quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Presépio da igreja matriz de Torre de Moncorvo

A tradição ainda é o que era. Eram célebres, noutros tempos, os presépios que fazia o Sr. Júlio Dias, que acumulava as funções de sacristão e de guarda da igreja por conta da Direcção Geral dos Monumentos Nacionais. Não sabemos desde quando se fazem os presépios na nossa igreja, pela época natalícia, mas é de supor que desde os tempos do Barroco, período áureo dos presépios (há referências documentais do séc. XVIII à "junça", talvez juncos, que se transportava para a igreja, para o presépio). Em tempos mais recentes a montagem do presépio tem estado a cargo das zeladoras da igreja, que no presente ano contaram com a ajuda do agrupamento de Escuteiros (em fase de reorganização).
Aqui fica o nosso apoio e estímulo para que se mantenha esta representação do Nascimento de Cristo, como mais um atractivo de visita à igreja matriz de Torre de Moncorvo.
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por: N.Campos

2 comentários:

Júlia Ribeiro disse...

Já lá vão quase 70 anos , mas a imagem está nítida na minha memória: o grande presépio na Igreja, nos degraus da porta para a Senhora do Coberto, com figuras lindíssimas, enormes, (ou me pareciam grandes, porque eu era pequenina), com rios e pontes (a água eram folhinhas de estanho), montes arborizados (é verdade), caminhos de saibro branquinho, muitos pastores, ovelhas e cães, muito musgo ... O cheiro do musgo era a minha delícia !
E no final da Missa do Dia, o beijo ao Menino ao longo da nave central, com os cânticos que grandes e pequenos entoavam "Entrai, pastores, entrai..."
Então o Natal acontecia.
A minha prenda era uma maçã ou um diospiro e 3 bonbons, num minúsculo saquinho de papel de seda colorido. Um maravilha!
Só que os 3 bonbons tinham de durar até aos Reis. Às vezes não duravam ...

Um grande abraço
Júlia

Anónimo disse...

Viva Drª Júlia,
tem razão, os famosos presépios de antigamente eram normalmente montados nesse escadario do Coberto. Obrigado por partilhar connosco essas suas memórias. Um bom ano 2011, com muita saúde e sucesso, pois quanto às "prosperidades" parece que não vão ser muitas para a esmagadora maioria de nós...
abraço,
N.