quinta-feira, 29 de abril de 2010
Ainda o Vale Maravilhoso
Esta gravura data do último quartel do séc. XIX, e foi publicada na obra maior do Visconde de Vila Maior, "O Douro Illusttrado. Album do Rio Douro e Paiz Vinhateiro", publicado no Porto em 1876.
"Promised Land"
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Canafrechas
Numa busca na "net" encontrámos esta fotografia de autoria de V. Jacinto (in http://farm4.static.flickr.com/3353/3564012988_497b6ed648.jpg) legendada como "canafrecha"
«Numa das acções de biologia inseridas nos programas da Ciência Viva que costumam decorrer no Verão, o Professor Fernando Catarino apontava a canafrecha como a maior erva que temos em Portugal, visto que o canolho oco desta umbelífera chega a atingir cinco metros de altura. Acrescentava a seguir que a conhecida frase do direito romano "a justiça deve ser simultaneamente firme e branda como uma férula", se relaciona com as propriedades físicas desta espécie que cientificamente se designa por Ferula communis L. / A canafrecha é venenosa e se algum animal (ou pessoa) ingerir a planta fresca contrai uma moléstia que a pode levar à morte em poucos dias. No entanto, diz-se que quando seca perde as suas características tóxicas./ Sabemos que ela é utilizada para fins medicinais no Norte de África e que certos povos usam a sua essência resinosa para provocar abortos durante o primeiro trimestre de gestação. / Finalmente esta férula, cujo género engloba cerca de 170 espécies, tem fama de favorecer a apetência sexual e de ser ainda melhor do que o famoso "viagra". Para tal, macera-se, durante dez dias,
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Ana Moura, Patxi Andión, Pessoa e Moncorvo
Imagens que o olhar tem saboreado em Torre de Moncorvo e que encontraram um canto para seu embalo.
João Costa
Concurso de pesca desportiva no Sabor/Ribeira
domingo, 25 de abril de 2010
Quadros da transmontaneidade (6)
ANTÓNIO SÁ GUÉ
Patxi Andión em Torre de Moncorvo
Final do espectáculo, com um cravo e aplausos.
Texto e imagem: João Costa
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Em Abril, encanto primaveril...
Um convite a uma visita! (que tal no próximo fim de semana?)
N.Campos
quinta-feira, 22 de abril de 2010
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Estação de C.F. de Torre de Moncorvo
Estação de Caminho de Ferro de Moncorvo (Janº.2010)
A linha do Sabor, segundo a obra do conde de Paçô-Vieira (Caminhos de ferro portugueses, Lx., 1905), estava já em perspectiva em 1888, no plano de Emídio Navarro, sendo estudada pelo Engº. Luciano Simões de Carvalho. Segundo o abade de Baçal, "pela proposta de lei do ministro das Obras Públicas, Conde de Paçô-Vieira, de 24 de Abril de 1903, para construção das linhas complementares, e lei de 1 de Julho do mesmo ano, pôde proceder-se ao estudo desta linha".
Antigo depósito da água para a caldeira da locomotiva (Janº.2010)
Depois de algumas vicissitudes, discussões, hesitações e atrasos, como é típico neste país, a obra lá começou, após a construção da ponte férrea do Pocinho (inauguração do início dos trabalhos em Novembro de 1903, com inauguração após o final da obra, em Julho de 1909), sendo construído o ramal de via estreita que vai até Duas Igrejas (concelho de Miranda do Douro).
Casa do Chefe da Estação (Janº.2010)
Ainda segundo o abade de Baçal, "o lanço do Pocinho, Moncorvo e Carviçais (34km) foi aberto à circulação em 17 de Novembro de 1911. Custou cerca de 361.000$000 réis. O lanço de Carviçais foi aprovado em 29 de Fevereiro de 1908 e o projecto do lanço seguinte, de Bruçó a Brunhosinho em 31 de Dezembro de 1910. A linha ainda hoje (Agosto de 1933) só chega ao Mogadouro, mas continuam os trabalhos, já muito adiantados, em direcção a Miranda do Douro" [onde nunca chegou, acrescentamos nós, pois ficou-se por Duas Igrejas].
À direita: aqui passava a linha férrea, entretanto já levantada (janº 2010)
Saliente-se que um dos grandes argumentos para a construção deste ramal, conhecido por Linha do Sabor, foi a necessidade de escoamento dos minérios de ferro de Moncorvo, além dos mármores e alabastros da minas de Santo Adrião (Vimioso). Em boa hora se construíu uma ecopista/ciclovia entre Torre de Moncorvo (que era a primeira estação desta linha, para quem subia desde o Pocinho) e o Carvalhal, muito utilizada pelos moncorvenses e turistas que nos visitam. Como ainda se encontram os carris no troço entre a nossa vila e o Pocinho, seria interessante que se pensasse num pequeno combóio turístico, atendendo ao grande desnível e consequente esforço de subida para eventuais utilizadores, numa solução de continuidade da ecopista.
