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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

X Partidela Tradicional da Amêndoa no Museu do Ferro

Como anunciado, realizou-se no passado sábado, dia 23, a 10ª. edição da Partidela Tradicional da Amêndoa do Museu do Ferro & da Região de Moncorvo. Como habitualmente, o evento foi co-organizado pela parceria Município de Torre de Moncorvo e associação do PARM, que rege o museu.
Aqui fica um breve registo:

No aprazível espaço dos jardins do Museu, recentemente arranjados, fica o Auditório, onde o evento mais uma vez se realizou...

Em nome do município de Torre de Moncorvo, a Vereadora Engª. Piedade Menezes abriu a sessão, salientando a sua importância como evento evocativo das tradições moncorvenses, como ponto de encontro inter-generacional e ainda por promover um produto agrícola que é um verdadeiro ex-libris de Moncorvo, associado à famosa confeitaria da "amêndoa coberta". 

 Depois do responsável do museu e do representante da recém-criada Confraria da Amêndoa, Prof. Joaquim Morais, o Prof. Américo Monteiro, encenador do grupo de teatro Alma de Ferro, fez uma introdução ao "sketch" em que se procurou recriar uma Partidela "à maneira antiga".

Momento da recriação da Partidela, pelo grupo Alma de Ferro.

À "boca de cena", numa "cozinha tradicional"...

Os actores do Alma de Ferro, em interacção com o numeroso público presente...

Os mais velhos recordando velhos tempos; os mais novos (e visitantes) aprendendo como era...

 E, como não podia faltar o momento musical, como sempre abrilhantado pela última tuna popular que resiste no Douro interior: a Tuna da Lousa. Num tempo em que tanto se fala em património imaterial, é bom que se diga que estes grandes Senhores são um valioso património vivo da nossa região.

Com a "mulher gorda" nem a tia Esperança resistiu a um pezinho de dança...

E os músicos sempre exímios no seu repertório, carregado das nostálgicas melodias que nos sopram de um outro tempo, e das bandas do Douro...

No final, como nas aventuras de Astérix, o banquete ritual, celebrado com produtos regionais generosamente oferecidos por diversas casas comerciais da vila e do concelho, mencionados no cartaz e no início da actividade. A pedido da organização, aqui lhes reiteramos o agradecimento e reconhecimento, assim como aos funcionários e utentes do Centro de Dia da Misericórdia que estiveram presentes.

Fotos: Zé Sá e N.Campos

Sobre este tema, ver também: 



sexta-feira, 22 de novembro de 2013

X PARTIDELA TRADICIONAL DA AMÊNDOA no Museu do Ferro - é já amanhã!

(clicar sobre o cartaz para AMPLIAR)

Vai realizar-se no próximo sábado (amanhã), dia 23 de Novembro, pelas 14:30h, a X Partidela Tradicional da Amêndoa do Museu do Ferro & da Região de Moncorvo, nesta vila.
Trata-se de uma recriação das antigas partidelas da amêndoa, que noutros tempos se faziam ao serão e num sistema de entreajuda, oferecendo-se uma merenda aos partidores, no fim de cada jornada. Os grandes proprietários chegavam a pagar jeiras às partidoras (normalmente trabalho feminino), podendo a actividade realizar-se de dia e/ou de noite. Numa das suas novelas, o escritor moncorvense Campos Monteiro descreve um desses momentos (in Ares da Minha Serra), supostamente ocorrido na rua do Quebra-Costas.
No entanto, por todo o chamado Douro Superior, o verdadeiro "solar" da amêndoa no Norte de Portugal, se realizava esta actividade, até aos anos 70 e 80 do séc. XX. 
Progressivamente, o decréscimo da produção de amêndoa na região, assim como as alterações dos hábitos da população e ainda o próprio decréscimo e envelhecimento da população rural, quase fez desaparecer as "partidelas" tradicionais. Por isso, o Museu do Ferro, entidade gerida pelo PARM com base num protocolo com o Município de Torre de Moncorvo, resolveu reactivar esta tradição. 
O novo executivo camarário, reconhecendo o interesse da iniciativa, não deixou de se associar à organização da mesma,  tendo em vista a valorização dos produtos regionais. Do mesmo modo, o evento contou com o apoio da recém-criada Confraria da Amêndoa, Cooperativa de produtores e vários patrocinadores locais que ofereceram os produtos da região para a merenda tradicionais (mencionados em cartaz).
Julgamos que o próximo passo será a promoção mais alargada deste evento junto das entidades ligadas ao Turismo, de forma a captar visitantes de outras paragens, numa época do ano em que a restauração e hotelaria se ressentem por menor afluxo.

