sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Exposição FERROMINAS.1957 inaugurada no passado dia 7 de Agosto

Foi inaugurada no passado dia 7, pelas 15:30 horas, a fotográfica “Ferrominas.1957”, organizada a partir de uma série de fotografias a cores do ano de 1957 (no auge dos trabalhos da empresa mineira Ferrominas), sendo autor o falecido Engº. Gabriel Monteiro de Barros (ver nosso “post” de 4.08.2010). Sessão de boas-vindas, na galeria do rés-do-chão do Museu (foto Patrick Esteves/Foto Bento)

Esta colecção faz parte do Fundo Engº. Gabriel Monteiro de Barros o qual integra o Centro de Documentação do Museu do Ferro (biblioteca temática e arquivo), tendo-se constituído recentemente, mediante uma preciosa doação do Sr. Engº. João Pedro Monteiro de Barros e esposa, Drª. Maria de Fátima Goulão da Costa Brito Cabral, familiares e herdeiros do Engº. Gabriel M. de Barros.
O objectivo desta exposição, além de ser o de se darem a conhecer os fundos do Museu, mostrando a realidade mineira de outros tempos, procura também uma maior identificação dos antigos trabalhadores das minas com este espaço cultural, além de um certo contexto de oportunidade, decorrente do facto de se terem retomado prospecções geológicas na zona mineira de Moncorvo, como salientou o Presidente da Câmara, Engº. Aires Ferreira, no momento da recepção.

Momento inaugural da Exposição, no auditório do Museu (Foto de Patrick Esteves/Foto Bento)

A inauguração contou ainda com a presença do Engº. João Pedro Monteiro de Barros Cabral e esposa (doadores das fotografias e demais espólio) e ainda o Engº. Fernando Mello Mendes e seus familiares, sendo de destacar que o Engº. Mello Mendes (que há dias completou os 85 anos), professor jubilado do Instituto Superior Técnico, além de colega e primo do Engº. G. Monteiro de Barros é o último dos pioneiros da Ferrominas que viveu a odisseia da constituição desta empresa. Como disse no seu discurso, aqui trabalhou entre 1951 e 1953, não tendo voltado a Torre de Moncorvo até agora. Soubemos ainda que foi autor de algumas das fotografias que estão patentes na Sala do Ferro do Museu.

Engº. João Pedro Monteiro de Barros Cabral no uso da palavra, tendo à sua direita o Engº. Mello Mendes, Sr. Teodorico Carriço e outros antigos trabalhadores da Ferrominas (Foto Patrick Esteves/Foto Bento)

Foram ainda muitos os antigos trabalhadores das Ferrominas que não quiseram perder esta oportunidade de reviver velhos tempos e reencontrar antigos colegas, já que alguns se encontram emigrados. No entanto, poucos são os que ainda se recordam dos trabalhos dos anos 50, tal como os senhores Teodorico Carriço (chefe de oficinas), um homem que trocou Lisboa por Moncorvo (e cá continua a residir, no Carvalhal), e Manuel Costa (mais conhecido por "Pai Nosso"), que veio das bandas do Douro (Mesão Frio) e que também por cá ficou.


Aspecto geral da exposição (Foto N.Campos/MF&RM)

Além das ampliações fotográficas a cores que compõem a exposição, muitas outras (a preto e branco) foram apresentadas num pequeno écran, através de um diaporama elaborado em MoovieMaker. Completam a exposição uma pequena forja portátil de rodízio, a qual servia para aguçar os ferros e as picaretas nas frentes de desmonte, e um conjunto de soldador, para reparação de viaturas e máquinas - objectos que foram recentemente oferecidos por antigos trabalhadores das minas, o que revela que o Museu continua a merecer a atenção e o carinho dos seus primeiros destinatários.


Outro aspecto da exposição, vendo-se um expositor com equipamento de soldador (foto N.Campos/MF&RM)

Ainda no contexto da exposição esteve patente num computador portátil uma base de dados com mais de um milhar de nomes de antigos trabalhadores das minas, fichas essas que têm vindo a ser enriquecidas com uma série de informações, nomeadamente sobre o quotidiano mineiro, que os mineiros ou seus descendentes têm prestado. Esta é uma das vertentes de trabalho que o Museu tem desenvolvido de há uns anos a esta parte, pretendendo agora intensificar os registos em suporte audiovisual.

Aspecto de uma sequência de fotografias que compõem a exposição (foto N.Campos/MF&RM)
No final do percurso encontra-se uma vitrina com diversos produtos de "merchandising" que os visitantes podem adquirir, desde uma bela colecção de postais com aspectos representados em fotografias expostas, "t-shirts", marcadores de livros e um documentário em DVD produzido em 2009 (realização de Marcos Prata).

Uma das fotografias patentes na exposição: mina da Carvalhosa, exploração a céu aberto (foto do Engº. Gabriel M. de Barros, 1957 - Arquivo do MF&RM)

A exposição pode ser visitada todos os dias (excepto segundas-feiras), no horário de funcionamento do Museu: 10:00-12:30 horas e das 14:00-18:00 horas. A entrada é gratuita!
Aqui fica a nossa proposta para este período de férias e de festas da vila e do concelho!

1 comentário:

Anónimo disse...

Uma magnífica exposição, sim senhor!
Vi, gostei e recomendo, sobretudo para quem não viveu ou já não se lembra do tempo das minas de Moncorvo.

Com um abraço de uma Musa em Férias