sexta-feira, 7 de junho de 2013
Rota do Ferro em BTT
quarta-feira, 22 de maio de 2013
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
Apresentação pública do projecto mineiro da MTI
Como anunciámos, realizou-se ontem, dia 23/01/2013, no auditório da ACIM (Associação de Comerciantes e Industriais de Moncorvo), a sessão pública de apresentação do projecto mineiro da MTI (Mining Technology Investments), para uma fase de exploração experimental conforme foi concessionado pelo governo em Novembro de 2012. O auditório foi pequeno para conter tantas pessoas, entre técnicos, jornalistas e população em geral, acabando a organização por instalar colunas de som no exterior para todos pudessem acompanhar o que se dizia na sala.
Abriu a sessão o Presidente da Câmara de Moncorvo, Engº. Aires Ferreira, que se congratulou pela maior abertura demonstrada pela nova administração da empresa MTI, no que toca a uma maior abertura em relação às entidades e população local. Tendo feito um breve historial das questões relacionadas com a actividade mineira, paralizada há cerca de 30 anos, após o encerramento da Ferrominas, afirmou que sempre o município por si liderado tinha feito do tema do Ferro uma espécie de ex-libris, apostando no Museu do Ferro, e chegando a criar o slogan: "Moncorvo, onde o ferro é a alma da terra", estampado em autocarros e camisolas de jogadores do Grupo Desportivo local. Evocando a luta pela construção da barragem do Baixo Sabor, acabou por dizer que também aqui seriam de esperar muitas dificuldades pelo caminho, até uma exploração efectiva, e que haveria que se lutar por isso, já que "estas coisas não nos caem do céu".
Por sua vez, o CEO da MTI, Dr. Víctor Correia, deu conta do que foi feito pela empresa desde 2008 (data do 1º contrato para prospecção e pesquisa) até 2011 (quando se verificou o desinteresse da Rio Tinto como potencial cliente e parceiro da MTI relativamente à exploração do minério de Moncorvo).
Afirmou que o principal obstáculo desde sempre ao aproveitamento destes minérios era a questão do fósforo, mas que isso hoje está resolvido, pois já existe tecnologia para se fazer separação molecular do fósforo relativamente ao ferro. Com base numa apresentação PowerPoint, demonstrou a nova vitalidade do sector mineiro na Europa, através de um mapa em que se pontuavam as minas em exploração e em vias de serem exploradas, com destaque para a zona dos países nórdicos. Alguns gráficos mostravam também as tendências dos preços dos minérios, verificando-se uma oscilação pouco significativa, apesar de, nos últimos anos, se ter verificado uma certa descida dos preços do ferro.
Para esta fase (próximos 4 anos), informou que, essencialmente, serão feitos mais estudos técnicos, seguindo certos vectores, como por exemplo: avaliação de recursos geológicos, avaliação de opções de exploração; avaliação de opções de processamento, etc.. Foi referido que entre as preocupações da empresa se encontravam as contrapartidas locais, designadamente no que toca a preferência pela mão de obra do concelho, além dos aspectos ambientais. De forma a minimizar estes impactos, seria desenvolvido um estudo mais circuntanciado, e que o avanço do projecto dependeria da sua aprovação.
Mais disse que os mercados de destino do minério seriam os chamados países emergentes, mas também consumidores europeus, o que colocava a velha questão transporte do minério, já não para a siderurgia (como noutros tempos), mas para um porto costeiro, em princípio Aveiro. Assim, tem de se equacionar o melhor processo para esse transporte, sendo uma das possibilidades a construção de um mineroduto.
Quanto a números, foi dito que 12 milhões era a quantia que a MTI se comprometeu a investir (tendo o Estado obrigado à prestação de uma caução sobre esse valor); 4 anos, era o período de tempo para desenvolvimento dos trabalhos; e 0,5% era o valor que deveria reverter em favor das entidades locais, como contrapartida.
No final seguiu-se um período de perguntas e respostas, tendo o Dr. Víctor Correia esclarecido algumas dúvidas e questões pertinentes colocadas por técnicos presentes, nomeadamente pelo Eng. Alves Costa (último director técnico da Ferrominas/EDM), bem como de vários jornalistas e público em geral.
A principal conclusão e a que mais interessaria ao numeroso público que acorreu ao local é que, nesta fase, não haverá tantos empregos como se esperaria. O próprio CEO da MTI, não querendo defraudar as expectativas futuras, informou que, nesta fase, seriam essencialmente alguns técnicos (geólogos, engenheiros de minas e de Ambiente, etc) que iriam estar no terreno, tendo em vista o aprofundamento dos estudos necessários para o avanço do projecto daqui a quatro anos. Mais adiantou que, correspondendo a uma proposta da autarquia, se está a equacionar a localização da sede da empresa em Torre de Moncorvo.
Ver mais > JN – 2013.01.24:
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
domingo, 29 de abril de 2012
Faleceu o Sr. Manuel "Pai-Nosso"
Em 1966, numa fase já decadente das minas, acabou por sair da empresa e foi tentar a sorte em França. Regressou mais tarde e montou uma empresa de construção civil.
Homem muito conhecido e popular no concelho de Moncorvo, sobretudo pela sua devoção clubística pelo Futebol Clube do Porto (foi organizador de vários encontros de portistas), encontrava-se aposentado e com problemas de saúde em grande medida decorrentes do seu trabalho nas minas, com problemas respiratórios que o acompanharam pelo resto da vida.
Recentemente, em virtude do interesse suscitado pela hipotética reabertura das minas, o Sr. Manuel "Pai-Nosso" foi bastante procurado por repórteres de jornais, rádios e televisão, já que era um dos poucos pioneiros da Ferrominas ainda vivos. Deu várias entrevistas, tendo participado juntamente com seu irmão Arnaldo Costa e o colega Joaquim Vieira, na reportagem "Miragem do Ferro" de Victor Bandarra, apresentada pela TVI no dia 7.01.2012: http://www.tvi24.iol.pt/aa---videos---sociedade/ferro-miragem-do-ferro-reportagem-tvi24-torre-de-moncorvo-mina/1315329-5795.html
O seu funeral realizou-se ontem, tendo a urna sido coberta com uma bandeira do clube da sua paixão, o FCP.
domingo, 8 de janeiro de 2012
CPF vai empreender novas prospecções no jazigo de ferro de Moncorvo
"A miragem do Ferro" - uma reportagem da TVI

