sábado, 13 de julho de 2013

O grande incêndio de 8-12 de Julho

(Foto de Bela Ribeiro)
Começou no dia 8 de Julho em terras de Alfândega da Fé, tendo galgado o vale do Sabor, entrou no concelho de Mogadouro, onde cercou a povoação das Quintas das Quebradas e daí passou para os concelhos de Torre de Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta. Da vila de Moncorvo avistou-se a densa nuvem de fumo, como se uma erupção como a dos Capelinhos estivesse perto (ver foto em cima).

Os meios aéreos chegaram ainda no dia 8 de Junho (ver um Canadair, na foto em cima), mas foi preciso reforço nos dias seguintes. Acordei pela manhã, no dia 9, com o ronco da aviação que vinha do abastecimento de água no Douro. Pelo menos 8 aviões combateram o incêndio, e, ao que se disse, incluindo dois bombardeiros espanhóis.
 
De todo o Norte, Centro e até de Sul do Tejo vieram bombeiros e viaturas, chegando a juntar-se cerca de 800 a 900 efectivos. Carviçais e algumas das Quintas, estiveram de alerta. No final, uma vasta mancha negra, como se a terra se tivesse vestido de luto. É certo que a primavera foi chuvosa e a erva seca era combustível fácil com a vaga de calor. Mas, como sempre, a questão que se coloca: o fogo não se ateia sozinho... - E se há mão criminosa, que lhe arda na consciência para sempre, neste mundo e no outro (onde o melhor sítio para pirómanos é onde se sabe...).
A nossa homenagem aos Bombeiros que lutaram contra a propagação do incêndio, e toda a nossa solidariedade (pelo menos o apoio moral) às pessoas que perderam os seus haveres. Não esmoreçam, a vida há-de continuar, e oxalá os políticos cumpram o que vieram prometer neste contexto.

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