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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Visita guiada à igreja matriz de Moncorvo

Tal como aqui informámos, realizou-se no passado fim de semana uma visita guiada à igreja matriz de Torre de Moncorvo, enquadrada no programa de visitas da Rede de Monumentos do Vale do Douro, estruturada pela DRCN (Direcção Regional da Cultura do Norte).
 
Juntamente com uma explicação histórica, os participantes puderam apreciar os aspectos arquitectónicos do exterior e interior do templo, característicos do século XVI-XVII, apesar de alguns arcaísmos patentes.
De planta basicamente rectangular, esta igreja é rematada a Poente pela cabeceira, dotada de capela-mor rectangular e absidíolos semicirculares; a Nascente situa-se a imponente torre, onde se abre o portal-retábulo de tipo maneirista (Renascimento tardio). Salientam-se a norte a sacristia e a sul um alpendre sobre porta lateral. 

No que toca ao recheio, visita obrigatória ao famoso tríptico flamengo, e ao retábulo dos inícios do séc. XVII.
 
No final, obrigatória a visita à torre sineira, para uma vista aérea sobre a vila.
 
  
(Txt.: N.Campos; Fotos: Ademar Tavares e José Sá)

domingo, 3 de julho de 2011

Apresentação do livro "A igreja de Santiago de Adeganha" de Eugénio Cavalheiro

Teve lugar no passado dia 2 de Julho, no auditório da Biblioteca Municipal de Torre de Moncorvo, a apresentação da monografia sobre a "Igreja de Santiago de Adeganha", de autoria do comandante Eugénio Cavalheiro.
O Presidente da Câmara de Torre de Moncorvo, engº. Aires Ferreira, começou por apresentar o autor, salientando outros trabalhos publicados por Eugénio Cavalheiro, nomeadamente sobre o concelho de Torre de Moncorvo. Quanto ao editor, Roger Teixeira Lopes, responsável pela João Azevedo edit., informou que este é já o 4º livro editado sobre o nosso concelho. O Dr. Roger Lopes fez, de seguida, uma abordagem da obra editada, procurando situar a importância da igreja de Adeganha no contexto da arte românica portuguesa e trasmontana em particular. O nosso românico é eminentemente rural - disse - havendo uma clara diferenciação entre o Norte e o Sul de Portugal a nível da expressão arquitectónica, não só do ponto de vista estilístico como até dos materiais de construção. Sobre a Adeganha salientou os diversos pormenores escultóricos (modilhões, pórticos e outros elementos decorativos), os frescos que existem no interior e também a talha dourada do altar-mor e colaterais, actualmente deslocados para melhor se percepcionarem as pinturas que ladeiam o chamado arco triunfal). No final foi passada a palavra ao autor, que agradeceu às diversas pessoas que o tinham ajudado neste trabalho, com destaque para o autor das fotografias, Arnaldo Silva, suporte documental indispensável para a compreensão do texto. Começou por se referir à origem do topónimo "Adeganha" (terra de lavradio, no período medieval), e à possível origem da Adeganha, associada aos caminhos de Santiago. Afirmando tratar-se de uma obra do românico tardio, como se vê já do arco apontado do pórtico principal, esta igreja possui ainda todos os elementos característicos do românico, como seja a rica iconografia patente nos modilhões historiados. Referiu-se depois à pinturas a fresco e suas diversas fases, às tábuas quinhentistas reaproveitadas nos altares de talha barroca (altar-mor e num dos altares que se encontra no corpo da igreja), os quais foram estudados pela Professora Lúcia Cardoso Rosas, e também sobre a qualidade do chamado "barroco nacional" patente no altar-mor. Estes elementos artísticos foram recuperados há poucos anos, no seguimento de uma intervenção da DGEMN (Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais), elogiada pelo autor.



No final houve um beberete nos jardins da Biblioteca, oferecido pela autarquia.

