sexta-feira, 4 de maio de 2012

Comemoração do foral manuelino de Torre de Moncorvo - 5 de Maio

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Completam-se hoje, dia 4 de Maio, 500 anos sobre a atribuição do foral novo de Torre de Moncorvo, pelo rei D. Manuel I. Estes forais manuelinos, para além do reconhecimento do estatuto das antigas vilas, comportam uma tentativa de unificação dos direitos e obrigações dos povos, no sentido do reforço do poder central, à época representada pelo rei, no sentido de uma espécie e monarquia universal sonhada pelo rei Venturoso - daí a esfera armilar que normalmente surge na iconografia destes forais, tal como em outras obras do mesmo período, como é o caso do pelourinho de Moncorvo, de que existem duas peças, guardadas no átrio da Câmara Municipal.

Assim, no sentido de se assinalar este foral, o Município de Torre de Moncorvo promove, amanhã, Sábado, dia 5 de Maio, uma sessão evocativa da efeméride, com o lançamento de uma obra da Doutora Maria da Assunção Carqueja Rodrigues, ilustre investigadora do nosso concelho, autora de uma obra sobre os pergaminhos do Arquivo Histórico do nosso concelho.
Outras iniciativas estão igualmente previstas ao longo do ano, conforme o Cartaz das comemorações.

domingo, 29 de abril de 2012

Faleceu o Sr. Manuel "Pai-Nosso"

Manuel Rodrigues da Costa, mais conhecido pela alcunha de "Pai-Nosso", nasceu em Vila Marim, concelho de Mesão Frio, em 1935, tendo vindo com sua família para Torre de Moncorvo, nos inícios dos anos 50, à procura de trabalho nas nossas minas. Tal como seu pai, e seus irmãos Armindo e Arnaldo, foi mineiro ao serviço da Ferrominas. Começou aí como aguadeiro, tendo realizado depois todo o tipo de trabalhos, desde marreador, marteleiro e trasfega de minério.
Em 1966, numa fase já decadente das minas, acabou por sair da empresa e foi tentar a sorte em França. Regressou mais tarde e montou uma empresa de construção civil.
Homem muito conhecido e popular no concelho de Moncorvo, sobretudo pela sua devoção clubística pelo Futebol Clube do Porto (foi organizador de vários encontros de portistas), encontrava-se aposentado e com problemas de saúde em grande medida decorrentes do seu trabalho nas minas, com problemas respiratórios que o acompanharam pelo resto da vida.
Recentemente, em virtude do interesse suscitado pela hipotética reabertura das minas, o Sr. Manuel "Pai-Nosso" foi bastante procurado por repórteres de jornais, rádios e televisão, já que era um dos poucos pioneiros da Ferrominas ainda vivos. Deu várias entrevistas, tendo participado juntamente com seu irmão Arnaldo Costa e o colega Joaquim Vieira, na reportagem "Miragem do Ferro" de Victor Bandarra, apresentada pela TVI no dia 7.01.2012:  http://www.tvi24.iol.pt/aa---videos---sociedade/ferro-miragem-do-ferro-reportagem-tvi24-torre-de-moncorvo-mina/1315329-5795.html
O seu funeral realizou-se ontem, tendo a urna sido coberta com uma bandeira do clube da sua paixão, o FCP.

sábado, 21 de abril de 2012

Passeio Pedestre à capela de Senhora da Esperança

Está previsto para amanhã um passeio pedestre à capela de Nossa Senhora da Esperança, conforme programa constante do cartaz acima.
Este passeio vem sendo realizado desde 2008, numa iniciativa da Junta de Freguesia de Torre de Moncorvo, com objectivo de se recuperar a antiga tradição de se desfazer o folar, como acontecia na Segunda-feira da Pascoela. Por se tratar de dia de trabalho, a retoma da tradição passou a incidir no Domingo imediatamente anterior. Todavia, tanto o ano passado como no presente, por questões climatéricas, a organização resolveu adiar a actividade para o fim de semana subsequente.
A concentração dos participantes deverá efectuar-se junto da sede da Junta de Freguesia de Moncorvo (ao lado do Cine-teatro), pelas 14;30 horas.
PARTICIPEM!!

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Tipografia Globo é notícia!

