), natural de Freixo de Espada à Cinta (nasceu em 1816 e faleceu em 1874). Mesmo no “Estado Novo”, dois grandes amigos de Salazar eram maçons: Albino dos Reis e o médico Bissaya Barreto.

Relativamente a Trás-os-Montes, e começando por Torre de Moncorvo, o autor referiu alguns moncorvenses que ainda no séc. XIX tinham aderido à Maçonaria, com destaque para Francisco Meireles, cujo nome está ligado à praça central da vila, por ter sido o benemérito que deixou a sua fortuna para a constituição de um Asilo para desvalidos nesta vila, hoje Lar Francisco António Meireles. Aliás, a benemerência associada à assistência social e à alfabetização foram sempre uma das preocupações dos bons maçons. Francisco Meireles foi um importante negociante e financeiro que tendo passado a sua vida fora da sua terra de origem (foi o fundador de uma “loja” maçónica em Aveiro), tendo enriquecido, acabou por legar em testamento avultada soma para a criação do referido "asilo" moncorvense.


A numerosa assistência, escutando atentamente.

Além de F. Meireles, são conhecidos os nomes de outros moncorvenses, como Cândido Dias, negociante no Porto, Joaquim Firmino Miguel, oficial da marinha mercante (iniciado em 1905), Luís Henrique de Almeida (professor) e Abel Gomes, iniciado em Moçambique em 1906, o qual, tendo regressado, viria a ser presidente de Câmara, no período da Primeira República, em Moncorvo. Abel Gomes foi quem inaugurou o Registo Civil nesta vila, ao registar um filho, logo após a República, quando as pessoas ainda estavam algo relutantes em relação a este tipo de registo, como dá testemunho o Abade Tavares, seu amigo, na monografia da Senhora da Teixeira. Rogério Rodrigues pensa que Abel Gomes terá sido um dos instaladores do Triângulo de Moncorvo, constituído em 1911, com o nº. 155, logo a seguir ao de Bragança e de Mirandela. Informou ainda que para se constituir um triângulo eram necessários três mestres. No entanto, os fundadores do triângulo de Moncorvo foram: José António dos Reis Júnior, um jovem advogado de 27 anos, Guilhermino Augusto Vaz, farmacêutico, Miguel Frederico Mesquita (com o nome simbólico de Ferrer), de 35 anos, lavrador. Surgem depois outros como António Alberto Carvalho e Castro, empregado dos Caminhos de Ferro em Miranda do Douro e Flaviano de Sousa, o empreiteiro que justou a construção do caminho de ferro de Pocinho a Torre de Moncorvo (linha do Sabor). O triângulo de Moncorvo teve uma vida curta, tendo sido declarado extinto desde finais de 1912, pelo decreto do GOL (Grande Oriente Lusitano) de 7.08.1913, visto que só um dos "obreiros" se mantinha activo, nessa data.

Momento de convívio, no final da sessão, nos jardins do Museu

Sobre outros famosos maçons de Trás-os-Montes, o conferencista mencionou: Alves da Veiga, natural de Izeda (Bragança), licenciado em direito, um dos fundadores do PRP (Partido Republicano Português), que esteve na intentona do 31 de Janeiro no Porto, pelo que acabou no exílio, tendo regressado com a República e vindo a desempenhar cargos de relevo depois de 1910; Emídio Garcia (fundador do liceu de Bragança); o já referido bispo Feijó (de Freixo de Espada à Cinta); Adelino Samardã, de Sabrosa, que esteve ligado à disseminação da Carbonária em Trás-os-Montes; António José Claro, de Chaves; Francisco António de Campos, barão de Foz Côa, riquíssimo proprietário, filólogo, que chegou a presidente da câmara de Lisboa e que foi Grão-mestre da Maçonaria lusitana; Antão de Carvalho, da Régua, um dos paladinos do Douro, que foi ministro da Agricultura na 1ª. República, que levou à criação da Casa do Douro, já no início do Estado Novo, entre muitos outros, terminando em Raúl Rego, de Macedo de Cavaleiros, o último Grão-mestre trasmontano.