Txt. e fotos de N.Campos

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Monografia sobre igreja de Adeganha, com lançamento no próximo sábado, dia 2/07:

Vai ter lugar no próximo dia 2 de Julho a apresentação do livro "A igreja de Santiago de Adeganha", de autoria de Eugénio Cavalheiro, especialista de História de Arte que tem estudado outros monumentos da região, nomeadamente a igreja matriz de Torre de Moncorvo e os frescos da capela da Senhora da Teixeira.

A apresentação do autor e do livro será feita pelo Dr. Roger Teixeira Lopes, que é também o editor (editora João de Azevedo). Esta edição é patrocinada pelo município de Torre de Moncorvo.

Felicitando desde já o autor, editor e patrocinadores, por esta obra que se impunha sobre o importante Monumento Nacional que é a igreja de Adeganha, aqui fica o convite:
(Clicar sobre a imagem para AMPLIAR)
Sobre este tema, ver também: http://www.torredemoncorvo.pt/comandante-eugenio-cavalheiro-apresenta-livro-sobre-a-igreja-da-adeganha e http://parm-moncorvo.blogspot.com/2011/07/sai-amanha-dia-2-de-julho-livro-sobre.html

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Encontro anual da Associação de Antigos Alunos do ex-Colégio Campos Monteiro

A Associação dos Antigos Alunos e Amigos do ex-Colégio Campos Monteiro realizou no passado fim-de-semana o seu encontro anual, o qual foi assinalado, no sábado de manhã, com a apresentação do livro "Angola - conflito na frente Leste. Ficheiros da guerra colonial", de autoria do Engº. Benjamim Almeida, antigo aluno do ex-Colégio Campos Monteiro e antigo oficial do exército português, natural do Felgar.


Momento da apresentação do livro de Benjamin Almeida, Angola - conflito na frente Leste.
Além dos habituais convívios gastronómicos, houve ainda lugar, no domingo, um passeio à antiga vila de Mós, visita que foi guiada pelo Presidente da Junta desta freguesia e por um elemento do PARM e também associado da AAACCM, seguindo roteiro sugerido pelo Dr. Carlos Sambade, outro antigo aluno do Colégio, natural de Mós.
Já em Mós, os visitantes puderam apreciar diversos aspectos do património secular desta antiga vila, como por exemplo o pelourinho (reconstituído), antiga casa da câmara e cadeia, capelas, fonte românica, igreja matriz e restos do castelo, além de poderem apreciar a construção tradicional multissecular, basicamente de xisto. - Na foto de cima, entrada na capela de Santa Cruz, belo exemplar de arquitectura religiosa do século XVIII.
Chaves em ferro (decerto trabalho de ferreiro local) da capela de Santa Cruz, de que é fiel depositária a mordoma, vizinha da capela.

O encanto de uma canelha de sabor medievo, de onde se espreita o bairro do "Lado de lá" (Carrascal e Eitão).

Um curioso anúncio de venda de propriedade, que pelo "design" das letras e até pelo conteúdo, lembra as inscrições do século XVI-XVII. Por aqui o tempo parou, tal como no relógio de sol da rua do Carrascal....

No final, um beberete oferecido aos visitantes pela Junta de Freguesia de Mós, na antiga "domus municipalis" - enquanto petiscava, não pudemos deixar de nos lembrar do apontamento de um outro beberete que o concelho de Mós pagou, no acto de tomada de posse da vereação de 1440-1441, o qual ficou registado no respectivo livro das contas das receitas e despesas do dito concelho, pelo escrupuloso tesoureiro João Gonçalves Carrasco. Somou então a despesa em 100 reais brancos, sendo a merenda apenas de pão, queijo e vinho. 571 anos depois a mesa esteve mais composta, sendo de destacar a hospitalidade mozeira.

Txt. e fotos de N.Campos, excepto a 1ª., do arquivo da Biblioteca Municipal de Torre de Moncorvo.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Passeio pedestre à capela de Senhora da Esperança, é no domingo:

(clicar duas vezes sobre o cartaz - para AMPLIAR)


Não se tendo realizado o passeio da Pascoela previsto para o passado dia 30 de Abril, por motivos climatéricos, a organização decidiu adiá-lo para o próximo Domingo, dia 8 de Maio, esperando que, desta feita, o tempo ajude.