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Em artigo subscrito por Sónia Santos (com foto de Rui Ferreira), o Jornal de Notícias de 17.04.2012 destacou a Tipografia Globo e o nosso conterrâneo Manuel Barros, como um "resistente tipógrafo" que ainda pratica a arte da composição tipográfica à maneira antiga. Como já em tempos sugerimos, seria interessante criar-se um Grupo de Amigos da Tipografia Globo, que divulgasse e preservasse este espaço, de forma a ajudar à sua sustentabilidade, já que a mesma tem sido notícia, quer na imprensa regional e nacional, além do nosso modesto contributo, como aqui fica patente: http://parm-moncorvo.blogspot.pt/2008/02/registo-fotogrfico-e-filmagem-da.html
http://torredemoncorvoinblog.blogspot.pt/2009/09/tipografia-globo.html
http://www.mensageironoticias.pt/noticia/313
Para encomendas de trabalhos, aqui fica o directório da empresa:
http://www.portugalio.com/tipografia-globo/

segunda-feira, 16 de abril de 2012

in memoriam Dr. Carlos Girão

Como se diz que um mal nunca vem só, quase a seguir ao Sr. Capela, faleceu este fim-de-semana o Dr. Carlos Girão, advogado e antigo professor da Escola Secundária de Torre de Moncorvo, de raízes felgarenses, embora natural de Pegarinhos, concelho de Alijó, onde nasceu em 17.10.1946.
Tendo-se licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, foi director da Casa Pia (secção de Pina Manique), regressando mais tarde (em 1979) às origens moncorvenses. Aqui, em colaboração com o Sr. Norberto Moreira, fez algumas emissões de rádio (fase "pirata") na então designada Rádio Roboredo, ainda antes de a mesma ser adquirida pela Associação Cultural, actividade que retomaria posteriormente. Entretanto, ia escrevendo também para a imprensa regional.
Poeta inspirado, deixou-nos um livro de poemas intitulado "Relógio de Bolso" (editado em 1999), em que evoca, entre outros temas, aspectos da vida moncorvense, de que recordamos aquele extraordinário poema dedicado à praça, nos anos 70.
Além do seu problema de saúde e amargurado pela perda de sua esposa, Drª Lourdes Girão, em Novembro de 2009, o Dr. Girão não aguentou mais, deixando também ele de passear nesta praça da Vida...

A seus filhos João e José e a toda a família enlutada, os nossos sentidos pêsames.
O funeral realiza-se hoje pelas 17:00 horas, na igreja matriz de Torre de Moncorvo, dirigindo-se depois em cortejo fúnebre até ao cemitério do Felgar, onde ficará em companhia de seu pai e esposa.
Na foto: Dr. Girão declamando um poema de sua autoria no Museu do Ferro/Moncorvo, em 2007.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Requiem a Capela


Após doença prolongada, faleceu António Manuel Capela, 61 anos, proprietário e fundador da Livraria Nova, ao largo Diogo de Sá, em Torre de Moncorvo.
Oriundo da Adeganha, viveu em Angola e no Brasil, até regressar à terra natal, onde foi presidente da Junta de Freguesia durante vários anos. Militante do PSD a cuja comissão concelhia pertenceu, fazia parte da Assembleia Municipal de Torre de Moncorvo.
Homem calmo e profissional atencioso, possuía muitos amigos, que agora inevitavelmente lamentam a sua partida.
À família enlutada, expressamos aqui as nossas condolências.

O funeral realiza-se amanhã, pelas 10 horas, devendo o corpo ficar sepultado no cemitério de Adeganha.

sábado, 24 de março de 2012

segunda-feira, 19 de março de 2012

Feriado Municipal de Torre de Moncorvo

Hoje, 19 de Março, dia de S. José, dia do Pai, e Feriado Municipal de Torre de Moncorvo, aqui fica um postal do momento da actuação da banda filarmónica do Felgar no adro da igreja matriz, pouco antes de se iniciar a procissão em honra de S. José.
Nestes aziagos tempos em que, em nome da "Santa Crise", se cortam feriados, os moncorvenses puderam ainda beneficiar deste prolongamento do seu fim-de-semana, o que lhes soube bem, mesmo sem foguetes.
Além da habitual homenagem aos funcionários aposentados e da missa de S. José, o feriado foi abrilhantado pela banda do Felgar, que, da parte da tarde, acompanhou a procissão.
Note-se que a padroeira de Moncorvo é a Senhora da Assunção, mas como o respectivo dia (15 de Agosto) é feriado a nível nacional, nos anos 80 do século XX o feriado municipal foi mudado para o dia de S. José.

