quinta-feira, 27 de maio de 2010

Reabilitação urbana do espaço envolvente do cemitério de Moncorvo

Planta da área intervencionada (Fonte: brochura intitulada "Viver Moncorvo", distribuída com o J.N. em 25.07.2009)

Arrancou há pouco mais de um mês a obra de reabilitação do actual campo da feira de Torre de Moncorvo, que envolve a parte de cima do cemitério (desde a sede da ACIM e a zona das Aveleiras) e a parte de baixo, onde dantes se localizou o bairro social do Fundo de Fomento de Habitação.
Esta obra prevê a concretização de um espaço multi-funcional, com o ordenamento do espaço da feira, arborização, estacionamento automóvel, um parque infantil, pequeno bar e, futuramente, a nova capela de Santo Cristo, a localizar no recanto em forma de anfiteatro localizado ao fundo da rua de Santiago (ver planta).

Estado dos trabalhos em finais de Abril

A obra implica amplos movimentos de terras (como as fotos documentam), muros de contenção em alvenaria de xisto e "gavions" de granito, pavimentos betuminosos e em granito, lancis, mobiliário urbano, iluminação pública, drenagens e zonas verdes.


Construção dos "gavions" de sustentação de terras

A entidade responsável da obra é a Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, que tem como parceira a Associação de Comerciantes e Industriais de Moncorvo (ACIM). O orçamento inicial do projecto é de 500.000€, sendo 350.000€ comparticipados pelo FEDER, 100.000€ pela administração local (CMTM) e 50.000€ pelo parceiro (ACIM).

Outro aspecto das obras nos inícios de Maio
Convém recordar que a zona dos tabuleiros superiores do lado Sul do cemitério foram, outrora umas belas hortas ajardinadas que pertenceram a grandes proprietários da vila, como Abel Gomes e António Montenegro. Nos anos 80 do séc. XX os terrenos foram adquiridos pelo município, que aí instalou o estaleiro municipal e parque de máquinas. Com a transferência desta funcionalidade para a zona da antiga estação dos caminhos de ferro, já nos anos 90, o espaço em causa passou a ser ocupado pela feira e, episodicamente, pelos circos ou diversões ambulantes.

Estado actual dos trabalhos - implantação de lancis.
Do lado de baixo do cemitério, até aos anos 70 do séc. XX, foram igualmente terrenos hortícolas, que confinavam com o grande olival de Santo Cristo, propriedade de António Montenegro. Após o 25 de Abril, na 2ª. metade dos anos 70, de forma a resolver-se o problema da habitação em Moncorvo (não esquecendo o regresso de muitas pessoas do antigo ultramar, além de um maior afluxo de pessoas das aldeias para a vila), foi aí construído um bairro social de casas pré-fabricadas, que existiu até há poucos anos.
Recentemente o referido bairro foi demolido e o espaço foi também utilizado para a feira. Contudo, desde há anos que existe um projecto de se localizar aqui uma nova capela de Santo Cristo, por iniciativa da associação de moradores do bairro do mesmo nome.
Relembramos que a antiga capela de Santo Cristo foi demolida nos finais do séc. XIX devido ao alargamento do cemitério.
Fotos: exclusivo para blogue "TORRE.Moncorvo"

2 comentários:

Anónimo disse...

Apenas uma pequena correcção: os muros são de gabião (ou gabion no seu original)Um gabião trata-se de uma caixa de forma prismática rectangular, feita com rede de malha hexagonal, feita por sua vez em arame galvanizado reforçado. Estes gabiões enchem-se com qualquer tipo de pedra não friável (p. ex. pedra de pedreira / ou seixo) ou outro material adequado que esteja disponível.

Anónimo disse...

Os nossos agradecimentos pelo esclarecimento do anónimo anterior. É o tal problema da "baca" e da "vaca", ehehe