segunda-feira, 13 de junho de 2011
Moncorvo: Rota do Ferro em BTT e festa de Santa Leocádia
Este ano o passeio foi incluído no cartaz da festa de Santa Leocádia, juntando-se os ciclistas ao numeroso povo que subiu à capelinha do alto da serra, participando do programa da festividade e retemperando energias com um excelente almoço volante oferecido pela Junta de Freguesia.
Aqui fica a reportagem (clicar sobre as fotos para AMPLIAR):
















Enquanto aguardamos que nos enviem as fotos da festa, adiantamos que a mesma esteve muito animada, tendo actuado organistas locais, conceituados DJ's, os fadistas "Nordestinos", a tuna da Lousa, os cavaquinhos da Escola Sabor-Artes, etc., tudo com bom ambiente e disposição, ao jeito do "que se lixe a crije!"...
As nossas felicitações à organização por manter viva a festa de Santa Leocádia e S. Bento.
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quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Efeméride: Engº. Gabriel Monteiro de Barros (1923-1995)

Num apontamento necrológico datado de 4.04.1995, escrevemos: «Durante o 3º. quartel deste século [XX], falar em Moncorvo era falar em ferro. E falar em ferro era falar no Engº Monteiro de Barros». E, poderíamos ter acrescentado, falar no Engº. Monteiro de Barros era falar em Ferrominas e vice-versa.
Num momento em que o Museu do Ferro e da Região de Moncorvo se prepara para organizar uma exposição fotográfica dedicada à Ferrominas, com base numa pequena selecção de fotografias a cores tiradas por volta de 1957 pelo Engº. Gabriel Monteiro de Barros, dá-se a quase coincidência de o saudoso director das minas fazer anos por esta altura, ou seja, mais precisamente, neste dia: 4 de Agosto.
Assim, se estivesse entre nós, completaria hoje 87 anos, como nos recordou o seu sobrinho, Engº. João Pedro Monteiro de Barros Cabral, também engenheiro de minas, a quem deve o Museu (e Moncorvo!) a generosa doação do preciosíssimo acervo fotográfico de seu tio, além de alguns livros igualmente importantes, e que se encontram no Centro de Documentação/Biblioteca do Museu do Ferro. Para ele, o nosso bem haja!
A título póstumo, a exposição "Ferrominas.57" é uma prenda de aniversário a alguém que escolheu Moncorvo para trabalhar, para viver, para morrer e aqui ficar no seu eterno descanso. Não esquecendo, obviamente, todos os que verteram o seu suor (e, em alguns casos, o seu sangue) na dureza do trabalho das nossas minas de ferro.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
ROTA DO FERRO - pelos caminhos do Roboredo em BTT
Como se tratava de um percurso experimental, a adesão não foi a melhor, mas mesmo assim, dada a presença de dois veteranos nestas coisas, foi possível constatar que o trajecto proposto é perfeitamente exequível, apenas com 3 pontos de dificuldade maior, em termos de subidas, e duas ou três descidas acentuadas. Sendo relativamente fácil para quem está habituado a estas andanças, fica o aviso para os principiantes: preparem-se para "desmontar" em alguns pontos e levarem a "bike" ao lado (ah, e não esquecer do estojo de primeiros-socorros).
Digamos que objectivo principal da acção era demonstrar as potencialidades da serra do Roboredo para um desporto radical (amigo do ambiente, porque não é ruidoso), associado ao facto de aí se encontrar o grande jazigo mineral de Ferro, com amplos vestígios de exploração (minas da Carvalhosa, mina da Cotovia, etc.).
Há a acrescentar a beleza da área florestal (antiga mata nacional, agora gerida pelo município) em que impera uma grande mancha de carvalhos negrais (Quercus pyrenaica), assim chamados pela cor escura do tronco, embora, aqui seja conhecido por "carvalho branco" devido ao tom esbranquiçado da parte inferior das folhas.
Aqui fica a reportagem: 9:00h - Alguns participantes e organizadores, no alto das minas da Carvalhosa, onde foram recebidos por representantes da Junta de Freguesia do Felgar.
Na Carvalhosa os técnicos do Museu fizeram uma breve explanação sobre as minas, sobretudo sobre a actividade realizada no século XX, pela empresa mineira Ferrominas.




