quarta-feira, 10 de março de 2010
Moncorvo e o Turismo
A propósito das Festividades da Flor da Amendoeira, um dos pontos altos do Cartaz da promoção Turística de Moncorvo, surgiu a oportunidade de trazer aqui alguns extractos do (talvez) primeiro folheto de divulgação turística de Moncorvo. Foi produzido em 1962, com a assinalável tiragem de 10.000 exemplares. Como decerto sabem é nesta altura que se desenvolve o turismo no nosso país, com particular destaque às praias algarvias. Aqui, para além deste folheto, é criado o Posto de Turismo, no edifício anexo ao Cine-Teatro, situado na então principal entrada da vila.
Como se pode observar, são destacados os monumentos maiores do concelho (Igreja Matriz de Moncorvo, Igreja da Misericórdia, Igreja de Santiago de Adeganha, a Porta da Vila, a vila deserta de Santa Cruz da Vilariça), os principais miradouros (Roboredo, Estevais e Lousa), as minas de ferro no Carvalhal, os "costumes" (amêndoa coberta de Moncorvo, tapetes de Urros, "bilhas do Felgar"), a maravilhosa paisagem das amendoeiras floridas (na contracapa do folheto)
A partir da década de 80 do séc. XX, a promoção turística teve um novo vigor e um novo alcance, tendo sido acompanhada por várias séries de folhetos de bastante precisão. Contudo, não deixa de ter interesse este exemplar, com um design, diria, arrojado para a altura, focando os aspectos promocionais mais relevantes do concelho. Este post é um pequeno apontamento de uma história que merece ser desenvolvida.
Por: Leonardo
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2 comentários:
Post muito oportuno. Já conhecia o folheto e em dada altura foi-me dito, creio que pelo Sr. Almiro Sotta que a capa (ou todo o folheto) foi encomendada a um pintor conhecido da época. Analisando essa capa está lá a assinatura: "Oskar". Quem seria este Oskar? - De Hollyhood não deve ter vindo, mas que se nota que todo o folheto teve - como disse Leonardo - um grafismo arrojado para a época, isso é evidente. Basta ver o estilo das caixas das legendas. E nos textos há um certo rigor, mesmo quando pende um bocadinho para a propaganda, como se nota em relação às obras públicas realizadas (edifícios dos "últimos 30 anos" e a então mt recente estrada dos Estevais).
Lembro-me ainda de ter ouvido dizer que Moncorvo teve um dos primeiros, senão o primeiro Posto de Turismo do distrito. E que a grande obra do Cine-teatro teve, na sua génese, uma certa Comissão de Inicitiva e Turismo, creio que ainda no final dos anos 30, isso é facto registado em actas da Câmara desse tempo.
Uma das pessoas responsáveis pelo posto de Turismo de Moncorvo, talvez por alturas da edição do folheto deste post, foi a D. Teresa Areosa, esposa do Dr. Rodrigues, que foi professora, e também era pintora nas horas vagas (morou na rua Tomás Ribeiro). Realmente este é um historial que está por fazer.
OH gentes da minha terra !! Isto está cá com um aspekto que só visto com olhos de ver. Gosto, pois claro. Continuem que vão muuunnnto bem !!!
Uma alma de Moncorvo que anda por outras bandas.
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