quinta-feira, 2 de junho de 2011

Encontro anual da Associação de Antigos Alunos do ex-Colégio Campos Monteiro

A Associação dos Antigos Alunos e Amigos do ex-Colégio Campos Monteiro realizou no passado fim-de-semana o seu encontro anual, o qual foi assinalado, no sábado de manhã, com a apresentação do livro "Angola - conflito na frente Leste. Ficheiros da guerra colonial", de autoria do Engº. Benjamim Almeida, antigo aluno do ex-Colégio Campos Monteiro e antigo oficial do exército português, natural do Felgar.


Momento da apresentação do livro de Benjamin Almeida, Angola - conflito na frente Leste.
Além dos habituais convívios gastronómicos, houve ainda lugar, no domingo, um passeio à antiga vila de Mós, visita que foi guiada pelo Presidente da Junta desta freguesia e por um elemento do PARM e também associado da AAACCM, seguindo roteiro sugerido pelo Dr. Carlos Sambade, outro antigo aluno do Colégio, natural de Mós.
Já em Mós, os visitantes puderam apreciar diversos aspectos do património secular desta antiga vila, como por exemplo o pelourinho (reconstituído), antiga casa da câmara e cadeia, capelas, fonte românica, igreja matriz e restos do castelo, além de poderem apreciar a construção tradicional multissecular, basicamente de xisto. - Na foto de cima, entrada na capela de Santa Cruz, belo exemplar de arquitectura religiosa do século XVIII.
Chaves em ferro (decerto trabalho de ferreiro local) da capela de Santa Cruz, de que é fiel depositária a mordoma, vizinha da capela.

O encanto de uma canelha de sabor medievo, de onde se espreita o bairro do "Lado de lá" (Carrascal e Eitão).

Um curioso anúncio de venda de propriedade, que pelo "design" das letras e até pelo conteúdo, lembra as inscrições do século XVI-XVII. Por aqui o tempo parou, tal como no relógio de sol da rua do Carrascal....

No final, um beberete oferecido aos visitantes pela Junta de Freguesia de Mós, na antiga "domus municipalis" - enquanto petiscava, não pudemos deixar de nos lembrar do apontamento de um outro beberete que o concelho de Mós pagou, no acto de tomada de posse da vereação de 1440-1441, o qual ficou registado no respectivo livro das contas das receitas e despesas do dito concelho, pelo escrupuloso tesoureiro João Gonçalves Carrasco. Somou então a despesa em 100 reais brancos, sendo a merenda apenas de pão, queijo e vinho. 571 anos depois a mesa esteve mais composta, sendo de destacar a hospitalidade mozeira.

Txt. e fotos de N.Campos, excepto a 1ª., do arquivo da Biblioteca Municipal de Torre de Moncorvo.

1 comentário:

Anónimo disse...

Mós é, sem dúvida, uma terra de encantos e de muita história. Um grande abraço para os meus amigos mozeiros e os seus habitantes.

Isabel