Entre os focos mais activos, em termos de República e Maçonaria, destacou ainda as cidades de Vila Real e de Chaves, sendo daqui originário (e onde se terá iniciado) o Marechal Carmona, 1º. Presidente da República do Estado Novo, apesar de depois se ter distanciado.

A finalizar, Rogério Rodrigues disse que o fim da Monarquia começou, indirectamente, com um trasmontano, de Vinhais, o regicida Alfredo Buíça (que era carbonário), e acabou com outro trasmontano, que pouco nos ilustra, e que foi o Abel Olímpio “Dente de ouro”, natural dos Estevais da Vilariça (concelho de Torre de Moncorvo), e que foi o executor da famosa "Noite Sangrenta". - Nota nossa: Este episódio foi motivo de série televisiva há pouco transmitida pela RTP, com assinatura de Tiago Rodrigues, filho de Rogério Rodrigues.

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Txt.: N.Campos

Fotos: R.Leonardo e H.Tavares

terça-feira, 19 de outubro de 2010

República comemorada com livros, revista e uma exposição de jornais da época

No passado fim-de-semana e no âmbito das comemorações da implantação da República em Torre de Moncorvo promovidas pelo município, decorreu no auditório da biblioteca municipal o lançamento de dois livros e de uma revista, além de uma exposição de primeiras páginas de diversos periódicos que se publicaram na região entre 1910 e 1926.
Aqui fica a reportagem:

Dia 16.10.2010, 15;00h - O Presidente da Câmara, Engº. Aires Ferreira, abrindo a sessão de apresentação do livro "História política de Torre de Moncorvo, 1890-1926", de autoria de António Júlio Andrade (2º. a contar da direita), o qual seria apresentado pelo jornalista Rogério Rodrigues (segundo a contar da esquerda). O livro versa sobre os últimos anos da monarquia e todo o período da chamada Primeira República, no nosso concelho.

Momento de apresentação do novo número da revista da Associação dos Antigos Alunos e Amigos do ex-colégio Campos Monteiro, por Rogério Rodrigues, que foi o coordenador editorial da mesma. Esta revista é presentemente dirigida pela Drª. Júlia de Barros G. Ribeiro (1ª. a contar da direita), sendo o actual presidente da direcção da associação o Engº. Ramiro Salgado (2º. a contar da direita). A revista possui artigos de diversos autores, focando diversas realidades e personagens do concelho e da região, embora com um tema de fundo: "Ensino e República".
A revista, tal como o livro anteriormente referido, tiveram a chancela da editora Âncora, representada pelo Dr. António Baptista Lopes (1º. à esquerda).
Dia 17.10.2010 (domingo), 15;00h - O Sr. Presidente da Câmara abrindo a sessão de apresentação do livro de Adília Fernandes "História da Primeira República em Torre de Moncorvo, 1910-1926". A apresentação do livro coube ao Prof. Doutor Norberto Cunha (na foto acima, 2º. a contar da direita) que, numa extensa prelecção, fez uma caracterização da sociedade portuguesa na transição do séc. XIX para XX, bem como dos movimentos sociais e ideológicos, além de graves crises económicas, que vão estar em correlação com os acontecimentos que decorreram entre a queda da monarquia e o advento do Estado Novo, com o golpe do 28 de Maio. No que toca a este livro, a autora (na foto, a 2ª. a contar da esquerda), partindo das chamadas "fontes primárias" (livros de actas), procurou enquadrar os factos locais na História nacional do período considerado. O livro foi editado pela Palimage, com apoio do município, que também apoiou as publicações anteriormente mencionadas.