terça-feira, 13 de março de 2012

"Quadros da Transmontaneidade" em livro - lançamento é no dia 23/03

(clicar sobre o cartaz, para o AMPLIAR)
De António Sá Gué, chegou a Obra há muito esperada: "Quadros da Transmontaneidade", que começou a germinar em alguns textos, esparsos, neste nosso blogue. O lançamento terá lugar no IX Encontro de Professores de Português do Douro Superior, mais uma vez promovido pela Escola Secundária de Torre de Moncorvo Dr. Ramiro Salgado (Agrupamento de Escolas de T. Moncorvo), no próximo dia 23 de Março, pelas 14:30h.
É autora do prefácio a Drª. Teresa Fernandes, professora de Português na Escola Secundária de Moncorvo.
Apenas para despertar o apetite, aqui fica este excerto, da contracapa:
"Este é um livro de sedimentos memoriais das gentes transmontanas. Não é nenhum levantamento etnológico, nem tão pouco um estudo antropológico do seu modus vivendi, como se possa pensar. É, antes de mais, um livro que fala da grandeza e da mesquinhez humana, de ressentimentos, de canseiras, dos tédios e das angústias que alimentam qualquer ser humano. É um livro que fala de montes elevados por emoções e dos vales profundamente escavados por sentimentos".
A não perder!!

terça-feira, 6 de março de 2012

flor

A flor e os zimbros, quais guardiões das tradicionais amendoeiras!

Um leve traço no céu.

                                                           Em fila, para a delícia do olhar.

N.B. Este ramalhete foi colhido no dia 4.2.2012, em Sequeiros, Açoreira, Torre de Moncorvo.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Livro: "Santos Júnior e os intelectuais galegos - epistolário"

Momento inicial da apresentação do livro
No âmbito das festividades da Amendoeira em Flor, teve lugar no passado sábado, dia 3 de Março, no auditório da Biblioteca Municipal, mais um evento cultural promovido pelo município de Torre de Moncorvo: a apresentação do livro "Santos Júnior e os intelectuais galegos - epistolário", de autoria do Prof. Doutor Isaac Alonso Estraviz, editado pela Fundação Meendinho (Galiza), com patrocínio da diputación provincial de Ourense.
A abertura da sessão solene coube ao Presidente da Câmara de Moncorvo, tendo felicitado o autor por esta publicação, salientando que a mesma teve por base o espólio documental do Professor Santos Júnior, oferecido pelos seus herdeiros ao município, e que se encontra devidamente acondicionado e preservado no Centro de Memória de Torre de Moncorvo.
Seguidamente, em nome da família do Professor Santos Júnior, o Sr. Norberto Santos também se congratulou pela publicação, que vem tornar patente o imenso carinho que seu pai tinha pela Galiza, e os fortes laços de amizade com investigadores e intelectuais do noroeste peninsular, com quem se correspondia regularmente, trocando também as suas publicações.

O autor, Isaac Alonso Estraviz, durante a apresentação

De seguida, o autor, Isaac Alonso Estraviz, começou por oferecer ao Centro de Memória uma gravação (audio) com a voz de Santos Júnior durante uma homenagem que lhe foi feita na Universidade de Santiago de Compostela, em 1962, por iniciativa de seu amigo Otero Pedrayo, um dos muitos intelectuais galegos com quem mantinha correspondência, como se vê epistolário agora editado. Isaac Estraviz referiu-se largamente à luta pela afirmação da língua galega por essa geração de que Santos Júnior fez parte, desde os anos 20 e 30 do séc. XX, prolongando-se ainda pelas décadas seguintes. Essa geração, que tinha por referência Rosalía de Castro, a quem Santos Júnior chamava a "santa Rosalía" ou a "Santinha" das letras galegas, teve vultos da maior importância, quer no ambito da Literatura, como da Etnologia, História e Arqueologia, tais como Vicente Risco (1884-1963), Florentino Lopez Cuevillas (1901-1973), Joaquim Lorenzo Fernandez, Taboada Chivite, Figueira Valverde, todos representados neste epistolário, além de muitos outros.

