
Mais soube que, em termos médios, andam entre os 43 centímetros e
Temos entre nós o morcego anão e o morcego pigmeu, consoante as exigências do FMI.
O morcego anão também vive em Moncorvo (20 centímetros e uma insignificância de peso que o custo da vida explodiu).
Em Portugal há 27 espécies de morcegos.
Alimentam-se de mosquitos, são transmissores de raiva e têm garras. Muitos tinham contas no BPN e nos off-shores. Descansam, durante o dia, nas grutas.
E há os morcegos de “capa de Drácula” (a abertura das suas membranas) Aparecem sobretudo nos tempos eleitorais.
Os morcegos emitem sons de alta frequência, através da boca, na RTP, SIC e TVI, de Marcelo a Vitorino.
Saem depois do crepúsculo no prime time televisivo.
Captam ultra-sons como um radar. Cheira-lhes à distância onde está o poder.
São cavernícolas, ainda que em cavernas de ar condicionado, em grandes sociedades de advogados, por exemplo.
Os morcegos são os únicos mamíferos voadores autónomos. Onde é que já ouvi isto? No Alberto João Jardim da Região Autónoma da Madeira?
Os movimentos do voo são tão rápidos que escapam ao olhar humano. Fosse um da multiópticas e teria aqui assunto para um bom spot publicitário.
Repousam da cabeça para baixo. São tipicamente portugueses. Hibernam. Sabem do que o País precisa. Agora a sério, na Quinta da Regaleira (Sintra), o poço iniciático é vedado às visitas durante o adormecimento dos morcegos.
Falemos das espécies existentes em Portugal:
Morcego ferradura (bom para usar na dianteira dos carros); morcego de bigodes (aristocratas em vias de extinção); morcego de água (expulso do Sabor).A propósito a EDP gastou 500 mil euros na construção de um palácio/morcegário e só lá residem dois morcegos, azar dos azares, de etnias ”diferentes”.
Regresso às categorias: o morcego rato-grande (anda por aí e não está em vias de extinção); o morcego rato-pequeno (a recibo verde); o morcego rato-anão (desempregado de longa duração, que continua a viver em casa dos seus pais). Depois, há ainda o morcego arborícola, o mais ecológico e vegetariano, tipo Bloco de Esquerda, que frequenta restaurantes japoneses.
Identifiquemos:
Morcego anão que, por vezes, se faz de morto. Não quer problemas, não entra na contabilidade política. Vive em grutas e minas. Ninguém dá nada por ele, mas quando chega a hora, acorda;
Morcegos de ferradura, habitante do monte da Mua. Eles sabem que o monte não será explorado ainda no seu tempo de vida;
O morcego de peluche é um morcego querido de Moncorvo, no Verão frequenta as lojas e até tira férias e no Inverno recolhe à Igreja, a segunda maior colónia de morcegos em Portugal;
O morcego de peluche faz companhia na Igreja à morcega rabuda (o único morcego que tem cauda), ao morcego orelhudo e que já tem problemas de surdez. Na igreja, nesta companhia, aparecem muitas corujas, cujo piar imita o cantochão, e outra gente de bem.
Mas não me conformo que o morcego negro arborícola (morcego raro) esteja desterrado nas matas do Roboredo e ameaçado pelas eólicas e pesticidas. Quanto ao morcego vampiro, só existente na Argentina, como eu o compreendo! É que se emigrasse para Moncorvo em vez de sugar era sugado, que a capacidade do homem é superior e mais maléfica que a do vampiro.
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Rogério Rodrigues
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Fotos/criação gráfica: N.Campos