Paralelamente à apresentação de livros e revista referidos, esteve patente uma mostra de primeiras páginas de jornais da época.
É de destacar o numeroso público que esteve presente nestes eventos.
Fotos: cedidas por Biblioteca Municipal, a quem agradecemos.
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sábado, 9 de outubro de 2010

Centenário da República comemorado na Escola Secundária de Moncorvo

Rogério Rodrigues (3º a contar da direita) proferindo a sua palestra

O agrupamento de Escolas de Torre de Moncorvo assinalou o centenário da República com um conjunto de actividades, de que destacamos a palestra, realizada ontem à tarde, pelo jornalista e escritor moncorvense Rogério Rodrigues.
A palestra, intitulada "A implantação da República em Portugal", teve lugar no polivalente da escola-sede do Agrupamento de Escolas, perante uma numerosa plateia de professores, alunos, funcionários e outros cidadãos que quiseram assistir. A apresentação do ilustre conferencista coube ao Director da Escola, Dr. Alberto Areosa, que explanou os objectivos destas comemorações e agradeceu ao grupo de História, na pessoa da professora Lucília e do professor Pimenta de Castro a oportunidade desta organização.
A seguir, Rogério Rodrigues dissertou sobre as causas que estiveram na génese da República, as intensas movimentações políticas do período que antecedeu a queda do antigo regime, precedido pelo regicídio (morte do rei D. Carlos) e toda a série de acontecimentos quer da Revolução (acções dos militares, com destaque para Machado dos Santos, das organizações secretas como a Carbonária e a Maçonaria, a que se juntaram depois as massas populares), quer do período político que se lhe seguiu até ao golpe de 28 de Maio de 1926, que levaria ao chamado período do Estado Novo. Passou em revista episódios como o "golpe das Espadas" que levou à ditadura do general Pimenta de Castro (parente do Dr. António Pimenta de Castro, professor na Escola Secundária de Moncorvo) e o da célebre "camioneta fantasma" que numa noite tratou de matar a maioria dos principais vultos do 5 de Outubro de 1910. Neste episódio lamentável, num tempo em que as divergências políticas se resolviam a tiro, participou um moncorvense da Cardanha, um certo Olímpio, conhecido como o "Dente de Ouro".

Aspecto da sessão, com numerosa assistência de professores e alunos

No final da palestra, o professor Pimenta de Castro prestou vários esclarecimentos sobre a simbologia das bandeiras, quer da Monarquia (a azul e branca), quer da Republicana, que se mantém hoje como a bandeira nacional. É de salientar que nem todos os republicanos estavam de acordo com as actuais cores da bandeira, como era o caso do poeta Guerra Junqueiro, natural do vizinho concelho de Freixo de Espada à Cinta, que defendia a manutenção das cores azul e branca, retirando apenas a coroa real e se colocasse no seu lugar a esfera armilar, com 5 estrelinhas verdes e vermelhas, a evocar o 5 de Outubro. A esfera armilar viria a ficar em fundo, como se sabe, mas as cores acabaram por ficar a verde e vermelha, como símbolos da Esperança e do Sangue dos heróis, se bem que essas eram as cores de uma das lojas da Carbonária, associada inclusive ao Iberismo.

No final da sessão, todos cantaram o hino nacional, uma marcha composta por Alfredo Keil, em 1890, em reacção ao Ultimato inglês sobre as nossas colónias africanas, e que, à semelhança da Marselhesa (hino francês) se intitulava "A Portuguesa", sendo logo adoptado pelos republicanos como o seu hino militante.

Txt. e fotos de N.Campos

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Programa de regeneração urbana da vila de Moncorvo

Capa do folheto de divulgação deste programa, apresentado ao público em 2009
Foram assinados ontem, dia 30 de Setembro, no salão nobre dos paços do concelho de Torre de Moncorvo, os contratos de financiamento das operações do programa de regeneração urbana "Viver Moncorvo", no âmbito do programa Operacional do Norte, ON2. Este programa incide sobretudo na área do centro histórico e áreas conexas da vila de Torre de Moncorvo, encontrando-se algumas das obras já em em fase de conclusão, além de outras que agora serão iniciadas.

Momento inicial da cerimónia, encontrando-se na tribuna o representante do ON2, Presidente da Câmara e Presidente da direcção da ACIM (foto N.Campos)

As principais obras envolvidas neste programa são, na área do bairro do Castelo, a substituição de um Posto de Transformação existente na proximidade do actual posto de turismo; a colocação de abrigos para os utentes do sistema de transportes urbanos; construção de uma variante da avenida das Amendoeiras para garantir o acesso à zona de desporto e lazer; instalação de um gabinete técnico na sede da ACIM (Associação de Comerciantes e Industriais de Moncorvo); instalação do Museu de Arte Sacra na igreja da Misericórdia; reabilitação do actual recinto das feiras convertendo-o em espaço multifuncional; implementação do Museu do Castelo; recuperação de uma das antigas portas do castelo e capela adjacente; acções de animação de rua no Centro Histórico; intervenção nas fachadas da Praça Central, etc..

