sexta-feira, 20 de julho de 2012

Este fim de semana: 2º Festival das Migas e Peixe do Rio, na Foz do Sabor

Organizado pela ACIM (Associação de Comerciantes e Industriais de Torre de Moncorvo) e pelo município de Torre de Moncorvo, começou já o 2ª Festival de Migas e Peixes do Rio, na praia fluvial da Foz do Sabor, prolongando-se até Domingo (dia 22 de Julho).
Aqui fica a proposta para este fim-de-semana!
Consultar o Cartaz, ou, para saber mais:
http://www.torredemoncorvo.pt/2-festival-das-migas-e-do-peixe-do-rio

O fogo da Adeganha

Entre os vários fogos que têm assolado a região nos últimos dias, destacamos o da Adeganha, por se localizar aqui bem perto, no nosso concelho. Foi ontem, e aqui fica a reportagem que nos foi enviada pelo adeganhense Sr. Rui Vilela, e a quem agradecemos:
Nesta última foto ainda resta uma nesga de verde ao fundo... que seja um pequeno verde de Esperança numa rápida regeneração - que não apaga a fealdade das terras e fragas calcinadas...
Esperando que não tenha havido danos de maior, a nossa solidariedade para com o povo da Adeganha.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Malhada tradicional em Adeganha

Foto de Camané Ricardo
Realizou-se no passado fim de semana, em Adeganha, entre outras actividades, uma recriação das segadas e malhadas de cereal, que se realizavam noutros tempos (antes dos anos 80 do século XX).Estas actividades foram organizadas pela Junta de Freguesia de Adeganha e grupo de Amigos de Adeganha, com participação da população. 
Aqui fica o registo, pela objectiva do nosso amigo Camané Ricardo, membro do grupo de teatro Alma de Ferro, que também participou activamente nesta jornada e a quem agradecemos.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Adeganha - actividades várias e visita guiada à igreja matriz neste fim de semana

Realizam-se no próximo sábado, dia 14 de Julho, um conjunto de actividades culturais em Adeganha, promovidas pela Junta de Freguesia e pelo grupo Amigos da Adeganha. O programa principia às 9;30h, com recepção e boas vindas, a que se seguem, após a Eucaristia celebrada pelo pároco local, uma série de actividades simultâneas em vários espaços da aldeia: exposições, projecção de documentários, bailes tradicionais, passeios de burro, oficinas artesanais (apicultura, lã, sabão), com destaque para a recriação de uma segada e malhada do cereal.
Ainda em Adeganha, nos dias 14 e 15, pelas 16:00h será feita uma apresentação sobre a igreja de Adeganha, seguida de visita guiada ao interior e exterior da mesma, no âmbito do progama de Visitas Guiadas ao Património Monumental do Leste Trasmontano, promovido pela Direcção Regional de Cultura do Norte - ver aqui:  http://culturanorte.pt/destaques,0,565.aspx
Como se sabe, a igreja de Adeganha é um templo tardo-românico classificado como Monumento Nacional desde 1944, sobre o qual pouco se sabe, por falta de registos escritos para a fase mais recuada (século XIII? ou já XIV?). No entanto, o seu enquadramento no contexto da povoação, de fácies granítico, rodeada de cedros e oliveiras, velando pelos ancestrais que dormem no seu campo santo (antigo e recente), abrigo dos que resistem e nostalgia dos que partiram, fazem desta igreja mais do que um monumento pétreo. Ela é a pedra de toque de um povoado que já conheceu melhores dias, e que cumpre a triste sina de um interior rural em extinção.
Por todos os motivos e mais este, e porque Adeganha merece, fica esta sugestão de visita para este fim de semana.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Visitas guiadas a Monumentos principia pela igreja matriz de Moncorvo

Principia no próximo fim-de-semana um programa de Visitas ao Património Monumental do Leste Trasmontano, promovido pela Direcção Regional da Cultura do Norte.

Este programa vai decorrer no período de férias de Verão, com uma 1ª fase em Julho/início de Agosto e, numa 2ª fase, em Setembro.

O primeiro monumento a ser visitado é a igreja matriz de Torre de Moncorvo, já no próximo Sábado, dia 30 de Junho (com repetição no dia 1 de Julho), pelas 16:00h, sendo a visita orientada por um ténico superior da Direcção Regional de Cultura e por Eugénio Cavalheiro, co-autor de uma monografia sobre este importante monumento nacional (classificado como tal desde 1910).

