terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Maçonaria e República em Trás-os-Montes e Alto Douro, por Rogério Rodrigues - VI

(Continuação do post anterior)

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Distrito de Vila Real:

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Antão Fernandes de Carvalho

Nasceu na Régua, 1871; morreu em 1948.

Iniciou-se em 1907 no triângulo 91 da Régua. Em 1911 filiou-se na loja Montanha, do Porto.

Esteve sempre ligado ao Partido Democrático.

Foi secretário de Estado do Comércio, subsecretário de Estado da Presidência, ministro da Agricultura no Governo de Manuel Maria Coelho e Maia Pinto, o governo que sucedeu à "Noite Sangrenta".

Presidente da Comissão da Viticultura da Região do Douro, durante 10 anos, demitindo-se em 1926.

Torcato Magalhães, outro dos paladinos do Douro, chamou-lhe o João das Regras do Douro.

Importante na história do Douro. Em 1915 grassava a fome, o tratado de comércio com a Inglaterra era prejudicial aos interesses dos produtores do vinho do Porto, o que provocou no meio, uma guerra sem quartel.

A Casa do Douro e toda esta região devem muito ao maçon Antão de Carvalho.

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Adelino Gonçalves da Silva Samardã

N. em Vila Real, 1863; morreu em 1929.

Foi organizador da Carbonária na região transmontana, com António Granjo. Tornando-se Vila Real um dos núcleos mais importantes da Carbonária em todo o norte do País.

Foi governador civil.

Tolerante para com os monárquicos como Teixeira de Sousa, o último presidente do Conselho da Monarquia, natural de Sabrosa e José Maria Alpoim ao que alguns sustentam um dos fornecedores de dinheiro e armas para o regicídio.

Arqueólogo, jornalista e político, implantada a República constitui com António Granjo, Antão de Carvalho e Carlos Ritcher a primeira Comissão Republicana Distrital.

Nota bibliográfica: alguns elementos sobre A. Samardã forma recolhidos em Vila Real –Roteiros Republicanos (ed.Quidnovi), de autoria de Joaquim Ribeiro Aires.

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António Granjo

N. em Chaves, em 1881; morreu em 1921. Filho de um curtidor de peles de Carção.

Advogado, jornalista, político, combateu em França como alferes miliciano.

Organizador do movimento anti-monárquico de 1911. Foi ministro da Justiça, do Interior e da Agricultura, do Comércio e duas vezes Presidente do Conselho foi assassinado na "Noite Sangrenta" por Abel Olímpio, natural dos Estevais, concelho de Moncorvo.

Foi iniciado em 1911 no triângulo de Santa Marta de Penaguião, com o n.s. Buffon. Mudou-se depois para a loja Cavalheiros da Paz e Concórdia de Lisboa e manteve ligações à Maçonaria até ao fim da sua vida. Foi director do "República".

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Alfredo de Araújo Mourão

N. Vila Verde da Raia/Chaves, 1874; morreu em Lisboa, 1960

Comerciante, proprietário da pastelaria Ferrari e do café Martinho da Arcada, em Lisboa.

Foi iniciado com o n.s. de Dante.

Pertenceu à loja Pureza, em Lisboa, fazendo parte do Grémio Luso-Escocês.

Só em 1934 é que reeentrou na obediência do GOL. Durante a clandestinidade desempenhou o cargo de Grande Tesoureiro Geral.

Conheceu F. Pessoa. Encontrou-se muito material escondido no Martinho da Arcada, recuperado depois do 25 de Abril.

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Ribeiro de Carvalho

N. Chaves, 1889; morreu em1967

Coronel, Combateu contra os monárquicos ( 1912 e 1919), também em França na Iª Grande Guerra.

Foi indigitado para ministro da Guerra pelo Grupo da Seara Nova (1923/24)

Com a Ditadura partiu para o exílio em Espanha e França.

Reintegrado como coronel, em 1960.

Foi iniciado na loja Tâmega de Chaves com o n.s.Tónio.

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António José Claro

N. Chaves em 1863; morreu em 1931.

Advogado e jornalista. Tomou parte no 31 de Janeiro. Homiziado em Espanha e Brasil.

Regresso a Portugal. Após a proclamação da República, assumiu posições de direita reaccionária.

Aderiu em 1926 à Ditadura.

Foi Ministro do Interior no governo do general Gomes da Costa.

Iniciado em 1892 na loja União Latina, do Porto, com o n.s. Scondat.

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Manuel Maria Coelho

N. Chaves, 1857; morreu em 1943.

Iniciado em 1910 com o nome simbólico de Aristides e filiado na loja Irradiação, de Lisboa. Pertenceu depois à loja Magalhães Lima (1929). Desempenhou altos cargos no GOLU, tendo sido presidente do Conselho da Ordem em 1931.

Escreveu com João Chagas a História da Revolta do Porto

Presidente do Conselho do Governo após a "Noite Sangrenta".

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Rebelo Alves Correia

N. Vila Real, 1860; morreu em 1900.

Farmacêutico e jornalista. Republicano.

Iniciado em 1882 na loja Cavaleiros de Nemesis, Lisboa, com o n.s. João Huss.

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António Fernando Varão

Ainda que não tenha nascido em Vila Real (nasceu em Idanha a Nova) foi em Vila Real que faleceu, em 1956.

Oficial do Exército, foi iniciado em 1912 no triângulo 202, em Vila Real com o n.s. de Sertório.

Transitou no mesmo ano para a Loja Cruzeiro do Norte, daquela cidade.

Participou nos combates de 1912, contra as incursões de Paiva Couceiro.

Esteve em Angola nas campanhas de 1914/16.

Contra o movimento 28 de Maio

Foi preso. Mais tarde deportado para a Madeira onde voltou a aderir à revolta militar de 1931.

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Augusto César Ribeiro de Carvalho

N. Chaves, 1857; morreu em 1940.

Oficial do Exército e jornalista. Atingiu o posto de general.

Distinguiu-se na defesa de Chaves contra os monárquicos (1912). Foi presidente da Câmara de Chaves.

Iniciado em 1912 no triângulo 184 de Chaves, com o n.s. de Flávio.

Pertenceu depois à loja Tâmega, também de Chaves, de que foi co-fundador e VM.

Teve um papel importante na organização do I Congresso Transmontano em Chaves, em Setembro1920.

Deixou uma obra muito interessante: A Rebelião Monárquica em Trás-os-Montes.

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Vila Nova de Foz Côa (distrito da Guarda):

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Manuel Pereira de Mesquita

Natural de Freixo de Numão. Oficial do Exército. Conseguiu desertar na Rússia do Exército napoleónico.

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José Joaquim Ferreira de Moura

Natural de V. N. de Foz Côa. Morreu em 1829.

Magistrado. Traduziu para português o Código Civil de Napoleão.

Pertenceu à Loja Primeiro de Outubro de Lisboa, de que foi VM.

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Francisco António de Campos

Nasceu em Vila Nova de Foz Côa em 1780; morreu em 1873

Bacharel. Grande proprietário.

Sócio da Academia Real de Ciências.

Diversos trabalhos sobre filologia e história da língua portuguesa.

Liberal, presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1837), ministro da Fazenda (1835/36), sendo-lhe concedido o título de barão em 1837.

Iniciado com o n.s. de Séneca.

Atingiu o grau 33 e foi GM do GO da Maçonaria do Sul de 1840 a 1849.

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Orlando Alberto Marçal

Natural de V. N. de Foz Côa. Morreu em 1947. Fundou e dirigiu o jornal de Foz Côa. Foi iniciado em 1911. Foi deputado.

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FIM.

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