O Sr. Presidente da Câmara no uso da palavra (foto N.Campos)

Nas palavras do Sr. Presidente do Município, Engº. Aires Ferreira, "isto é o corolário de uma política que vem desde 1995, quando se iniciou a intervenção na envolvente da igreja matriz, nomeadamente Praça General Claudino e Rua das Flores". Na sua intervenção, enunciou os diversos exemplos de recuperação empreendidos pelo município nos últimos 20 anos para instalação de serviços públicos, uma vez que no seu entender o património se deve preservar pelo uso.
O representante da Comissão Executiva do ON2/Novo Norte, Dr. Carlos Duarte, por seu lado, reconheceu o trabalho que tem vindo a ser realizado pelo município de Torre de Moncorvo, enaltecendo este ambicioso plano de recuperação agora apoiado.


O Sr. Vogal executivo da Comissão Directiva do p. ON2, no uso da palavra (foto N.Campos)

O montante global aprovado e que será objecto de investimento até 2012 é de 2.100.000 Euros.

Ver mais em:

http://www.torredemoncorvo.pt/assinatura-de-contratos-do-programa-de-regenerac-o-urbana

segunda-feira, 5 de julho de 2010

ROTA DO FERRO - pelos caminhos do Roboredo em BTT

Tal como aqui foi anunciado, realizou-se no passado dia 3.07.2010 um passeio de BTT (Bicicletas de Todo-o-Terreno), entre as minas da Carvalhosa e a Santa Leocádia.
Como se tratava de um percurso experimental, a adesão não foi a melhor, mas mesmo assim, dada a presença de dois veteranos nestas coisas, foi possível constatar que o trajecto proposto é perfeitamente exequível, apenas com 3 pontos de dificuldade maior, em termos de subidas, e duas ou três descidas acentuadas. Sendo relativamente fácil para quem está habituado a estas andanças, fica o aviso para os principiantes: preparem-se para "desmontar" em alguns pontos e levarem a "bike" ao lado (ah, e não esquecer do estojo de primeiros-socorros).
Digamos que objectivo principal da acção era demonstrar as potencialidades da serra do Roboredo para um desporto radical (amigo do ambiente, porque não é ruidoso), associado ao facto de aí se encontrar o grande jazigo mineral de Ferro, com amplos vestígios de exploração (minas da Carvalhosa, mina da Cotovia, etc.).

Há a acrescentar a beleza da área florestal (antiga mata nacional, agora gerida pelo município) em que impera uma grande mancha de carvalhos negrais (Quercus pyrenaica), assim chamados pela cor escura do tronco, embora, aqui seja conhecido por "carvalho branco" devido ao tom esbranquiçado da parte inferior das folhas.

Aqui fica a reportagem:
9:00h - Alguns participantes e organizadores, no alto das minas da Carvalhosa, onde foram recebidos por representantes da Junta de Freguesia do Felgar. Na Carvalhosa os técnicos do Museu fizeram uma breve explanação sobre as minas, sobretudo sobre a actividade realizada no século XX, pela empresa mineira Ferrominas.

9:00 h - Início do passeio cicloturístico, vendo-se a zona de exploração a céu aberto, onde as bancadas de extracção se encontram praticamente cobertas pela vegetação espontânea.
10:56h - Dois ciclistas no interior da mina da Cotovia ou da Portela, conhecida localmente pela mina do Zé Derreado devido à alcunha de um dos mineiros que aqui trabalhou, ainda nos anos 30 do séc. XX, com o engenheiro de minas alemão G. Schöenflick, por conta da Schnneider. Este consórcio internacional deteve uma parte significativa das minas de Moncorvo desde os finais do séc. XIX e a Segunda Grande Guerra, tendo realizado aqui amplos trabalhos de prospecção.

