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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Pôr-de-sol inverniço

Sol poente sobre o planalto da Lousa, captado das bandas de Sequeiros (freguesia de Açoreira) pela objectiva de João Pinto V. Costa.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Belo horrível

Torre de Moncorvo, 27 de agosto de 2011.


Cenário prontamente desfeito pela mão dos bombeiros, numa guerra contra dedos - cabeça de fósforo.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Abril

Abril é o mais cruel dos meses, gerando
Lilases na terra morta, misturando
A memória e o desejo, atiçando
Raízes inertes com a chuva da primavera.

A Terra Sem Vida -T.S. Eliot

O nosso agradecimento ao Rogério Rodrigues
pelo envio deste excerto de T.S.Elliot (1888-1965), poeta, dramaturgo e crítico literário inglês nascido nos E.U.A., prémio Nobel de Literatura em 1948.

Fotos: João Costa

sexta-feira, 11 de março de 2011

Ainda a flor da amendoeira...

Grande el riesgo que tu corres
Flor de almendro la primera
Con tu amanecer temprano
Anuncias la primavera.
Comenta una leyenda en Portugal
Que una rubia casó con un sultán.
Trasosmontes portugueses
Laderas de aceite y vino
De almendros y naranjales
De corazones amigos.
Triste la princesa siempre estaba
En su nuevo país nunca nevaba.
Flor de almendro flor de un día
Flor de delicado aroma
Flor de almendro flor de un día
El Duero a tus pies asoma.
Viendo el sultán tantos sollozos
Plantó una ladera de allozos.
................................................
por: Marquès de los Mojones
Pode ler a totalidade deste belíssimo poema na língua original (castelhano), no blogue do nosso amigo Ángel Garcia, que, de resto, é quem melhor poderá explicar quem é o inspirado poeta salamantino M. de los Mojones:

http://labodegadelasolana.blogspot.com/2010/02/la-flor-del-almendro-y-unos-amigos.html

Tradução para português, em: http://torre-moncorvo.blogspot.com/2010/03/lenda-das-amendoeiras-numa-versao.html

.

Nota: as fotografias são de autoria do nosso amigo António Rómulo Duque (ilustre felgarense a residir e a trabalhar em Braga, a quem agradecemos a cedência destas imagens).

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Paisagens de inverno, por terras de Moncorvo

A vaga de frio dos últimos dias, com gelo e neve, propiciam belas paisagens e motivos inverniços. Aqui fica uma breve reportagem fotográfica, captada pela objectiva do nosso colaborador Engº. Afonso Calheiros:

Estalactites e estalagmites de gelo, sobre um bloco de rocha granítica, entre as Quintas da Estrada e Macieirinha (E.N. 220, para Freixo de Espada à Cinta) - dia 27.01.2011

O mesmo local, hoje de manhã (28.01.2011), pelas 9;20 horas, depois da nevada da última noite.

Outra instantâneo da neve, hoje de manhã - jovem souto localizado nas proximidades do cruzamento das Quintas da Nogueirinha.

Estrada Nacional 220, entre o desvio para as minas do Cabeço da Mua e o entroncamento das Quintas da Nogueirinha.

Estradão para as antigas minas da Carvalhosa (ao fundo, vê-se o morro da escombreira da Ferrominas).

"Carvalhal city", junto ao desvio para o Felgar, vendo-se as minas de ferro ao fundo - esta é das zonas mais frias do concelho de Torre de Moncorvo. - Acresce dizer que na vila a neve não pegou...

domingo, 23 de janeiro de 2011

Quadro da Emigração – Reencontros!


Esta fotografia foi tirada por Gérald Bloncourt, em 1966, e correu o mundo português. Bloncourt foi um dos fotógrafos mais famosos a retratar e acompanhar os primeiros portugueses em França durante os difíceis anos da emigração clandestina. A fotografia encontra-se, pela primeira vez e a cores, no seu blogue (http://bloncourt.over-blog.net), donde se pode aceder a uma galeria de imagens extremamente representativas deste período.

Estas são as palavras plenas de emoção que Bloncourt expõe, de peito aberto, no seu blogue, quando reencontrou a menina que fotografara há 45 anos:

"Reencontrei a menina do bairro de lata de St-Denis.
Ela tem 52 anos. É casada e tem três filhos. Ela é professora.
Ela chama-se Maria da Conceição.
Ela vive em Portugal.
Fotografei-a em 1966 no bairro de lata português de St-Denis.
É uma imensa alegria para mim e sinto-me muito emocionado.
O que poderemos fazer para assinalar este reencontro e festejar este acontecimento?
Espero que partilhem comigo esta grande emoção que me sufoca."

Nota: Esta é uma das fotografias que constará do meu próximo livro acerca da emigração. O reencontro do fotógrafo e da menina já se deu após o momento em que Bloncourt me tinha cedido a fotografia para o livro.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Operário morre em serviço

“SENHOR, eu Te ofereço as estrelas!


As luzes do bairro!


As sombras que o luar faz, nesta noite tão calma!


As fragas, os murmúrios, o silêncio!


As mariposas nocturnas, que rondam a Tua lâmpada!


