terça-feira, 17 de maio de 2011

Quadros da Emigração – Ósculo

Chamando-se Castanheirinho,
Inertes Lhe morreram as galhadas tenras.

Pejado pela chuva e ventoso,
O ósculo chegara-Lhe numa manhã de Abril,
Pela boca voraz e o riso aparatoso
Do pleno ribombar da euforia primaveril.

Chamando-se Castanheirinho,
Inertes Lhe morreram as tenras galhadas.

Ficava a (outra) Vergôntea a tremeluzir
A fragilidade translúcida da verdura
Que, sob os raios de luz, se veio a traduzir
Numa imagem real de candura:

É o ventre do minério rasgado da Serra
Que de novo procria,
É o bafejo doce, cálido e fulvo da terra
Que tudo recria!

Chamando-se Castanheirinho,
Também Lhe (re)nasceram galhadas tenras...


4 comentários:

Anónimo disse...

Que o Castanheirinho da Isabel possa medrar e fazer-se grande, forte, robusto, como deve ser um castanheirão!... E que os netos da Giulliana ainda dele possam um dia comer castanhas, sinal que não terão perdido o caminho das Quintas!
Que quem castanheiros planta, nos seus netos pensa, considerando o ritmo de crescimento lento desta árvore, como lá dizia uma consabida lição dos livros da escola primária dos antigamentes... (nada que se compadeça com a aceleração destes tempos tão vorazes que fazem da efemeridade a sua marca).
abraço para essa ilha grande,
n.

Anónimo disse...

Viva, N.!

Pelo menos que fiquem as castanhas para filhos e netos e que não se perca "o caminhos das Quintas"!

Abraço maior aí para a nossa Terra.

Isabel

Júlia Ribeiro disse...

Olá, Isabel:
Já tem uma filha linda, já escreveu uma data de livros e agora plantou um castanheiro ! Uma vida em pleno !

Saúde, êxito e tudo de BOM para a Família.

Júlia

Anónimo disse...

Olá, Júlia!

Obrigada pelas suas palavras.
Desejo-lhe igualmente tudo de Muito Bom!

Abraço,
Isabel