Poderá efectuar a sua inscrição através do telef. nº. 22 619 78 96 (das 9 às 13 horas dos dias úteis)

Ver mais em: http://www.culturanorte.pt/destaques,0,552.aspx

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Nossa Senhora do Coberto ou Virgem de Guadalupe sob o alpendre lateral da igreja matriz de Moncorvo

Sob o alpendre do lado Sul da igreja matriz de Torre de Moncorvo existia nos inícios do séc. XVIII uma imagem conhecida por Nossa Senhora da Vela, mais tarde denominada por Nossa Senhora do Coberto (cf. Eugénio Cavalheiro e N. Rebanda, "A igreja matriz de Torre de Moncorvo", 1998, p. 71). É possivel que tenha havido uma substituição da imagem ainda no século XVIII.   A imagem actual, que até há pouco mal se reconhecia devido à sujidade que se acumulara no vidro que protegia o nicho, tem os atributos de uma Senhora da Conceição (Nossa Senhora assente sobre o globo do mundo, com anjos aos pés, meia-lua ou chifres do demo virados para baixo e a Serpe ou dragão na base do conjunto). Há, porém, uma particularidade que a distingue da representação corrente da Senhora da Conceição, e que é o resplendor de pontas flamejantes que sobressaem da parte de trás do seu manto, assim como da auréola que envolve a cabeça, irradiando de uma espécie de tiara decorada com losangos. Estes atributos confirmam tratar-se, efectivamente, de Nossa Senhora de Guadalupe, como há muitos anos nos informou o nosso amigo Sr. Júlio Dias, mais conhecido pelo Sr. Júlio "Sacristão", que foi também guarda da igreja afecto ao quadro da Direcção Geral dos Monumentos Nacionais.
Há a registar, no entanto, a particularidade desta imagem representar uma Senhora de longos cabelos loiros, quando a Virgem de Guadalupe normalmente se apresenta de cabelos negros, ou, no mínimo, castanhos. Outra questão que subsiste é o da datação da imagem, pois parece ter sido alvo de repinte, ou no século XIX ou já no século XX. O talhe dos anjos, algo rústicos, tal como do dragão, parece indiciar obra antiga, talvez do século XVII ou XVIII. Terá ocorrido uma "reciclagem" de uma Senhora da Conceição (e porque não da antiga Senhora da Vela?), com o objectivo de se adaptar a imagem ao culto da Senhora de Guadalupe? Sabe-se que esta devoção se expandiu significativamente ao longo do século XIX, a partir de Espanha. De facto, parece notar-se sobre o nicho uma data pintada: 18..8??
O culto de Senhora de Guadalupe, principiou ainda no século XVI, no seguimento do aparecimento da Senhora a um índio chamado Cuauhtlatoatzin, baptizado como Juan Diego, em Tepeyac (México), tendo sido considerada padroeira da Cidade do México desde 1737, e de todo o México em 1895. Para saber mais, ver aqui: http://pt.wikipedia.org/wiki/Nossa_Senhora_de_Guadalupe

Permanece ainda a questão do porquê deste culto na igreja matriz de Torre de Moncorvo, ainda que sobre uma porta lateral? - Teria sido por influência de algum "brasileiro" de torna viagem, já que Senhora de Guadalupe era venerada por toda a América Latina? (aliás, é padroeira da América Latina desde 1945 e Imperatriz da América desde 2000).
Ficam estas questões como mais um pretexto de visita à nossa igreja, após a limpeza da imagem e substituição do vidro do nicho do alpendre da Senhora do Coberto (como se continua a chamar), recentemente efectuada por empresa da especialidade ao serviço da Direcção Regional da Cultura do Norte que acompanhou a intervenção através das suas técnicas superiores de Conservação e Restauro. Foram ainda colocadas pontas metálicas ao longo de todas as saliências sob o alpendre, de forma a impedir a concentração de pombas, cujos dejectos são nocivos à conservação do património pétreo.

Txt.: N.Campos; foto: N.Campos/DRC-N.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Exposição "Património no território" na Biblioteca Municipal de Torre de Moncorvo

Encontra-se patente na Biblioteca Municipal de Torre de Moncorvo a exposição "Património no Território", organizada pela Direcção Regional da Cultura do Norte. Esta exposição consta de vários painéis onde correm diaporamas sobre vários monumentos do Norte de Portugal, entre os quais a igreja matriz de Torre de Moncorvo.
Instalada no átrio e interior do 1º piso da Biblioteca Municipal, esta exposição pode ainda ser visitada até à próxima sexta-feira.
                               
