Do bairro ou da vila, o povo acorreu, mantendo a tradição desta procissão que em tempos andou perdida. A festa foi retomada no final dos anos 70, após a construção do bairro de Santo Cristo, e, desde então, tem-se realizado interpoladamente.
É de lembrar que está prevista a construção de uma nova capela de Santo Cristo no terreno da parte de baixo do Cemitério (abaixo das antigas hortas de Santiago), evocando a memória da antiga igreja demolida no final do século XIX - ver a propósito: http://torre-moncorvo.blogspot.com/2010/05/reabilitacao-urbana-do-espaco.html
Txt. e fotos: Nelson Campos
2 comentários:
Olá, N.!
Gostei de ler o texto e de saber um pouco mais acerca da Vila.
Não há retratos dessa capela antiga demolida?
Um abraço.
Isabel
olá Isabel,
Não, infelizmente não há. Foi demolida pelos anos 80 do séc. XIX, segundo o Abade Tavares, ilustre "archeólogo" desses tempos, para alargamento do cemitério. Essa teria sido a 1ª igreja de Moncorvo, já existente nos meados do séc. XIII, e era dedicada a Santiago. Em dado momento, penso que no séc. XVI, ter-lhe-ão mudado o nome para Santo Cristo, talvez após algumas obras de recuperação e com a colocação de alguma cruz/crucifixo. Diz uma tradição, que um grande crucifixo que está na igreja matriz veio dessa antiga igreja.
Foi, efectivamente, mais um crime de lesa-património, dos vários que se cometeram no séc. XIX.
Tendo em atenção o facto de a primitiva igreja ser dedicada a Santiago, quando se começou a falar numa nova capela (de que existe projecto de autoria do Arquitecto Paulo Afecto), sugeri que, além da imagem do Cristo crucificado, se arranjasse uma mísula para se colocar também uma imagem de Santiago - não esquecendo que a rua que passa diante do cemitério ainda hoje tem essa denominação.
N.
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