Esta iniciativa da Junta de Freguesia de Torre de Moncorvo, conta com a colaboração do Museu do Ferro (parceria Câmara Municipal de Torre de Moncorvo/PARM), inserindo-se no esforço de recuperação das antigas tradições e também de divulgação do nosso património, visto que a capela de Senhora da Teixeira (propriedade da Junta de Freguesia) remonta possivelmente ao séc. XV.


O trajecto terá início às 14;30h (convém estar um pouco antes), com saída de frente do edifício da Junta (ao lado do Cine-teatro), e seguirá pela E.N.220 até ao início do "caminho velho" para Açoreira. Este caminho terá a ver com um dos "milhentos" trajectos seguidos pelos peregrinos de Santiago de Compostela, pelo que se poderá considerar também como Caminho de Santiago. Se bem que o destino desta nossa "peregrinação" seja mais breve e com destino a uma capela de outra invocação: Senhora da Esperança - que bem precisa é, nos tempos que correm...

terça-feira, 19 de abril de 2011

Passeio pelas fontes e chafarizes de Torre de Moncorvo

Como anunciámos oportunamente, realizou-se ontem um percurso pelas fontes e chafarizes da freguesia de Torre de Moncorvo, como forma de assinalar o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, este ano dedicado ao tema da "Água, Património e Cultura".
Apareceram cerca de duas dezenas de participantes, sendo de realçar que a maior parte eram jovens e crianças.
Aqui fica a reportagem:
Observando a Fonte Carvalho, uma antiga fonte de arcada, cuja obra de cantaria remonta ao início do séc. XVII. Ao lado possui uns tanques onde bebiam os animais, além de uns lavadouros, onde o povo da Corredoura vinha lavar a roupa.

Diz a tradição que uma mulher que vinha de madrugada lavar a roupa para a fonte Carvalho, quando viu, à meia-noite, a alma penada de um juiz que se acabara de suicidar na vila. Este episódio, que a fez perder os sentidos, está registado no livro "Contos ao luar de Agosto -I" de autoria da moncorvense Júlia de Barros Biló. Na foto de cima, uma jovem leu um trecho dessa história aos outros participantes - um convite à leitura deste livro, que se encontra na Biblioteca Municipal.


E o passeio prosseguiu até à fonte de Santiago, onde se falou de uma antiga igreja dedicada a este Santo, além de nos encontrarmos nos Caminhos de Santiago. Esta é outra fonte do século XVII, da época filipina, o que demonstra que no tempo dos Filipes (reis de Espanha e Portugal), se fizeram bastantes obras de hidráulica, não só em Moncorvo, como no resto destes reinos...


Outra fonte que pode remontar ao período filipino (sec. XVI-XVII) é a das Aveleiras. No entanto há registo de já aqui ter havido um chafariz no séc. XV. Os jovens apreciam um relevo com o brazão de armas do município de Torre de Moncorvo (a torre com os dois corvos).


Fonte de Santo António. Mais uma paragem para mais uma leitura de poemas dedicados a esta fonte, igualmente de autoria da Drª. Júlia Biló, neste caso do livro: "Somos poeira, somos astros". Foi lido um poema em que a autora se refere à tradição segundo a qual quem beber nesta fonte casa cá na terra!

Descida pela Rua do Cano - e explicou-se que o "cano" era uma conduta de água subterrênea que encaminhava a água desde a serra para o chafariz que estava na praça, uma obra notável dos fins do séc. XVI e que funcionou até ao final do séc. XIX, altura em que o dito chafariz foi desmontado.

Este é o novo chafariz da praça, recuperando as peças centrais que sobraram do antigo chafariz. Foi explicado aos participantes que este chafariz foi reconstruído em 1998, cerca de 100 anos depois de ter sido apeado, sendo possível saber qual era o seu aspecto através de uma fotografia antiga que tinha sido tirada antes de o desmontarem. A praça de Moncorvo ficou muito valorizada com esta belo monumento, sendo um bom exemplo de recuperação do património realizado no fim do séc. XX, depois das pedras da taça e depóstio do chafariz andarem aos tropeções durante quase um século.

