quinta-feira, 25 de julho de 2013

O MANCO, na terra onde nasceu

Não havia monte que não fosse trabalhado de sol a sol, que a fome espreitava em cada inverno que se aproximava, em cada dia que passava. Não faltavam braços fortes, enrijecidos pelo trabalho, a oferecerem-se pelo pão que comiam. Não havia monte abandonado. De onde em onde, os poucos pinhais existentes desenhavam trapézios de verde-escuro e, na frescura das primeiras águas do outono, inçavam sanchas, a vitela dos pinhais, que da outra não havia. Difícil, nesse tempo, era arranjar uma carga de giestas para acender o lume nos dias inverniços. Todos os montes eram esquadrinhados, não faltava quem levasse a tribunal bocas famintas por uma carga de nabiças, por um punhado de castanhas ou por umas couves colhidas sem autorização do dono para engrossar o caldo da ceia. Quando chegou à Fonte do Seixo, cansado pelo caminho ladeiroso, ele e as animálias mataram a sede na fonte de água salobra. A fonte era de chafurco e formava uma reentrância escavada num pequeno talude de terras, aprimorado por paredes de toscas pedras de granito. (...)

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Apresentação de Memorial ao Pescador na Foz do Sabor

Momento da apresentação das maquetas do monumento ao Pescador da Foz 
Ainda no passado Sábado (20/07), pelas 16:00h, decorreu na delegação da Foz da Junta de Freguesia, uma cerimónia de apresentação de 2 maquetes para um monumento ao pescador, elaboradas pelo escultor Helder Rodrigues, natural de Carrazeda de Ansiães, mas já com obras no concelho de Torre de Moncorvo (na "rotunda do Pastor" e avenida dos Bombeiros). 
Ambas as maquetes apresentam um barco estilizado, associado à figura de um pescador, elaborado em ferro e aço. Estes materiais, tal como nos monumentos anteriormente referidos, são uma alusão à "terra do ferro", ao mesmo tempo que o pescador alude àquela que foi (e é) uma das actividades marcantes da Foz do Sabor: a pesca fluvial nos rios Douro e Sabor, que culminam nos famosos peixinhos fritos, que se podem saborear nos tascos da zona.
Supomos que a data desta apresentação se terá feito coincidir com a do 2º Festival das Migas e Peixe do Rio, realizado este fim de semana, com aderentes da Foz do Sabor e Torre de Moncorvo - ver aqui: http://www.jornalnordeste.com/noticia.asp?idEdicao=481&id=19012&idSeccao=4291&Action=noticia#.UfAd-75dYiE
 
Praia fluvial da Foz com o Douro em pano de fundo.

E num fim de semana "turístico" e virado para a Vilariça e Foz do Sabor, teve ainda lugar o lançamento da 1ª pedra de um empreendimento turístico privado, o "Aquafixe", na zona das Cabanas de Baixo, o qual está orçado em 15 milhões de Euros. 
Desejamos aos promotores o maior sucesso, a bem do aproveitamento turístico da nossa terra.
Momento da passagem do barco-hotel Fernão de Magalhães, no troço do Douro entre a Foz do Sabor e o Monte Meão.

Ingredientes essenciais existentes: Tranquilidade, água, rio, peixes de rio, montanha, vale, paisagem; mais adiante, na célebre quinta da D. Antónia, a Fereirinha, os vinhedos que produzem os afamados néctares: outrora aí o Barca Velha, agora o Vale Meão e o Meandro. Isto só no cenário que cabe na foto, para não referir outros (que não lhes ficam nada atrás), tanto a montante como a jusante, do Pocinho ao vale da Vilariça...
Novas infra-estruturas de divulgação e de exploração turística, além de empresas de animação e de passeios fluviais e terrenos já existentes...

...Que falta ainda aqui para pegar pelos cornos o touro da "crise"?

Inaugurado o novo Centro de Informação Turística de Torre de Moncorvo

Foi inaugurado no passado dia 20/07 (sábado) o novo Centro de Informação Turística de Torre de Moncorvo, integrado na rede de Centros Turísticos do Douro (com 19 aderentes). No mesmo espaço, localizado na Rua dos Sapateiros, próximo da praça Francisco Meireles, ficará também o Posto de Turismo municipal, até à data instalado na antiga Casa da Roda.
O edifício encontra-se adossado à antiga muralha da cerca medieval da vila, a qual foi deixada à vista, assim como vestígios arqueológicos descobertos durante as obras. O presente edifício seguiu as linhas e vãos do anterior, talvez do final do séc. XVI.
As obras custaram 291.206,99€, incluindo a reconstrução do imóvel, mobiliário, material informático e nova sinalética. Deste valor 70,23% foram comparticipados pelo Programa Operacional Regional Do Norte (ON2).
Momento da inauguração.
Além do pequeno troço da muralha, a zona de atendimento ao público (rés-do-chão) apresenta lateralmente paredes de luz onde estão impressas algumas imagens do concelho. Ao fundo, em écran panorâmico, passará um documentário sobre a região, enquanto ao centro, num suporte para prospectos e outras publicações, ficará um écran táctil com um mapa interactivo onde se poderão visualizar pontos de interesse paisagístico e patrimonial, além de informação turística sobre alojamento e restauração

No acto inaugural estiveram presentes representantes da CCDRN, programa ON e Estrutura de Missão do Douro (Engº João Marrana, Engº Ricardo de Magalhães, Drª Célia Ramos), Turismo do Norte de Portugal e Turismo do Douro (Dr. António Martinho), sendo o município representado pelo Sr. Vice-presidente, Engº José Aires, que discursou na ocasião. Pelos intervenientes foi salientada a aposta no desenvolvimento turístico e na necessidade da promoção da região no seu todo, numa articulação em rede, de que este novo centro informativo é um dos polos
.



