segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Felgar - mau tempo derrubou sobreiro centenário

Como aqui se prova, nem sempre as árvores morrem de pé...
O mau tempo que se fez sentir na noite de 7 para 8 de Janeiro do corrente ano, com chuva e fortes ventos, provocou a queda de um velho sobreiro existente no adro do santuário de N. Srª. do Amparo.


Em comunicado divulgado aos felgarenses, o presidente da Associação da Mordomia do Santuário de Nossa Senhora do Amparo, José A. Rachado, exprime a tristeza daquela associação, responsável pelo espaço, pela queda da árvore, anunciando uma reunião para a resolução do problema (remoção do sobreiro e o que recolocar no seu lugar).

Considerando o seu porte, o sobreiro da Senhora do Amparo poderia ter mais de 100 anos. É possível que tenha surgido de geração espontânea, pois desde as vertentes do rio Sabor até à cota em que se encontra o Felgar, o sobreiro é uma espécie endémica. A duração média de vida de um sobreiro (cuja denominação científica é "quercus suber") pode oscilar entre os 170 e 200 anos. Assim, é até possível que a árvore derrubada tenha assistido à construção do santuário, nos finais do século XIX. Se isso não é certo, pelo menos viu passar muitas procissões neste adro, e à sua sombra decerto merendaram e descansaram milhares de romeiros, ao longo de tantos anos.

Independentemente de qual seja a decisão da Mordomia da Senhora do Amparo, quanto a nós, já que se tratava de uma árvore majestática, dever-se-ia aplicar o velho princípio de "rei morto, rei posto!" - monarquias à parte, um novo sobreiro, com data registada para conhecimento da posteridade: 2011.
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Outros sobreiros célebres ou imponentes no concelho de Torre de Moncorvo:
1) sobreiro da meia-légua, junto do caminho velho que ia de Torre de Moncorvo para a ponte do Sabor (freguesia de Torre de Moncorvo, junto à antiga Estrada Nacional, antes do desvio para a Qtª. da Laranjeira);
2) sobreiro de grande porte junto ao caminho da Srª da Esperança para os eucaliptos da Ventosa;
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Manchas de sobreiros com alguma dimensão:
1) sobre a Quinta de Água, da parte de cima da E.N. 220, até ao Calhoal;
2) encostas da Lousa, onde havia extractores e negociantes de cortiça;
3) encosta sobranceira à aldeia de Maçores, junto à estrada que vai de Felgueiras.
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quem souber mais que acrescente.
Txt.: N.Campos
Origem das fotos: comunicado da Associação de Mordomia do Santuário de N. Srª. do Amparo do Felgar.

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