(…)”


– Padre Telmo Ferraz, "O lodo e as estrelas", 2ª. ed., 1975.(Clicar sobre as fotos para AMPLIAR)



Dia 4.11.2010, pouco depois das 17;00h – Seguíamos, de carro, pela antiga E.N. 325, quando vi os homens-aranha pendurados no alto dos postes da alta tensão. Admiráveis na sua coragem, esticando os pesados cabos pendurados nos postes novos (ou renovados). Não me contive e parei o carro. A máquina fotográfica estava à mão. Disparei ora para um, ora para outro poste, um do lado do Vale das Latas, outro para o lado de cima da estrada.
Há profissões de risco. E de coragem. Como será estar a mais de 30 ou 40 metros do solo, suspenso? – a vida por um fio. Ah, devem ter infalíveis sistemas de segurança, pensei.
Dia 10.11.2010 – seis dias depois, vi a trágica notícia, através de um link deste blog para o jornal “A Bola” (ver coluna do lado direito): um dos “spider-man” tinha falecido em consequência de uma queda. Tinha 28 ou 29 anos, disseram-me depois, era de nacionalidade brasileira, estava a residir temporariamente no Carvalhal (freguesia do Felgar). Trabalhava havia 6 anos na empresa, dizia o jornal. Afinal tinha-me enganado sobre a infalibilidade da segurança. Ou seria a inevitabilidade do Destino. Imaginei a dor do outro lado do Atlântico.


Quanto custa termos em terra, acesas, as estrelas, as luzes do bairro? - Recebe, Senhor, nas Estrelas, o operário que vivia no alto.


Txt. e fotos de Henrique de Campos

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Festas de Nossa Senhora do Amparo - Felgar

Festa da Sra. do Amparo, 2010

(clicar sobre a imagem para visualizar a reportagem fotográfica)

Tiveram lugar no passado fim de semana as grandiosas Festas em honra da Nossa Senhora do Amparo do Felgar, como aqui oportunamente anunciámos. Considerando o elevado número de fotografias tiradas pelo nosso repórter de serviço, algumas delas são disponibilizadas num álbum à parte, bastando clicar na imagem acima para serem visualizadas.

Entretanto, aqui fica também um excerto de pequeno filme realizado por "TORRE.Moncorvo blog" com a entrada da procissão no adro:

Pode ainda ver o verdadeiro início da festa, clicando sobre este endereço Youtube (filme de A.M.Martins): http://www.youtube.com/watch?v=yxACymQ2NPo&feature=related

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Dia Mundial da Fotografia

Tapsia Villosa
Local: Algures por Moncorvo
Data: 2010
Autor: João Costa

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Exposição fotográfica "Ferrominas 1957", no Museu do Ferro

Será inaugurada no próximo dia 7 de Agosto de 2010 (Sábado), no Auditório do Museu do Ferro & da Região de Moncorvo, a exposição "Ferrominas 1957".

Esta mostra baseia-se num conjunto de fotografias a cores que integra a colecção fotográfica do Centro de Documentação do MF&RM/Fundo Eng.º Gabriel Monteiro de Barros, resultando de uma valiosa doação do Eng.º João Pedro Monteiro de Barros Cabral, sobrinho do Engº Monteiro de Barros, director da Ferrominas, que faleceu em 1995.

Aqui se apresentam diversos aspectos da laboração das minas de ferro de Moncorvo, centrados no ano de 1957, com particular destaque para a utilização dos meios mecânicos entretanto adquiridos (potentes camiões e pás mecânicas) ainda a par de algum trabalho manual. Este foi o ano de maior produtividade da Ferrominas, com vários combóios de minério a saírem do nosso concelho, através das linhas do Sabor e do Douro.

Esta exposição pretende ser uma homenagem ao Engº. Gabriel Monteiro de Barros e a todos os trabalhadores da Ferrominas, em especial aos mineiros que laboravam em condições particularmente difíceis, aguentando o pó, o excessivo calor ou o frio de enregelar, nas frentes de desmonte, além do perigo dos acidentes de trabalho, como se verá em algumas fotos.

A não perder!!!

Sobre este assunto, ver ainda:

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Proposta de Férias-I (Torre de Moncorvo, vila)

Ora então com as férias a aproximarem-se (ou, porventura já iniciadas, para alguns), aqui fica a nossa proposta para uma visita.
Calor? "No problem!", há umas belas piscinas, ali para aquela zona que fica no canto superior direito. Há o parque de campismo e zona de lazer ao pé do Rio Douro, na Foz do Sabor. Há a frescura do parque de merendas da Santa Leocádia, no alto da serra do Roboredo, de onde foi captada esta vista aérea da muy nobre villa da Torre de Mencorvo....
Venha daí!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Pessoas 4 - Octogenária


Reflexões fotográficas

O mundo é redondo, e conseguimos ver tudo à nossa volta. Mas todas as fotografias têm 4 margens. Lado esquerdo, lado direito, de cima e de baixo. Cabe ao fotógrafo fazer com que o nosso olhar ultrapasse essas barreiras, olhar para além dessas margens.

Uma fotografia não exprime só uma imagem impressa num papel ou visualizada no monitor de computador.