Então não se esqueçam: amanhã, pela 14:30h - a entrada é livre!

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Apresentação do livro “A Cultura da Amêndoa no Douro Superior” de Lois Ladra

Apresentação do livro “A Cultura da Amêndoa no Douro Superior” de Lois Ladra
pelo autor
23 de Novembro de 2013 (sábado), pelas 21h00
na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro, em Vila Real
 
“A Cultura da Amêndoa no Douro Superior – História, Tradição e Património” de Lois Ladra
 
Este livro quer prestar homenagem a todos os galegos anónimos que, fugindo da fome e da miséria, vieram erguer muitos dos socalcos do Douro transmontano, contribuindo com o seu suor para a construção deste Reino Maravilhoso. O autor
 
A amendoeira no Douro Superior, isolada, plantada em bordadura ou formando amendoal, constitui um património cultural, económico e paisagístico que deve ser preservado e transmitido às gerações vindouras. As magníficas qualidades organolépticas e o marcado sabor da amêndoa duriense devem constituir a base sobre a qual possam vingar no território novas indústrias artesanais de produtos gastronómicos que tenham a amêndoa como protagonista.
 
«A amêndoa produzida no Douro Superior ostenta com orgulho o reconhecimento internacional de Denominação de Origem Protegida (D.O.P.) “Amêndoa do Douro”, classicação atribuída pela União Europeia no ano de 1994.Trata-se de um produto natural, dotado de propriedades organolépticas singulares, que vinca as suas origens na agricultura mediterrânica tradicional, constituindo uma das marcas identitárias desta região.»
 
Lois Ladra nace en A Coruña en 1972. En 1996 se licencia en Geografía e Historia (Prehistoria y Etnología) por la Universidad Complutense. En 1999, defiende su tesis de licenciatura, con un estudio sobre la orfebrería galaica de la Edad del Hierro. En 2001, concluye los Cursos de Doctorado y se diploma en Estudios Avanzados en Arqueología por la Universidade de Santiago de Compostela. Becado por la Fundación Barrié, concluye en 2003 un Master en Arqueología Protohistórica en la Universidad de Oporto (Portugal). En 2007, se licencia en Antropología Social y Cultural por la Universidad Nacional de Educación a Distancia. Desarrolla su actividad profesional como antropólogo cultural y arqueólogo, dirigiendo y participando en numerosos proyectos en Galicia, Extremadura, Madrid, Castilla-León, Castilla-La Mancha y Portugal. Es autor de más de medio centenar de publicaciones de temática arqueológica y etnográfica, entre las que destacan sus trabajos sobre la orfebrería galaica y los libros Arte relixiosa popular na Terra de Valga. Cruceiros, cruces e petos de animas (A Coruña, 2002), A pesca tradicional nos rios de Galiza. Caneiros, pescos e pesqueiras (Santiago de Compostela, 2008) y los estudios introductorios al Inventario de la riqueza monumental y artística de Galicia, de Ángel del Castillo (A Coruña, 2008). Ha sido galardonado con los premios de investigación Xesús Ferro Couselo (1999, 2000 y 2001), Cátedra (2006), Vicente Risco (2008) y Raigame – Xaquín Lorenzo (2011). Ha dirigido numerosas proyectos de investigación antropológica en Galicia y Portugal. Colabora habitualmente con la Fundación Barrié como asesor externo en iniciativas de recuperación y valorización patrimonial. En la actualidad, desarrolla su actividad laboral como especialista en el estudio de culturas fluviales (pesca, navegación sistemas tradicionales de molienda..) destacando sus análisis etnológicos de los rios Ocreza, Tua y Sabor.