(Txt.: N.Campos; fotos do autor e de Rui Leonardo)
terça-feira, 20 de abril de 2010
Linha do Sabor - Anos 80
Excerto de reportagem inglesa efectuada nos anos 80 do séc. XX, e de que tivemos informação pelo nosso conterrâneo Rui Carvalho, carviçaleiro e filho do último maquinista da Linha do Sabor, o Sr. Abílio Carvalho, a quem os seus amigos gritavam, quando passava ao comando da sua locomotiva: "Apita Abílio!!" - ver sobre este tema, a reportagem que divulgámos em Dezembro de 2009 em TorredeMoncorvoinblogue.
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Dia Internacional dos Monumentos e Sítios
Uma bela casa abandonada, na Póvoa
O evento foi organizado sob proposta da Junta de Freguesia de Adeganha ao PARM (Projecto Arqueológico da Região de Moncorvo), no seguimento da recepção de documentação do IGESPAR sobre este assunto. A iniciativa contou ainda com o apoio do Museu do Ferro & da Região de Moncorvo e do município. Apesar dos aguaceiros que se fizeram sentir, um grupo de mais de 20 pessoas acabaria por percorrer vários pontos do planalto da "Fragada", com início no Miradouro de S. Gregório, passando depois pelos Estevais da Vilariça, Póvoa, Cardanha e Adeganha.
Póvoa: uma das poucas casas ainda habitadas.
Constatou-se o avançado estado de degradação e de ruína de muitas destas construções tradicionais, além de inúmeros atentados à estética e à linha de coerência deste tipo de património, apesar de haver algumas tentativas de intervenção positivas. Outras poderiam melhores se fossem devidamente acompanhadas por técnicos especializados. Continua a ser preocupante a intervenção baseada no arrazamento puro e simples (como se viu na Adeganha, onde já desapareceu a chamada "casa do Conde"!), com reconstruções descaracterizadoras, ou, no mínimo, com "pastiches" feitos com revestimento a pedra.
Casa de habitação, que terá sido a residência paroquial, na aldeia de Adeganha.Este é um assunto a merecer uma reflexão mais alargada sobre o futuro das nossas aldeias, por parte de quem de direito, a começar pelas pessoas que ainda vivem e resistem nestes cenários, passando pelos (re)construtores de casas de fim de semana e pelos decisores (autarcas, técnicos de património, operadores turísticos, etc.).
Para poder visualizar reportagem alargada do evento, consultar: http://parm-moncorvo.blogspot.com/.
(fotos N. Campos e Rui Leonardo)
domingo, 18 de abril de 2010
Nos 725 anos do foral de Torre de Moncorvo, concedido por D. Dinis
Realizou-se no passado sábado, no Centro de Memória, a sessão comemorativa dos 725º aniversário da concessão do foral a Torre de Moncorvo, pelo rei D. Dinis, em 12 de Abril de 1285.
Ao mesmo tempo, foi feita uma homenagem a várias personalidades que de algum modo contribuíram para diversas obras no concelho.
Ao abrir a sessão, o Presidente da Câmara, Engº. Aires Ferreira, explicou que o foral só é comemorado de 5 em 5 anos, pelo que na próxima comemoração já não estará em funções autárquicas (por força da lei de limitação de mandatos), razão por que quis que a presente comemoração fosse também uma oportunidade para agraciar um conjunto de individualidades que deram o seu contributo, de algum modo, para obras ou outras vantagens para este concelho, ao longo dos seus diversos mandatos.
Quanto ao foral, salientou a presença do pergaminho em exposição na sala (num cavalete protegido por um vidro), do treslado que do mesmo foi feito em 1288 e que foi temporariamente cedido pelo Arquivo Distrital de Braga, onde se encontra arquivado.
Disse ainda que se aproveitou também o contexto desta comemoração para se proceder à reedição do livro publicado em 2005 (o qual incluía o estudo e transcrição dos forais de 1285 e do foral manuelino de 1512), que se encontrava esgotado.
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Foram inicialmente anunciadas 15 personalidades, mas destes apenas puderam estar presentes seis, apresentados por ordem alfabética: D. António Rafael (antigo bispo de Bragança e Miranda), Engº. Mota Andrade (deputado do PS pelo distrito de Bragança), Engº Pedro Serra (ex-presidente do Instituto de Estradas e actualmente a presidir à empresa Águas de Portugal), Engº. Ricardo de Magalhães (ex-Secretário de Estado do Ambiente e actual Chefe da Missão do Douro), Dr. Silva Peneda (ex-Ministro do Emprego e Segurança Social e presentemente a presidir ao Conselho Económico-social) e, por fim, um moncorvense, o General Tomé Pinto, que, na qualidade de antigo comandante geral da GNR conseguiu que se fizesse o novo quartel desta força de segurança em Torre de Moncorvo. Os homenageados, além de uma medalha distintiva receberam um exemplar do livro dos Forais de Torre de Moncorvo em encadernação de luxo.
