domingo, 20 de fevereiro de 2011

Quadros da transmontaneidade (35)

Há ainda uma infinidade de “quadros” e “sentimentos”, que carrego no meu subconsciente e que reconheço como fazendo parte de uma cultura de um povo, e que, para o bem e para o mal me enformaram.
Agora, quando os releio aqueles que aqui editei, embora veja neles peças de uma cultura que todos nós transmontanos, de uma maneira ou outra, carregamos, mas, dizia eu, embora os considere como tal parecem-me peças desgarradas, sem nexo. É como se não se integrassem, como se estivessem descontextualizados. Por isso, decido aqui concluí-los, ou seja, talvez os continue a trazer ao meu consciente, pouco a pouco, talvez os continue a passar para o papel, mas ficarão à minha guarda até me parecer que estão todos eles integrados, até me parecer que, no seu todo, já podem dar uma imagem, mesmo que pálida, do tal conceito que chamamos “cultura transmontana”, se é que existe.


António Sá Gué

8 comentários:

Júlia Ribeiro disse...

Vou ter muita pena destes "Quadros", Sá Gué.

Para si, um grande abraço

Júlia

Júlia Ribeiro disse...

Nelson, Amigo, que é feito de si?
Espero que esteja bem de saúde.

Um abração
Júlia

Anónimo disse...

O seu poder descritivo e substância hão-de certamente trazer-nos algo de muito fortemente significativo - afinal todos compartilhamos desse indefinível sentimento de pertença. Obrigado António Sá Gué por nos recordar a nossa transmontaneidade - o que quer que ela seja como muito bem diz. Ficamos a espera .
Abraço amigo.
Daniel de Sousa

Anónimo disse...

Continuação de bom trabalho!
Ficamos realmente à espera de mais Quadros!

Obrigada pelo que tens partilhado connosco a propósito da nossa terra.

Abraço,
Isabel

Júlia Ribeiro disse...

Olá, Daniel e Isabel:
Sejam bem-aparecidos. Sei que o vosso tempo é precioso e, por isso, escasso o que podem dedicar a este espaço.

Abraços,
Júlia

MendoCorvo disse...

viva Drª. Júlia! ainda estou vivo, não se preocupe :) Só tenho andado algo ocupado e tenho seguido menos o blogue, mas espero poder voltar com mais assiduidade.
É pena este anúncio da interrupção dos "Quadros da Trasmontaneidade" do Sá Gué, que muito valorizam este espaço - e sempre lhe digo que estas Memórias têm piada por isso mesmo: são ocorrências que vêm à lembradura e que, como tal, são aqui partilhadas connosco. O nosso pensamento é linear e feito de "lembraduras", pelo que é impossível arrumá-lo em gavetas. Assim, em termos de tratamento editorial (e desde já fica o repto ao António Sá Gué), podes tentar essa arrumação, mas acho q isso não impede este tratamento mais diarístico, aqui no blogue, na medida das tuas possibilidades. Em nome da "trasmontaneidade" que a todos nos envolve, pensa nisso, ok?
abração e mais uma vez, os meus parabéns por esta tua secção literária, que é do melhor que já aqui foi dado à luz.
N.

António Sá Gué disse...

Olá, Isabel!

Compreendi perfeitamente o que dizes. Aliás, já comecei a sentir isso mesmo, mas a verdade é que sindo que todos esses quadros se enriqueceriam se, além desse sentimento de "transmontaneidade" que penso existirem em todos eles, houvesse algo que os atasse ainda mais. Aindá não encontrei essa fórmula, ando a pensar na possibilidade de num personagem a viajar pelos locais, uma figura que vá remmoendo esses pensamentos que vá integrando o tempo que sente fugir. Enfim...

António Sá Gué disse...

Como não consigo editar o comentário anterior, por isso venho, desta forma, corrigir o facto dele ser dirigido à "Isabel Mateus", quando em boa verdade foi o "MendoCorvo" a editá-lo.
Cabeça no ar... e dá nisto!
Abraço,