A Direcção Regional da Cultura do Norte é o organismo da Secretaria de Estado da Cultura que tem por missão a salvaguarda, protecção e divulgação do património classificado da Região Norte. O objecto desta exposição consiste na mostra de vários monumentos emblemáticos da sua área de intervenção, que foram alvo de acções de conservação e valorização nos últimos anos, alguns dos quais dispõem de guardaria e informação disponível, podendo ser visitados regularmente. Noutros casos as visitas podem ser efectuadas por marcação.
Para mais informações, visite o "site" da DRC-N: http://culturanorte.pt/pagina,1,12.aspx

Txt. e fotos: N.Campos

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Cores

Figo palmeiro ou figo da Índia em flor.


Captura de uma família de pintassilgos e da própria casa. Uma atitude sem cor!

terça-feira, 5 de junho de 2012

Exposição

                                           Uma exposição naturalmente cativante. Visite-a!

quarta-feira, 23 de maio de 2012

"Hortas comunitárias" em Moncorvo

Decorreu no passado sábado, dia 19 de Maio, a sessão de entrega, a vários munícipes, de vários talhões para cultivo hortícola, no lado Nascente do bairro do Montesinho. Trata-se de uma iniciativa altamente louvável do município de Torre de Moncorvo, considerando os tempos de crise que se vivem, para além de promover uma actividade que infelizmente tem sido bastante depreciada nos últimos decénios: a Agricultura.
Ainda para além destes aspectos sociais e utilitários, podemos ainda acrescentar outra vantagem, a do bem-estar físico e psíquico. Quando muita gente paga para frequentar ginásios, a fim de desgastar calorias e fazer exercício físico, sem outra contrapartida que não seja a da manutenção da forma e das linhas, julgamos que esta pode ser também uma maneira de, aliando o útil ao agradável, se garantir uma maior elasticidade dos movimentos, para além de combater o "stress" do dia-a-dia, agudizado pela insegurança, pelo medo da crise, e de que falte algo para a panela.
Quanto à localização, é de salientar que a implantação num vale, ao fundo dos antigos terrenos da Quinta Judite, onde há alguma frescura resultante da presença de linhas de água subterrâneas (oriundas da serra), além de fontes, e da possibilidade de regadio por gravidade, não poderia ser melhor escolhida para esta função. Tratando-se de um espaço que o município já havia adquirido para o parque urbano da vila, e que se encontrava entretanto sub-aproveitado, esta foi uma boa forma de o rentabilizar enquanto não surge a possibilidade de aí se implementarem outros projectos.
Realçamos que o grande paladino da implementação das hortas ecológicas, o Arquitecto Ribeiro Telles, desde há muitos anos, sempre salientou a necessidade da preservação dos espaços verdes no meio das selvas de betão citadinas. Não sofrendo a vila de uma tão grande pressão urbanística, todavia é preciso não esquecer que, desde os anos 70 do séc. XX, foram vários os espaços hortícolas entretanto destruídos, cedendo lugar à construção. Quem se lembra, por exemplo, que havia hortas nas Aveleiras (junto à sede da ACIM, onde se realiza a feira - eram as "hortas do Montenegro"), e no actual largo da República? ou onde se encontra o bairro da Romazeira? ou na zona do Mercado, Caixa Geral de Depósitos/Finanças/ delegação do MAP? para não falar na própria Qtª. Judite?
Assim, a criação desta zona verde, para mais com funções hortícolas, é uma iniciativa altamente meritória, sendo de felicitar os responsáveis autárquicos, em especial o Presidente da Câmara e a vereadora responsável pelos espaços verdes, Engª. Alexandra Sá.

- Para mais informações, ver aqui:  http://www.torredemoncorvo.pt/hortas-comunitarias-sustentaveis-de-torre-de-moncorvo-ja-beneficiam-50-familias

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Hoje, Dia Internacional dos Museus, dezenas de visitantes no Museu do Ferro!

Cerca de meia centena de pessoas visitaram hoje, dia 18 de Maio (dia mundial dos Museus), o nosso Museu do Ferro, em Moncorvo. Além de grupos de alunos dos Jardins-Escola e de um conjunto de idosos do Lar de Carviçais, outras pessoas aproveitaram também para visitar o museu, nesta data.
Para alguns alunos do Agrupamento de Escolas que não puderam estar presentes, o Museu foi à Escola, tendo-se realizado aí, da parte da manhã, na Biblioteca Escolar, uma palestra sobre o Museu e seus conteúdos, na sua relação com a história das minas de ferro de Moncorvo e perspectivas de futuro, acção que esteve a cargo de um colaborador do museu.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Missa e procissão assinalam a reabertura da capela de Srª. de Fátima e S. João, em Moncorvo