De seguida, o Sr. Presidente da Câmara apresentou a ilustre conferencista, Profª. Doutora Maria Alegria F. Marques, professora da Universidade de Coimbra, autora da transcrição dos forais de D. Dinis (de 1285) e de D. Manuel (de 1512) que integram o livro, bem como do respectivo estudo introdutório e glossário. A investigadora salientou que o foral original, passado em Lisboa, desapareceu, mas que ficou esta pública-forma, ou cópia autenticada, por tabelião local (João Fernandes de seu nome), na presença de dois juízes, o que lhe acrescenta importância, pois revela o zelo das entidades locais desse tempo em terem em seu poder uma cópia do documento fundador do novo concelho, o qual era a sua lei de base, ou seja, o regulamento da sua vida social, económica e política. Fez, de seguida, uma caracterização da época e do conteúdo dos forais incluídos no livro, com especial ênfase para o foral dionisino.
Seguiu-se um beberete com a excelente confeitaria da nossa terra, extensivo ao numeroso público que nem mesmo em dia de aguaceiros deixou de estar presente.
N.Campos
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Fotos: alguns momentos do evento.
Pincéis dos muros
Botão-de-ouro ( Ranunculus repens)
Quaresmas (Saxifraga granulata)
As pinceladas brancas e amarelas que neste altura cobrem os muros devem-se essencialmente a estas duas plantas. Além disso, os bolbos da raiz da quaresma são utilizados como fármaco para combater os cálculos renais.
Abril, águas mil...
Pela calada da noite molhada, brilham as calçadas e os lampejos de luz amarela tornam de ouro as pedras da velha igreja que parece catedral. Não sei porquê, talvez pela luz dourada, ou pela humidade do pavimento, ou pela imponência do monumento, ocorreu-me Santiago... Sim, essa, a compostelana, a do Caminho... Ah, e como este pequeno largo poderia ser o Obradoiro, ou, no mínimo, A Quintana.
De Torre de Moncorvo para Santiago - que foi teu orago primeiro - voa-me o pensamento, por estas horas da noite.
E já chove em Santiago...
como em Torre de Moncorvo.
Txt. e foto de H. de Campos
sábado, 17 de abril de 2010
Quadros da transmontaneidade (5)
ANTÓNIO SÁ GUÉ
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Explosão de cor
E esta capa vistosa devo-a à geada, vento, sol e orvalho que me abrigam e obrigam a debicar o tempo de uma paisagem transmontana.
Fauna com letras
“… o ouriço olfactava a manhã e rebolava-se por baixo da figueira frondosa, que também sorvia a seiva do ribeiro. Os picos, assim cravejados de frutos, competiam com a cesta carregada de figos que as mulheres, à hora do almoço ou no final da tarde, transportavam à cabeça, para casa.”
Isabel Mateus, O Ouriço - Cacheiro, in O Trigo dos Pardais
quinta-feira, 15 de abril de 2010
O Voo do "Trigo dos Pardais"
Assunção Anes, Isabel Mateus e A. M. Pires Cabral
Isabel Mateus nas suas considerações sobre os 22 contos e o espaço rural que lhes serviu de suporte.
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Ainda
Aos que bebem a terra em sulcos e rasgam o tempo veloz, para nos ensinar calma.
Algures em Torre de Moncorvo, em Abril de 2010, para memória futura, com os meus agradecimentos à pessoa retratada.
J.Costa
terça-feira, 13 de abril de 2010
Dia Internacional dos Monumentos e Sítios é no domingo:
No próximo Domingo, dia 18 de Abril, comemora-se o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, um dia especialmente dedicado ao Património, por indicação do ICOMOS (Conselho Internacional dos Monumentos e dos Sítios), um organismo da UNESCO (ver: http://icomos.fa.utl.pt/ ; http://www.icomos.org/). Em cada ano é designado um tema específico, dentro do vasto campo que é o Património cultural material. No presente ano, foi escolhido como tema o património relacionado com a actividade agrícola e com o mundo rural em geral (arquitectura vernacular, como sejam as habitações tradicionais, palheiros, eiras, pombais, etc.).
A nível local, o entusiasmo do Presidente da Junta de Adeganha associou-se a outras vontades (Município, Museu, PARM), no sentido de se realizar uma digressão pelo maciço planáltico da Fragada, de onde se contemplam também o ubérrimo vale da Vilariça, com as suas quintas e um rico património de várias épocas.
Ver mais em: http://parm-moncorvo.blogspot.com/2010/04/dia-internacional-dos-monumentos-e.html
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Passeio da Pascoela à Senhora da Esperança (Torre de Moncorvo)
Esta tradição foi progressivamente caindo no esquecimento até que há dois anos, em 2008, a Junta de Freguesia de Torre de Moncorvo a resolveu retomar, com bastante sucesso. Apesar de muitos participantes (sobretudo os mais idosos) se deslocarem de transporte colectivo disponibilizado para o efeito, alguns caminheiros continuam a utilizar o velho caminho medieval, desde as Aveleiras até ao Cuco.
Aproximação à capela de Nossa Senhora da Esperança - não seria possível enterrar os inestéticos cabos eléctricos e telefónicos que desfeiteiam a paisagem?
Ao fundo, a Presidente da Junta, Milú Pontes, não dá mãos a medir - e em primeiro plano, à direita, até um turista francês provou do nosso "fromage tarrinchô"