Junto aos vestígios da muralha do castelo, mais um chafariz aqui implantado no final do séc. XX. Há quem diga que as pedras do tanque teriam a ver com o antigo chafariz filipino da praça, mas é duvidoso. O certo é que este resulta da junção de duas metades que estiveram encostadas à muralha do castelo, em cada lado do escadório, obras também do final do séc. XIX. Nesta foto, ao fundo, entre o 2º. e o 3º. banco, estava ainda um tanque que servia para os animais de transporte beberem.Finalmente, a fonte mais recente, construída em 1997, no antigo Rossio de Moncorvo, hoje praça General Claudino, projecto da Arquitecta Ana Rodrigues, no âmbito de uma intervenção urbanística neste espaço. Esta fonte procura recuperar a forma dos antigos tanques e, sobretudo, a sonoridade da água corrente, numa praça um bocado árida e tórrida em dias de verão. Evoca ainda o poço que se sabe ter existido nesta praça ainda no séc. XVIII e que poderia vir dos tempos da construção da igreja matriz, onde matariam a sede os pedreiros e carregadores da obra. No final foi servido um pequeno lanche nos jardins do museu.

Reportagem de N.Campos e João Pinto V. Costa

quinta-feira, 31 de março de 2011

Capela de S. João Baptista/N.Sª. de Fátima vai ser recuperada!


O Governador Civil do Distrito de Bragança, Engº. Jorge Gomes, e a Presidente da Junta de Freguesia de Torre de Moncorvo, Drª. Maria de Lurdes Pontes, sob auspícios do Presidente da Câmara, Engº. Aires Ferreira, assinaram hoje, nos paços do concelho, o contrato de financiamento para restauro da capela de S. João Baptista (também conhecida por capela de Senhora de Fátima), que é propriedade da junta. Este apoio resulta de uma canditatura efectuada pela Junta de Moncorvo ao sub-programa 2 da CCDRN, sendo verbas procedentes do Orçamento de Estado, com comparticipação a 60%. O montante agora contratualizado ascende a 28.700€, esperando a Junta de Freguesia conseguir arranjar os restantes 40%, de forma a realizar a totalidade das obras previstas. Estas visam a renovação da cobertura, recuperação do tecto, rebocos, pinturas, etc.. A capela de S. João Baptista remonta ao séc. XVII, estando documentada, pelo menos desde o séc. XVIII, uma importante festa, com encenação de uma "mouriscada" (combate simulado entre cristãos e mouros), com saída de S. Jorge a cavalo. Já no século XX esta capela passaria a ser dedicada também a N. Srª. de Fátima, em consequência da afirmação do culto da Senhora aparecida na Cova da Iria. Seria interessante voltar a recuperar-se a festa de S. João, cujo arraial em tempos se deslocou para o terreiro do Castelo, defronte dos Paços do Concelho e agora se centra mais na praça Francisco Meireles. Contudo, julgamos que seria boa ideia iniciar-se essa festividade popular com uma visita à capela que agora vai ser recuperada. - Esperemos que ainda a tempo do próximo S. João. Para já ficam as nossas felicitações às entidades envolvidas pelo empenho na recuperação deste património que é de todos os moncorvenses.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Igreja de Adeganha

A igreja a que se refere a senhora do post anterior é este belo monumento, num estilo românico tardio (já com portal em arco quebrado ou de ogiva), datável do séc. XIII. O padroeiro é Santiago Maior, pelo que se supõe que esteja relacionada com os famosos Caminhos de Santiago. Está classificada como Monumento Nacional desde 1944, através do Decreto n.º 33 587.
A merecer uma visita, aproveitando a tolerância papal (para quem não quiser ir tão longe a ver o Sumo Pontífice...)