Ver em mais http://traga-mundos.blogspot.pt/2013/11/apresentacao-de-livro-sobre-cultura-da.html

 

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O Museu do Ferro & da Região de Moncorvo (parceria Município de Torre de Moncorvo /PARM) continua a promover esta antiga actividade, hoje quase caída em desuso: partir (ou "escachar") amêndoa - se ainda é desses bons velhos tempos, aproveite para matar saudades! - se nunca viu como era, esta é uma boa ocasião para experimentar!
No final, também como era costume, é servida aos participantes uma merenda de produtos regionais.
A iniciativa conta com o patrocínio do comércio local e é abrilhantada pela Tuna da Lousa.
É já no próximo sábado, à tarde (dia 27 de Outubro), mas com inscrições até sexta-feira, ao fim da tarde, para o nº. 279 252 724.

Ver mais: http://www.torredemoncorvo.pt/ix-partidela-tradicional-da-am-ndoa

E ainda sobre o tema da Amêndoa e da Amendoeira, numa abordagem mais alargada, informamos que se realiza um importante seminário, no próximo dia 26, sexta-feira, em Torre de Moncorvo - ver aqui:
http://www.torredemoncorvo.pt/torre-de-moncorvo-acolhe-seminario-sobre-a-amendoa

segunda-feira, 21 de março de 2011

Ó amendoeiras!

Ó amendoeiras floridas,
amendoais de riqueza!
alegria das raparigas,
cheios de encanto e beleza!

Vou pintar a minha terra!
da cor das amendoeiras;
começo aqui pela serra,
desço mesmo às ladeiras.

Vou pintá-las de branco,
em flor, imaculado;
de rosa é o manto,
de amor e de cuidado.

Cuidado na ventania,
ou até na chuva grossa,
caem pétalas de alegria,
ficam os sonhos de rosa.


Há perfume pelos campos,
cheira a rosas e a jasmim,
abelhinhas, trinados em bandos,
deixam-me saudades sem fim!

Vou pintar as amendoeiras,
de trabalho e de ilusão
pinto de verde as ladeiras
cachuchos do meu coração!

São verdes e saborosos
de casca tenra e macia
de cachuchos tenros, viçosos
de leite, pinto grãos de alegria!!

Vem o sol, traz-lhes mimos,
vê-los crescer é um regalo,
de pele de leite finos,
pinto amêndoas de estalo!

Pintei assim as ladeiras
verdes cachuchos a sorrir,
do poio às ladeiras
pinto amêndoas a florir!


Já duras e bem sequinhas,
do verde manto despidas.
Em ouro se tornaram,
até há amêndoas paridas!

e pinto com esta tinta
de cantigas, as mulheres,
vestem-se de blusas de chita,
vermelhas aos malmequeres.

E trazem saias rodadas,
as belas apanhadeiras!
e andam assim dobradas,
alegres e galhofeiras!

e falam da sua vida
e da minha ou da tua
os homens, em vara fina,
varejam amêndoa dura.

Depois em sacos de estopa,
feitos em belo tear,
seguem arrobas de amêndoa,
p´ra casa, é bestas carregar!

E é uma animação,
sempre, sempre a reinar!
cozinha, quarto, sala ou salão,
na rua, em toldes, a secar!.

e em pás de fina madeira,
toca, toca a revirar
de casassós à ladeira,
meus sonhos hei-de pintar!

Pinto cestos de verga
até bacias de lata
amêndoa depois de seca,
é uma quebra bem farta.


E agora vamos lá todos
de Urros, ó mocidade!
cantar ao desafio,
partir grão, à vontade!

E agora sentem-se aqui,
tomem lá o malhadouro!
o grão é p´ro cestinho,
alqueire cheio é dinheiro.


Há presunto e queijo da talha,
postas de linho, é alva a toalha,
pão, bolas, salpicão e vinho,
“há barulho! ide lá ver quem ralha”.