Exprime sim, também, o sentimento de um ser humano, da inocência de uma criança. Exprime a dor, a tristeza e a alegria, exprime a coragem e a dignidade.

Exprime, de certeza (ver foto da octogenária de Mós, em cima), uma vida de trabalho, de sofrimento, alguém que sofreu com as intempéries de um mau ano de colheita.

Exprime a tristeza de alguém, que, já muito tarde e não tem em memória da primeira vez que calçou as primeiras botas. Esta foto exprime a fome e a opressão no tempo do Salazar, exprime o frio de não ter um cobertor para se aquecer nas noites frias de inverno há muitos e muitos anos atrás.

Exprime um ar bem visível de tristeza que se nota perfeitamente na face desta senhora, que se nota nas rugas, nos olhos e notou-se na voz.

Eu estive lá. Carreguei no disparador da máquina, e ouvi esta senhora falar.

Não me importa se a foto está bem focada ou não, se tem boa luz ou não, o que me importa sim, é que tenha capacidade de ultrapassar as quatro linhas que a delimitam.

A. Basaloco

,

Ficha técnica:

Autor: António Basaloco (sénior)

Título: Octogenária

Local/data: Mós (concelho de Torre de Moncorvo), 2002

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Pessoas 3 - O barbeiro e o lavrador (era assim...)

  • Autor: António Basaloco (sénior)
  • Título: O barbeiro e o lavrador
  • Legenda: “Barbeando de terra em terra... de rua em rua... e de casa em casa. Até vai ao campo onde os lavradores descansam... enquanto fazem a barba”.
  • Local/data: Mós (concelho de Torre de Moncorvo), 2002

sábado, 15 de maio de 2010

Pessoas 2- um sorriso

Autor: João Costa
Data e local : 12/04/2009, algures por Torre de Moncorvo.
Apetece-me dizer: Um sorriso capaz de desarmar os tons mais cinzentos de pintores palacianos.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Pessoas 1 - "Indignação"

Mesmo longe, há conterrâneos e colaboradores que não nos esquecem. Aqui fica uma extraordinária foto de António Basaloco com que abrimos a secção "Pessoas", dedicada à gente da nossa terra. Obrigado Toninho, com um abraço aí para Inglaterra!


Ficha técnica:
  • Título: Indignação
  • Autor: António Basaloco (sénior)
  • Local e data: Adeganha (concelho de Torre de Moncorvo), 2006
  • Legenda: "...pois é. Agora ninguém vai à igreja. Antigamente inda vinha o padre d'Alfândega... agora nem esse cá vem... não le dá prás despesas..." [disse a senhora idosa]

(clicar sobre a foto, para a ampliar)

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Um pouco mais de azul ...

Iris germanica
J. Costa

terça-feira, 13 de abril de 2010

Rural e idades

Uma língua entre as fragas.


Suores partilhados.

Imagens e legendas
João Costa

domingo, 11 de abril de 2010

Quadros da transmontaneidade (4)


O Fernandinho passava, rua abaixo, muito contrito, muito senhor do seu nariz. Não gostava de ser conluio nas bocas do mulherio que, ao soalheiro, aproveitava os primeiros raios de Sol de uma primavera que já tardava.
Mas nem assim se livrava. Mal ele desaparecia no canto do olho de todas elas havia logo quem murmurasse.
- Ele parece que não é bem feito... ele tem as pernas bambas...
Não havia nada que a coscuvilhice das abrigadas não conseguisse desvendar. “Olha que a mim não me engana!”, “Tu vê lá aquele descaradão!...”, tudo era esquadrinhado ao mais ínfimo pormenor. Fosse alto ao magro, com bigode ou sem bigode, tivesse ele ou não cão, fosse ele a cavalo no burro ou andasse sempre a pé.
Então aquele cantinho que a casa do Zé da Adega faz com o do Manel da Trapa é de primeira apanha. Junta-se a Ti Esprito-Santo, a Zabelinha e a do Florindo, todas elas já na casa dos “entas” e todas vestidas de negro, mais pareciam três cá-vais pousados no escadório de cantaria do balcão, aquilo é um ver se te avias constante. Tricotam com igual desembaraço os meotes, a colcha ou o traque.

ANTÓNIO SÁ GUÉ

( Foto: João Costa)

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Raizes

É curiosa esta relação Portugal -Brasil a nascer do íntimo da terra, pelas cores da aveia e da flor da nabiça. Saibamos ainda que o Brasil é um forte consumidor do nosso azeite. Depois, o sol da terra quente, aquele que estala fragas, talvez mais insuportável que no outro lado do Atlântico.

P.S. A nossa solidariedade com o Rio de Janeiro.

Fotografia: J. Costa
Sequeiros, Torre de Moncorvo, 3/4/10

quarta-feira, 31 de março de 2010

Atmosferas

Torre de Moncorvo ao longe, sob um céu instável de uma primavera esquisita...


Aproximação à vila, aninhada nas faldas do Roboredo, e brincando às escondidas com a sombra das nuvens.
(Fotos de Engº. Afonso Calheiros e Menezes, a quem agradecemos)