O livro, de 784 páginas, inclui, na parte introdutória, uma interessante nota biográfica de Santos Júnior, de autoria de sua neta, a Prof. Doutora Ana Maria Santos Hübner. Segue-se uma abordagem à sua obra, por Isaac Estraviz, em que põe em evidência a sua relação com o meio cultural galego, sobretudo antes de enveredar pelos estudos ultramarinos, quer em Moçambique, quer em Angola. Na parte do Epistolário a correspondência foi organizada por remetente/destinatário (houve algumas recolhas em arquivos galegos), de forma cronológica. capa do livro

Importa referir que Joaquim Rodrigues dos Santos Júnior (1901-1990) era natural de Barcelos, mas viria a manter uma longa relação com Torre de Moncorvo, em virtude do seu casamento (em 1920) com uma moncorvense, a Srª. D. Judite Campos, filha do proprietário da Quinta Judite, cuja casa ainda hoje se mantém na posse da família. Desde então repartia as suas estadias entre Águas Santas (Maia), onde possuía a Quinta da Caverneira, e a casa de Moncorvo, aqui sobretudo nas férias. Tendo-se licenciado em medicina, viria a ser professor catedrático da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e deixou uma extensa obra como zoólogo, ornitólogo, antropólogo, etnógrafo e arqueólogo. A sua biblioteca e abundante espólio documental viria a ser doado pela Família, ao Centro de Memória de Torre de Moncorvo, nos anos 90 do século XX.

Quanto ao organizador da obra, Isaac Alonso Estraviz, nasceu na Galiza em 1935, sendo licenciado em Filosofia pela Universidade de Comillas, em Filosofia e Letras e em Filologia Românica pela Univ. Complutense de Madrid, diplomado em Cultura e Língua Portuguesa pela Universidade de Lisboa e Doutorado em Filologia Galega pela Universidade de Santiago de Compostela. Leccionou Língua e Literatura Galegas em Madrid e na Galiza. Desde os anos 90 foi professor associado da Universidade de Vigo. É membro da Comissão Linguística da Associação Galega da Língua, Vice-Presidente da Academia Galega da Língua Portuguesa, do conselho de redacção da revista Agália e do Boletim da Academia Galega de Língua Portuguesa (AGLP). É autor das seguintes obras: Dicionário de Língua Galega, Estudos Filológicos Galego portugueses e do Dicionário de Língua Galego-portuguesa, Os Intelectuais Galegos e Teixeira de Pascoais – Epistolário, e Eugénio de Castro e a Galiza – Epistolário ambos com a colaboração de Eloísa Álvarez.

Txt. e fotos de N.Campos

quinta-feira, 1 de março de 2012

grupo de Teatro Alma de Ferro, em Mondim de Basto

De 3 a 24 de Março decorre em Mondim de Basto, a 3ª edição do Festival Nacional de Teatro Amador – Miguel Torga.
A Casa da Cultura será o palco das 11 apresentações que durante todo o Meses prometem animar os serões da população mondinense. A introdução de Espectáculos pelo público infantil é a novidade deste ano.
Integram o cartaz desta 3ª edição companhias de teatro de diferentes zonas do país, nomeadamente, Teatro Experimental de Mortágua, OFITEIA (Favaios), Tâmega (Mondim de Basto), Teatro Experimental Flaviense (Chaves), URZE (Vila Real), Grupo de Teatro Alma de Ferro (Torre de Moncorvo), Associação Clube Jazz de Baltar (Paredes) e TAM (Mondim de Basto).
O III Festival Nacional de Teatro Amador – Miguel Torga, é uma iniciativa do Teatro Amador Mondinense com o apoio da Câmara Municipal de Mondim de Basto, da Fundação INATEL e de empresas locais. Este é o endereço onde poderás ver o programa sobre o festival nacional de teatro amador que se realiza em Mondim de Basto: http://municipio.mondimdebasto.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=691%3Aiii-festival-nacional-de-teatro-amador--miguel-torga-arranca-em-marco&catid=2%3Anoticias&Itemid=1