domingo, 12 de dezembro de 2010

Maçonaria e República em Trás-os-Montes e Alto Douro, por Rogério Rodrigues - IV

(Continuação do post anterior)
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MONCORVO
Falemos então de moncorvenses que foram maçons.

- Foto publicada in: Fernandes, Adília, De Asylo a Fundação. 100 anos de um agir em Torre de Moncorvo (1808-2008). Ed. Palimage, 2008.

1-Francisco António Meireles.

Loja "Flecha dos Mortos" de Aveiro. Diga-se que o nome desta loja se deve como homenagem a José Estêvão que neste local resistiu às investidas miguelistas no cerco do Porto.

Comerciante.

Iniciado em 1904

Com o nome simbólico de Luz Soriano, casapiano que esteve nos bravos de Mindelo e escreveu a História da Guerra Civil em 17 volumes.

Foi o fundador da loja. Atingiu o grau cinco.

Em 1909 estava ligado à loja José Estêvão de Aveiro.

Pertenceu ao Rito Francês.

Francisco Meireles foi o filantropo do Asilo com o seu nome, para crianças desvalidas e velhos sem família, hoje transformado em Fundação Francisco Meireles.

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2-Abel Adriano de Almeida Gomes

Iniciado na Loja Zambézia em Chinde (Quelimane) Moçambique.

Profissão: administrador dos prazos de Luabo e Matilde

Iniciado em 1906

N.S. Guerra Junqueiro

REAA(Rito Escocês Antigo e Aceite).

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3- José Cândido Dias

Loja a Luz do Norte do Porto

Profissão: Negociante.

Iniciado em 1907

N.S. Lamartine, o escritor ultra-romântico do Jocelyn e A queda de Um Anjo não com a nossa de Camilo, ainda e absurdamente tão actual).

Atingiu o grau seis. REAA

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4-Joaquim Firmino Miguel

Loja Marquês de Pombal de Lisboa

Oficial da Marinha Mercante.

N.S. Mouzinho de Albuquerque, o militar das campanhas de África que prendeu o Gungunhana e que, perante o tratamento menor que o rei e a monarquia lhe deram, se suicidou.

Iniciado em 1905. Atingiu o grau cinco do REAA

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5- Luís Henrique de Almeida

Loja Igualdade do Porto

Professor.

N.S. Robespierre, o revolucionário da época do Terror, guilhotinado em 1794 com, entre outros, Saint-Just

Mais tarde pertenceu à loja Fernandes Tomás da Figueira da Foz. REAA. Iniciado em 1894.

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6- Tomás Inácio da Costa Monteiro

Loja Independência do Porto

Ourives.

Iniciado em 1891

N.S. Costa Cabral. Estadista obrigado a exilar-se na sequência da Maria da Fonte. A partir de 1841, GM da Maçonaria.

REAA

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7- António Manuel Castanheira

Loja Independência Lusitana do Porto

Industrial. Iniciado em 1892

Morava na Rua da Torrinha

N.D. Rouget. Roget de Lisle, oficial do Exército, autor da letra do Chant de Guerre pour l’armée du Rhin, que se tornou o hino nacional francês, a Marselhesa.

Atingiu o grau 31 e foi instalador da loja Igualdade do Porto e pertenceu à loja União também do Porto.

REAA

Em 17 de Dezembro de 1910 é criado pelo decreto nº. 73 o triângulo de Moncorvo. São seus fundadores:

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José António dos Reis Júnior

27 anos. Advogado.

Iniciado em 20 de Janeiro de 1911

N.S. Gorki

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Guilhermino Augusto Vaz

30 anos. Farmacêutico. N.S. Galeno, médico e filósofo romano, de origem grega do séc. II.

Iniciado em 5 Janeiro de1911.

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Miguel Frederico Mesquita

35 anos. Proprietário. Fundador do triângulo.

5 de Janeiro de1911.

N. S. Ferrer (Francisco Ferrer, maçon, catalão, fundador da Escola Moderna, fuzilado em 1909 e que chegou a ter uma rua em Lisboa, hoje Calçada à Glória).

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António Alberto Carvalho e Castro

Empregado dos Caminhos de Ferro de Miranda do Douro (escrevente)

N.S. Buíça

5 de Janº.1911

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Flaviano Eduardo de Sousa

37 anos. Fundador

Comerciante e proprietário.

5Jan.1911.

Responsável pela construção do troço de caminho de ferro do Pocinho a Carviçais.

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O triângulo de Moncorvo foi dissolvido em 7 de Agosto de 1913, pelo decreto nº. 43.


CONTINUAÇÃO (Próximo: será sobre outras personagens de Trás-os-Montes e Alto Douro)

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