11:04h - Travessia de um dos trechos mais bonitos do percurso: a mata do Roboredo. Aproveitamos para informar que aos carvalhos deverá a serra do Roboredo o seu nome, pois os romanos chamariam indistintamente “quercus robur”, ou simplesmente “robur”, a estas árvores, o que comprova que o seu carácter autóctone.
Cerca das 12:30h - Na foto, um dos membros da organização e representante da Junta de Freguesia de Torre de Moncorvo, no final do percurso, no miradouro de Santa Leocádia.
Cerca das 13:00h - Aqui, no parque de merendas situado nas imediações da capela, teve lugar o repasto e confraternização com outros moncorvenses que já aí se encontravam noutro convívio.

A organização do evento coube ao Museu do Ferro & da Região de Moncorvo, entidade suportada pelo município de Torre de Moncorvo em co-gestão com o PARM, sendo de destacar o apoio da Junta de Freguesia de Torre de Moncorvo, Associação Cultural de Torre de Moncorvo e colaboração das Juntas de Felgar e Felgueiras. Os organizadores agradecem ainda à MTI-Ferro de Moncorvo S.A. a autorização concedida para visita às minas.

Pretende-se futuramente que outras pessoas singulares ou colectivas, clubes de cicloturismo ou empresas de eventos, possam fazer este percurso, no sentido de se afirmar esta Rota do FERRO, pelos encantos do Roboredo.

Txt. e Fotos: N.Campos

Ver mais em:

terça-feira, 22 de junho de 2010

Torre de Moncorvo: incêndio de viatura na rua de Santiago

Carro a arder, na R. de Santiago, por volta das 17;57h - momento da chegada dos Bombeiros
Hoje, ao fim da tarde, perto das 18:00h, principiou um incêndio numa viatura estacionada na rua de Santiago, propriedade do sr. Geraldes, talvez com origem num curto-circuito na parte eléctrica do veículo. Alguns populares, ao verem sair muito fumo sob o capô, ligaram de imediato para os Bombeiros, que prontamente acorreram ao local. Nesse entretanto começaram a deflagrar-se as chamas vindas do motor do carro, tornando-se iminente o risco de explosão. Valeu a pronta intervenção dos bombeiros, que atacaram logo as chamas com jactos de espuma, fazendo depois o rescaldo. Aqui fica a reportagem:

17:58h - Depois do fumo, desenvolveram-se as chamas, mas os bombeiros já estavam lá

17;59h - Os bombeiros começam a abafar o incêndio

18;03h - o incêndio estava já controlado
Evitou-se o pior, pois uma explosão do depósito poderia contagiar as casas antigas das imediações e criar um incêndio de maiores proporções. As nossas felicitações aos BVM.

sábado, 20 de março de 2010

Dia L - breve reportagem

Apesar do mau tempo (abundante chuva que caíu pela manhã), os intrépitos participantes do Limpar Portugal, no nosso concelho, deslocaram-se para os diversos pontos assinalados, a saber: serra de Felgueiras, Larinho, Santa Leocádia, Srª. da Esperança, Srª. da Teixeira, Adeganha, Lousa, etc..
Esta iniciativa constituíu uma oportunidade para se actualizar um registo de lixeiras efectuado em 2008, por parte do município, com vista a debelar este problema (que, como se sabe, é extensivo a todo o país). Assim, a intervenção não se esgota neste dia, pretendendo-se que tenha continuidade, se quisermos ter um país mais limpo e mais atractivo, sobretudo quando se pretende que o Turismo seja um dos pilares do desenvolvimento regional.
A palavra-chave para tudo isto é "Civismo" e, como tal, foi a acção cívica que hoje saíu à rua (ou melhor, à floresta e aos campos), por todo o Portugal e também pelo concelho de Torre de Moncorvo.
Destacamos aqui a participação da juventude, que foi de onde partiu esta iniciativa, no nosso concelho.
Aqui fica um breve registo desta acção, na zona do Larinho, onde se recolheu, em pouco mais de duas horas, uma camioneta e um tractor repletos de todo o tipo de lixo:





(clicar sobre as fotos, para as AUMENTAR)