A organização do evento coube ao Museu do Ferro & da Região de Moncorvo, entidade suportada pelo município de Torre de Moncorvo em co-gestão com o PARM, sendo de destacar o apoio da Junta de Freguesia de Torre de Moncorvo, Associação Cultural de Torre de Moncorvo e colaboração das Juntas de Felgar e Felgueiras. Os organizadores agradecem ainda à MTI-Ferro de Moncorvo S.A. a autorização concedida para visita às minas.
Pretende-se futuramente que outras pessoas singulares ou colectivas, clubes de cicloturismo ou empresas de eventos, possam fazer este percurso, no sentido de se afirmar esta Rota do FERRO, pelos encantos do Roboredo.
Txt. e Fotos: N.Campos
Ver mais em:
- Site do GPSies: http://www.gpsies.com/mapUser.do?username=PARM
- Site do Município de Torre de Moncorvo: http://www.torredemoncorvo.pt/serra-do-roboredo-e-palco-de-passeio-btt
- Blogue do PARM: http://parm-moncorvo.blogspot.com/
quinta-feira, 1 de julho de 2010
ROTA DO FERRO, pelos caminhos do Roboredo em BTT

Como se depreende, o percurso atravessará longitudinalmente a Serra do Roboredo (concelho de Torre de Moncorvo) desde as Fragas da Carvalhosa (antiga exploração mineira da Ferrominas) até à capela de Santa Leocádia/S. Bento, numa extensão de cerca de 11,5 km, pela cumeada da serra e pela vertente Norte, acima da meia-encosta, pelo chamado "caminho do meio", onde uma bela mancha florestal com árvores centenárias fornecerá a almejada sombra para mitigar o sol do final da manhã. A saída do alto das Fragas da Carvalhosa é às 9:00 horas e prevê-se a chegada para as 12:30h, no miradouro da capela de Stª. Leocádia/S. Bento, onde decorre o almoço, no parque de merendas, à sombra frondosa das árvores.
O objectivo da organização foi procurar "agarrar" um certo "turismo de nicho", pois há várias pessoas a praticar cicloturismo um pouco por toda a parte, incluindo a nossa região, pretendendo-se o fomento do desporto e a promoção turística do nosso património geomineiro, além de se dar a conhecer os encantos da serra do Roboredo e da paisagem que dela se avista.
Espera-se assim lançar percursos em redor da temática do Ferro, elemento distintivo de Moncorvo, rotas essas que podem depois ser exploradas por qualquer pessoa, individualmente ou em grupo (associações ou clubes), ou mesmo empresas do sector, numa perspectiva amiga do Ambiente (cicloturismo ou mesmo pedestreanismo), aliando a componente lúdica, desportiva e cultural. – Um complemento ao ar-livre para quem queira saber mais, depois da visita normal ao Museu.
Esta iniciativa conta com o apoio e colaboração da Juntas de Freguesia de Torre de Moncorvo, Felgueiras e Felgar e Associação Cultural de Torre de Moncorvo. A visita às minas foi autorizada pela MTI-Ferro de Moncorvo, SA, que está a realizar prospecções na zona das minas. A explicação sobre os antigos trabalhos mineiros realizados nesta zona, estará a cargo de funcionários do Museu.
O trajecto pode ser visto no seguinte link do GPSIES: http://www.gpsies.com/map.do?fileId=aplpcflszhmhkund
Mais informações sobre este assunto, podem ser vistas aqui:
http://www.torredemoncorvo.pt/passeio-btt-rota-do-ferro-pelos-caminhos-do-roboredo ou em:
http://parm-moncorvo.blogspot.com/2010/06/rota-do-ferro-pelos-caminhos-do.html