Após significativas obras de restauro realizadas pela Junta de Freguesia de Torre de Moncorvo, aqui se apresenta o cartaz da capela de Nossa Senhora de Fátima (e S. João Baptista), anunciando o programa das celebrações, que se realizarão amanhã, dia 11 de Maio, com uma missa que será celebrada na capela (às 20;30h)  a que se seguirá a Procissão das Velas (21:00h).
Salientamos que a associação desta capela à Senhora de Fátima só ocorreu no século XX (anos 40?), pois até aí era apenas dedicada a S. João Baptista. Construída talvez no século XVIII, ao fundo da cerca do antigo convento franciscano, ainda no século XVIII se fazia aqui uma importante festa, no dia de S, João, em que se realizavam uma espécie de torneios a cavalo (as "cavalhadas" ou "mouriscadas", com saída de S. Jorge a cavalo).
Actualmente a capela é património da Junta de Freguesia de Torre de Moncorvo e aí se guarda, além da imagem (antiga) de S. João Baptista, as imagens de Srª. de Fátima e, mais recentemente, a de S. José, que costuma sair nas procissões do feriado municipal.
Aqui fica o registo dos trabalhos realizados o ano passado:
                                     
Capela de N. Srª. de Fátima - vista do exterior durante as obras (Julho/2011)
                                     
Vista do interior, durante as mesmas obras.

Créditos das imagens: Cartaz - cedido pela Junta de Freguesia de Torre de Moncorvo; Fotos - N.Campos

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Comemoração do foral manuelino de Torre de Moncorvo - 5 de Maio

(clicar sobre a imagem para AMPLIAR)
Completam-se hoje, dia 4 de Maio, 500 anos sobre a atribuição do foral novo de Torre de Moncorvo, pelo rei D. Manuel I. Estes forais manuelinos, para além do reconhecimento do estatuto das antigas vilas, comportam uma tentativa de unificação dos direitos e obrigações dos povos, no sentido do reforço do poder central, à época representada pelo rei, no sentido de uma espécie e monarquia universal sonhada pelo rei Venturoso - daí a esfera armilar que normalmente surge na iconografia destes forais, tal como em outras obras do mesmo período, como é o caso do pelourinho de Moncorvo, de que existem duas peças, guardadas no átrio da Câmara Municipal.

Assim, no sentido de se assinalar este foral, o Município de Torre de Moncorvo promove, amanhã, Sábado, dia 5 de Maio, uma sessão evocativa da efeméride, com o lançamento de uma obra da Doutora Maria da Assunção Carqueja Rodrigues, ilustre investigadora do nosso concelho, autora de uma obra sobre os pergaminhos do Arquivo Histórico do nosso concelho.
Outras iniciativas estão igualmente previstas ao longo do ano, conforme o Cartaz das comemorações.

domingo, 29 de abril de 2012

Faleceu o Sr. Manuel "Pai-Nosso"

Manuel Rodrigues da Costa, mais conhecido pela alcunha de "Pai-Nosso", nasceu em Vila Marim, concelho de Mesão Frio, em 1935, tendo vindo com sua família para Torre de Moncorvo, nos inícios dos anos 50, à procura de trabalho nas nossas minas. Tal como seu pai, e seus irmãos Armindo e Arnaldo, foi mineiro ao serviço da Ferrominas. Começou aí como aguadeiro, tendo realizado depois todo o tipo de trabalhos, desde marreador, marteleiro e trasfega de minério.
Em 1966, numa fase já decadente das minas, acabou por sair da empresa e foi tentar a sorte em França. Regressou mais tarde e montou uma empresa de construção civil.
Homem muito conhecido e popular no concelho de Moncorvo, sobretudo pela sua devoção clubística pelo Futebol Clube do Porto (foi organizador de vários encontros de portistas), encontrava-se aposentado e com problemas de saúde em grande medida decorrentes do seu trabalho nas minas, com problemas respiratórios que o acompanharam pelo resto da vida.
Recentemente, em virtude do interesse suscitado pela hipotética reabertura das minas, o Sr. Manuel "Pai-Nosso" foi bastante procurado por repórteres de jornais, rádios e televisão, já que era um dos poucos pioneiros da Ferrominas ainda vivos. Deu várias entrevistas, tendo participado juntamente com seu irmão Arnaldo Costa e o colega Joaquim Vieira, na reportagem "Miragem do Ferro" de Victor Bandarra, apresentada pela TVI no dia 7.01.2012:  http://www.tvi24.iol.pt/aa---videos---sociedade/ferro-miragem-do-ferro-reportagem-tvi24-torre-de-moncorvo-mina/1315329-5795.html
O seu funeral realizou-se ontem, tendo a urna sido coberta com uma bandeira do clube da sua paixão, o FCP.