Malhadouro malhadeiro
em açafates de verga,
o Petromax é luzeiro,
dá luz que bem se enxerga

Ó mocidade de Urros, que fizestes
da vossa fartura e riqueza?
ver os montes assim tristes
não vos dá dor de cabeça?!


RETRATOS DA MINHA INFÂNCIA.
Tininha, de Urros, outrora uma vila!
( …que teve foral antes de Moncorvo)


GLOSSÁRIO:
Barulho= desordem, desentendimentos, que, por vezes, antigamente, poderia provocar sérios danos; pequenas sublevações, garalmente na rua, que poderiam arrastar muita gente, como assistência.
Cachuchos= amêndoa, ainda tenra, coberta por casca tenra. de cor verde.
Ralhar=criticar, berrando e insultando , admoestar

Enviado por Arinda Andrés

Fotos : João Costa

sexta-feira, 11 de março de 2011

Ainda a flor da amendoeira...

Grande el riesgo que tu corres
Flor de almendro la primera
Con tu amanecer temprano
Anuncias la primavera.
Comenta una leyenda en Portugal
Que una rubia casó con un sultán.
Trasosmontes portugueses
Laderas de aceite y vino
De almendros y naranjales
De corazones amigos.
Triste la princesa siempre estaba
En su nuevo país nunca nevaba.
Flor de almendro flor de un día
Flor de delicado aroma
Flor de almendro flor de un día
El Duero a tus pies asoma.
Viendo el sultán tantos sollozos
Plantó una ladera de allozos.
................................................
por: Marquès de los Mojones
Pode ler a totalidade deste belíssimo poema na língua original (castelhano), no blogue do nosso amigo Ángel Garcia, que, de resto, é quem melhor poderá explicar quem é o inspirado poeta salamantino M. de los Mojones:

http://labodegadelasolana.blogspot.com/2010/02/la-flor-del-almendro-y-unos-amigos.html

Tradução para português, em: http://torre-moncorvo.blogspot.com/2010/03/lenda-das-amendoeiras-numa-versao.html

.

Nota: as fotografias são de autoria do nosso amigo António Rómulo Duque (ilustre felgarense a residir e a trabalhar em Braga, a quem agradecemos a cedência destas imagens).

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

VII Partidela Tradicional da Amêndoa, recriada no Museu do Ferro & da Região de Moncorvo

(clicar sobre o cartaz para ampliar)


Conforme anunciado no cartaz, realiza-se no próximo sábado, dia 23, pelas 15;30h, a VIIª Partidela Tradicional da Amêndoa.
Esta actividade realizava-se por esta altura do ano e decorria até ao Natal (e às vezes mais, no caso de maiores produtores), sendo realizada ao serão, normalmente em sistema de entre-ajuda (só os grandes proprietários pagavam jeiras às partideiras). Era um momento de convívio entre jovens pessoas de todas as idades e uma oportunidade para os rapazes se aproximarem das raparigas que "tinham debaixo de olho", já que as ocasiões de namoro, especialmente à noite, não eram muitas. Outros tempos!
Com o decréscimo da produção da amêndoa e a maquinização desta actividade, desde há cerca de 30 anos que esta tradição, característica da chamada "Terra Quente Trasmontana" (zona mais próxima do Douro Superior) entrou em decadência, para a qual também concorreu a televisão com as suas telenovelas. Os serões deixaram de ser momentos de amena cavaqueira, ao pé do lume, a escachar amêndoa, e passaram a orientar-se para o caixote das imagens, com menos conversa e menos actividade produtiva...
Se quiser saber como era, participe! É no próximo Sábado no auditório do Museu, estando prevista uma actuação da Tuna Popular Lousense e uma merenda no final, como era da praxe.

Esta actividade é organizada pelo município de Torre de Moncorvo e pelo PARM, contando com diversos patrocinadores, institucionais e comércio local, além dos Lares e Centros de dia do concelho.

Ver mais: http://www.torredemoncorvo.pt/vii-partidela-tradicional-de-am-ndoa e http://parm-moncorvo.blogspot.com/2010/10/vii-partidela-tradicional-da-amendoa.html