Aqui deixamos uma breve reportagem de alguns momentos, desde o sábado passado, tendo-nos faltado, deste feita, o registo do fogo de artifício e da forte chuvada/trovoada de ontem (domingo), que acabou por estragar a noite de ontem.
Em jeito de balanço: eventos culturais, muita música, animação, além da componente religiosa e, a terminar, uma impressionante trovoada na noite de ontem, eis a festa do Felgar 2011.
(clicar sobre as fotos para as AMPLIAR):
Terra de "Pucareiros", os felgarenses teimam em manter vivas as memórias do trabalho do barro. Graças ao empenhamento e dedicação de Tozé Carneiro ("Pisco" para os amigos) e à falta de um verdadeiro núcleo museológico dedicado ao tema, este ano foi montada uma "Casa do Barro", onde se realizou uma pequena mostra e se procedeu à apresentação do livro "O último oleiro", de António Rómulo Duque.
Capa do livro "O último Oleiro", de Rómulo Duque, onde o autor conta diversas estórias do barro e relata a sua experiência junto de António Rebouta (o ti-Roberto), aquele que é normalmente considerado o último oleiro do Felgar (a viver desta arte como profissional). A obra pode ser pedida à editora Sítio do Livro, Ldª (http://www.sitiodolivro.pt/)
Mas afinal ainda há quem não tenha perdido o jeito: o Sr. Sebastião Rebouta, filho de António Rebouta, tem assegurado o título de "último oleiro", depois da morte de seu pai (em 1987). Embora não resida no Felgar e tenha o seu "atelier" a caminho da Açoreira, é neste momento o único praticante da arte por estas terras... Esperemos que algum felgarense mais entusiasta venha a segurar este pendão, ao menos como "hobby"... - tem a palavra o Toninho Duque, entre outros!
Cai a noite e o santuário engalanado prepara-se para o arraial...
Este ano, a figura de proa do cartaz da festa foi o Padre Víctor, verdadeiro caso de sucesso musical pelas nossas terras!...
Momento do concerto do jovem Padre Víctor, já conhecido pelo "padre Pop".
Padre Víctor e sua banda, desbundando altos sons na sua guitarra acústica!...
Domingo à tarde: é o momento da monumental procissão, estreando a avenida nova...
Banda filarmónica de Paço de Sousa (na foto), seguida pela do Felgar, seguem a Senhora do Amparo, a caminho do Santuário...
O povo junta-se para ouvir o Sermão que será proferido do alto do púlpito do Santuário.
Tem a palavra o Sr. diácono Ilídio Mesquita - enaltecendo a Senhora que é Amparo dos felgarenses e de todos os que a Ela recorrem, mas, uma vez mais verberando os familiares que põem as crianças a cumprir promessas descalças, assim como a ostentação das notas nas fitas. Faz-se silêncio...
A virtuosa imagem ainda no andor, mas já no seu espaço, é exposta à devoção dos fiéis que aí vão depositar o seu óbulo e rezar as suas orações...
Um quadro de Rembrandt: cá fora, num recanto do adro, arde o fogo sagrado. Uma virginal Vestal luso-francesa observa pensativa as velas que ardem... Em que pensará ela? Será que procura no fogo ardente a essência do divino? ou será apenas o renovado reencontro com as suas origens, procurando manter viva a chama que a liga aos seus ancestrais? Só ela sabe...
Txt. N.Campos; fotos: N.Campos e Rómulo Duque
Txt. N.Campos; fotos: N.Campos e Rómulo Duque
2 comentários:
Uma vez mais uma excelente reportagem sobre os acontecimentos mais importantes das Festas em Honra de NSA em Felgar, publicada neste blog .
O repórter para além de ter estado atento a todos os pormenores, ainda teve tempo de levar a casa, no seu carro um felgarense com uma crise de lombociatalgia tendo alguma dificuldade em caminhar.
Os nossos agradecimentos Pucareiros.
AC
Obrigado Cristino! Faltaram decerto muitos pormenores, pelo que está apenas o que vi. Desejo-te as melhoras rápidas, e que a próxima festa não seja tão dolorosa. Aquele abraço,
N.
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