Nota: Txt. elaborado com base em informação prestada pelo município, a quem agradecemos.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

quinta-feira, 18 de julho de 2013

2º Festival de migas e peixes do rio da Foz do Sabor

(clicar sobre o cartaz para AMPLIAR)
O Festival das Migas e do Peixe do Rio realiza-se nos próximos dias 19, 20 e 21 de Julho, em Torre de Moncorvo. Nesta edição os visitantes podem provar as tradicionais migas e os peixes do rio nos restaurantes típicos da Foz do Sabor mas também nos restaurantes da vila. Aderiam ao festival 6 restaurantes, entre eles o Café Lameirinho, Café Primavera, Churrasqueira o Cordeiro, Restaurante as Piscinas, Restaurante o Pingo e Taberna do Carró.
A animação do Festival decorre na Praia Fluvial da Foz do Sabor, no dia 19 de Julho, pelas 22h00, realiza-se uma noite de Fados e no dia 20 de Julho a animação fica a cargo do artista Ruizinho de Penacova. No dia 21 de Julho, pelas 15h00, tem lugar o Encontro de Bandas Filarmónicas do Douro Superior, que conta com participação da Banda Filarmónica de Felgar, da Banda Filarmónica de Freixo de Espada à Cinta e da Banda Filarmónica de Carviçais.
A iniciativa é da Associação de Comerciantes e Industriais do Concelho de Moncorvo (ACIM) em parceria com o Município de Torre de Moncorvo.
Uma oportunidade para visitar a região e aproveitar para saborear os tradicionais pratos confecionados com o peixe do rio.

terça-feira, 16 de julho de 2013

domingo, 14 de julho de 2013

Carvalhal em festa, de 20 de julho a 4 de Agosto

(clicar sobre o cartaz para AUMENTAR)

Festa do Castedo (Torre de Moncorvo)

(clicar sobre o cartaz para o AMPLIAR)
 
Nota: em tempo de festividades de Verão, agradecemos que nos façam chegar os cartazes das festas das vossas freguesias para divulgação aqui no blogue (é grátis!) - aproveitamos apenas para alertar: cuidado com os foguetes!!

sábado, 13 de julho de 2013

O grande incêndio de 8-12 de Julho

(Foto de Bela Ribeiro)
Começou no dia 8 de Julho em terras de Alfândega da Fé, tendo galgado o vale do Sabor, entrou no concelho de Mogadouro, onde cercou a povoação das Quintas das Quebradas e daí passou para os concelhos de Torre de Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta. Da vila de Moncorvo avistou-se a densa nuvem de fumo, como se uma erupção como a dos Capelinhos estivesse perto (ver foto em cima).

Os meios aéreos chegaram ainda no dia 8 de Junho (ver um Canadair, na foto em cima), mas foi preciso reforço nos dias seguintes. Acordei pela manhã, no dia 9, com o ronco da aviação que vinha do abastecimento de água no Douro. Pelo menos 8 aviões combateram o incêndio, e, ao que se disse, incluindo dois bombardeiros espanhóis.
 
De todo o Norte, Centro e até de Sul do Tejo vieram bombeiros e viaturas, chegando a juntar-se cerca de 800 a 900 efectivos. Carviçais e algumas das Quintas, estiveram de alerta. No final, uma vasta mancha negra, como se a terra se tivesse vestido de luto. É certo que a primavera foi chuvosa e a erva seca era combustível fácil com a vaga de calor. Mas, como sempre, a questão que se coloca: o fogo não se ateia sozinho... - E se há mão criminosa, que lhe arda na consciência para sempre, neste mundo e no outro (onde o melhor sítio para pirómanos é onde se sabe...).
A nossa homenagem aos Bombeiros que lutaram contra a propagação do incêndio, e toda a nossa solidariedade (pelo menos o apoio moral) às pessoas que perderam os seus haveres. Não esmoreçam, a vida há-de continuar, e oxalá os políticos cumpram o que vieram prometer neste contexto.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Pilar de Ferro

Conhecem aqui alguém?
( Foto de Nando Costa - Clicar para AMPLIAR)
 A propósito da representação de "A viagem do elefante", encenada no passado sábado em Figueira de Castelo Rodrigo, aqui ficam foto e texto que recebemos de Camané Ricardo (membro do grupo Alma de Ferro, também participante):
«Em 1986, Pilar del Río conhece o escritor português José Saramago, após ter lido todos os seus livros publicados em espanhol e ter pedido para o conhecer pessoalmente . Dois anos mais tarde, em 1988, casam-se e decidem viver em Lisboa, mudando-se posteriormente, a partir de 1993, para a ilha espanhola de Lanzarote, nas Ilhas Canárias. Permaneceu ao seu lado até à sua morte em 2010. Foi, também, a tradutora para a língua espanhola de vários romances de José Saramago. Em 2010, após a morte do marido requereu a nacionalidade portuguesa, tendo posteriormente obtido esta. - Em 2013 conhece o grupo de teatro Alma de Ferro (de Moncorvo) em Figueira de Castelo Rodrigo» >>> ver FOTO acima (de autoria de Nando Costa, Figueira de Castelo Rodrigo).