quarta-feira, 23 de maio de 2012

"Hortas comunitárias" em Moncorvo

Decorreu no passado sábado, dia 19 de Maio, a sessão de entrega, a vários munícipes, de vários talhões para cultivo hortícola, no lado Nascente do bairro do Montesinho. Trata-se de uma iniciativa altamente louvável do município de Torre de Moncorvo, considerando os tempos de crise que se vivem, para além de promover uma actividade que infelizmente tem sido bastante depreciada nos últimos decénios: a Agricultura.
Ainda para além destes aspectos sociais e utilitários, podemos ainda acrescentar outra vantagem, a do bem-estar físico e psíquico. Quando muita gente paga para frequentar ginásios, a fim de desgastar calorias e fazer exercício físico, sem outra contrapartida que não seja a da manutenção da forma e das linhas, julgamos que esta pode ser também uma maneira de, aliando o útil ao agradável, se garantir uma maior elasticidade dos movimentos, para além de combater o "stress" do dia-a-dia, agudizado pela insegurança, pelo medo da crise, e de que falte algo para a panela.
Quanto à localização, é de salientar que a implantação num vale, ao fundo dos antigos terrenos da Quinta Judite, onde há alguma frescura resultante da presença de linhas de água subterrâneas (oriundas da serra), além de fontes, e da possibilidade de regadio por gravidade, não poderia ser melhor escolhida para esta função. Tratando-se de um espaço que o município já havia adquirido para o parque urbano da vila, e que se encontrava entretanto sub-aproveitado, esta foi uma boa forma de o rentabilizar enquanto não surge a possibilidade de aí se implementarem outros projectos.
Realçamos que o grande paladino da implementação das hortas ecológicas, o Arquitecto Ribeiro Telles, desde há muitos anos, sempre salientou a necessidade da preservação dos espaços verdes no meio das selvas de betão citadinas. Não sofrendo a vila de uma tão grande pressão urbanística, todavia é preciso não esquecer que, desde os anos 70 do séc. XX, foram vários os espaços hortícolas entretanto destruídos, cedendo lugar à construção. Quem se lembra, por exemplo, que havia hortas nas Aveleiras (junto à sede da ACIM, onde se realiza a feira - eram as "hortas do Montenegro"), e no actual largo da República? ou onde se encontra o bairro da Romazeira? ou na zona do Mercado, Caixa Geral de Depósitos/Finanças/ delegação do MAP? para não falar na própria Qtª. Judite?
Assim, a criação desta zona verde, para mais com funções hortícolas, é uma iniciativa altamente meritória, sendo de felicitar os responsáveis autárquicos, em especial o Presidente da Câmara e a vereadora responsável pelos espaços verdes, Engª. Alexandra Sá.

- Para mais informações, ver aqui:  http://www.torredemoncorvo.pt/hortas-comunitarias-sustentaveis-de-torre-de-moncorvo-ja-beneficiam-50-familias

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Hoje, Dia Internacional dos Museus, dezenas de visitantes no Museu do Ferro!

Cerca de meia centena de pessoas visitaram hoje, dia 18 de Maio (dia mundial dos Museus), o nosso Museu do Ferro, em Moncorvo. Além de grupos de alunos dos Jardins-Escola e de um conjunto de idosos do Lar de Carviçais, outras pessoas aproveitaram também para visitar o museu, nesta data.
Para alguns alunos do Agrupamento de Escolas que não puderam estar presentes, o Museu foi à Escola, tendo-se realizado aí, da parte da manhã, na Biblioteca Escolar, uma palestra sobre o Museu e seus conteúdos, na sua relação com a história das minas de ferro de Moncorvo e perspectivas de futuro, acção que esteve a cargo de um colaborador do museu.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Missa e procissão assinalam a reabertura da capela de Srª. de Fátima e S. João, em Moncorvo

Após significativas obras de restauro realizadas pela Junta de Freguesia de Torre de Moncorvo, aqui se apresenta o cartaz da capela de Nossa Senhora de Fátima (e S. João Baptista), anunciando o programa das celebrações, que se realizarão amanhã, dia 11 de Maio, com uma missa que será celebrada na capela (às 20;30h)  a que se seguirá a Procissão das Velas (21:00h).
Salientamos que a associação desta capela à Senhora de Fátima só ocorreu no século XX (anos 40?), pois até aí era apenas dedicada a S. João Baptista. Construída talvez no século XVIII, ao fundo da cerca do antigo convento franciscano, ainda no século XVIII se fazia aqui uma importante festa, no dia de S, João, em que se realizavam uma espécie de torneios a cavalo (as "cavalhadas" ou "mouriscadas", com saída de S. Jorge a cavalo).
Actualmente a capela é património da Junta de Freguesia de Torre de Moncorvo e aí se guarda, além da imagem (antiga) de S. João Baptista, as imagens de Srª. de Fátima e, mais recentemente, a de S. José, que costuma sair nas procissões do feriado municipal.
Aqui fica o registo dos trabalhos realizados o ano passado:
                                     
Capela de N. Srª. de Fátima - vista do exterior durante as obras (Julho/2011)
                                     
Vista do interior, durante as mesmas obras.

Créditos das imagens: Cartaz - cedido pela Junta de Freguesia de Torre de Moncorvo; Fotos - N.Campos

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Comemoração do foral manuelino de Torre de Moncorvo - 5 de Maio

(clicar sobre a imagem para AMPLIAR)
Completam-se hoje, dia 4 de Maio, 500 anos sobre a atribuição do foral novo de Torre de Moncorvo, pelo rei D. Manuel I. Estes forais manuelinos, para além do reconhecimento do estatuto das antigas vilas, comportam uma tentativa de unificação dos direitos e obrigações dos povos, no sentido do reforço do poder central, à época representada pelo rei, no sentido de uma espécie e monarquia universal sonhada pelo rei Venturoso - daí a esfera armilar que normalmente surge na iconografia destes forais, tal como em outras obras do mesmo período, como é o caso do pelourinho de Moncorvo, de que existem duas peças, guardadas no átrio da Câmara Municipal.

Assim, no sentido de se assinalar este foral, o Município de Torre de Moncorvo promove, amanhã, Sábado, dia 5 de Maio, uma sessão evocativa da efeméride, com o lançamento de uma obra da Doutora Maria da Assunção Carqueja Rodrigues, ilustre investigadora do nosso concelho, autora de uma obra sobre os pergaminhos do Arquivo Histórico do nosso concelho.
Outras iniciativas estão igualmente previstas ao longo do ano, conforme o Cartaz das comemorações.